Sair de casa era um verdadeiro desafio. Eu fui para o trabalho e foi bem difícil. Cada passo que eu dava parecia mais pesado do que o anterior, mas, felizmente, a tecnologia tornava algumas coisas mais fáceis. Assim que cheguei uma das primeiras coisas que fiz foi entrar em contato com um advogado para dar início ao processo contra Paco.Reuni todas as provas que precisava e mandei para o advogado todos os prints das nossas conversas, em que ele insistia para que voltássemos, dizendo que não queria terminar e eu reafirmando que já tínhamos terminado. Aquilo mostrava claramente a manipulação dele, e eu sabia que seria crucial para o meu caso.
Além disso, enviei os prints das conversas dele com a minha mãe. Minha mãe, sempre tão diva e coerente, escreveu tudo certinho, mesmo sem saber que era real. Nas mensagens, ela deixava claro: "Esquece ela, a Dul está namorando com a Maite." E ainda completou: "Vocês terminaram antes de ela viajar; ela já está no México com a namorada." Aquilo era um ótimo respaldo para o que eu precisava provar.
Com tudo isso em mãos, sentia que estava dando passos concretos para enfrentar Paco e retomar o controle da minha vida.
O que Paco fez foi um ato inaceitável; ele ter me beijado sem o meu consentimento era, sim, um caso de assédio sexual. A forma como ele forçou aquele beijo, sem me dar a chance de reagir, ultrapassou todos os limites. Isso não era apenas uma invasão do meu espaço pessoal; era uma violação da minha dignidade e do meu direito de decidir sobre meu próprio corpo.
Não poderia deixar que ele se saísse impune. Era fundamental que eu tomasse essa atitude não apenas por mim, mas por todas as outras mulheres que poderiam estar enfrentando situações semelhantes.
O segundo passo que fiz foi arrumar minhas malas. Sabia que não conseguiria levar minha casa inteira para o México, mas precisava garantir que as coisas mais importantes estivessem comigo. Com isso em mente, fui para o meu quarto e comecei a separar as roupas que mais amava.
Escolhi aquelas que me faziam sentir confiante e confortável, as que tinham histórias ou lembranças especiais. Havia a veste que usei no meu primeiro encontro com Maite, a roupa que eu usei na primeira foto que ela elogiou e outras que eu me sentia bem usando. Cada peça que eu colocava na mala representava um pedacinho de mim que queria levar para essa nova fase da minha vida.
Enquanto dobrava as roupas, minha mente vagava para o futuro — um futuro que incluía Maite. Era um alívio imaginar que, em breve, eu estaria de volta ao seu lado, vivendo momentos que realmente importavam.
Ouvi uma batida na porta e era minha mãe, que entrou com um olhar triste. Logo senti que a conversa seria difícil.
— Filha, você realmente deseja ir? — perguntou ela, a preocupação evidente em sua voz.
Olhei nos olhos dela e, com sinceridade, respondi:
— É tudo o que eu mais quero, mãe.
Ela suspirou, como se tentasse encontrar as palavras certas.
— Eu sei que a Maite deve ser uma pessoa maravilhosa. Mas não te assusta mudar sua vida toda por causa dela? Vocês se viram pouquíssimas vezes.
O coração apertou um pouco. Sabia que minha mãe estava apenas se preocupando, mas era difícil para ela entender a profundidade do que eu sentia.
— Nós passamos 15 dias da minha viagem ao México juntas, mãe. — tentei explicar, com firmeza.
Ela parecia não convencida, balançando a cabeça lentamente.
— Mas 15 dias não é muito pouco para praticamente decidir casar com uma pessoa?
A pergunta pairou no ar, e percebi que ela estava tentando me proteger, mas eu precisava ser honesta.
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Olá, férias! SAVIRRONI
FanfictionDulce Maria é uma jovem brasileira cheia de sonhos e paixão. Sua maior admiração é pela atriz mexicana Maite Perroni, conhecida por seu talento e carisma. Desde a adolescência, Dulce é uma fã incondicional, acompanhando todos os passos de Maite. Sua...