Em momentos de profunda revelação, quando os véus da verdade são levantados e o choque da descoberta nos atinge, é fácil sentir uma esmagadora impotência. Diante do assassinato da investigadora Ariele, os sentimentos de desolação e angústia se entrelaçam com a impotência diante da complexidade das escolhas feitas.
A história da delegada, embora repleta de bravura e dedicação, não alivia a carga emocional de perceber o caminho sombrio em que ela se envolveu. Saber do seu passado, das suas motivações e do seu incansável esforço para resolver problemas, apenas destaca a crueldade e a tragédia do destino que a aguardava. Às vezes, conhecer o passado de alguém não acalma o coração, mas nos faz refletir sobre as possibilidades que se desdobram a partir dos eventos revelados.
Algumas decisões, uma vez tomadas, são irreversíveis. O peso dessas escolhas pode ser esmagador, e o arrependimento por se afundar em questões perigosas torna-se quase palpável. Rosamaria, em sua busca incansável por justiça, acabou se enredando em uma teia complexa e perigosa. A profundidade do seu envolvimento em um mundo sombrio revela a natureza implacável dos erros que cometemos.
É um lembrete sombrio de que há lugares e situações dos quais não há retorno. A cada decisão errada, a cada passo adiante, ela estava cavando um buraco mais profundo, afastando-se da segurança e da clareza. Em um universo onde cada escolha tem peso e consequências, o medo de se perder é palpável. As decisões de Rosamaria, embora motivadas pela busca da verdade e pela justiça, revelariam a dura realidade de que algumas estradas, uma vez escolhidas, não oferecem volta. Na busca pela verdade, às vezes descobrimos apenas mais perguntas, e é na ausência de respostas que o desespero se instala. Alguns erros não possuem perdão, e o arrependimento não é um caminho para voltar atrás, mas uma sombra que se alonga a cada passo. Envolvemo-nos nas profundezas de nossos próprios dilemas e desecobrimos que, ao tentar resolver problemas, muitas vezes criamos um labirinto sem saída.
Em momentos de revelação dolorosa, entendemos que a verdade, por mais reveladora que seja, nem sempre traz a paz, mas acentua a dureza da jornada que escolhemos seguir. Rosamaria estava querendo pagar para ver...XXXXXXXXXX
Rosamaria: esse assunto tá me dando enjôo, Sheilla. -respirei fundo-
Sheilla: não gosto de falar disso também. -tirou os olhos da janela e os voltou pra mim e logo se sentou novamente respirando fundo- A Ariele ficou 7 dias sumida. -eu encarei- 7 dias torturantes pra Caroline porque a Ariele havia sido morta no mesmo dia em que foi pega. Caroline recebeu presentes, ligações com a voz da Ariele e tudo o que podia, isso tava enlouquecendo ela, já não sabíamos mais o que era real ou o que não era. Todos nós estávamos enlouquecendo juntos. No sétimo dia, a Carol recebeu uma caixa com a aliança, o distintivo, um pendrive e a pista de onde a Ariele estaria. Carol montou uma equipe preparada e seguiu as pistas e achou a Ariele morta, mesmo que o subconsciente da Carol soubesse que ela estava morta a tempos já. O corpo já estava em fase visível de decomposição um odor fortíssimo. E o pendrive, bom... -respirou fundo- O pendrive foi todo o arquivo com as 8 horas de gravação da Ariele sendo torturada e morta, é por isso que sabemos que ela sofreu por 8 horas. Ainda depois de tudo isso Carol ainda teve que ouvir muito da família da Ariele e abriu mão de muita coisa pro conforto deles, pra eles não precisarem vê-la mais. O velório da Ariele foi caixão lacrado e não deixaram sequer a Carol se despedir direito. Depois disso -Sheilla olhou pro tempo- eu acho que naquele caixão com a Ariele morreu uma parte muito grande da minha amiga. -me olhou- Ela criou um escudo que a qualquer chance de machucarem ela, ela que machuca de volta. Os relacionamentos dela são completamente vazios e sem futuro nenhum. Essa é a Carol agora, mas ainda sim ela continua sendo minha melhor amiga e eu sei que a Carol antiga não morreu completamente.
Rosamaria: Sheilla, isso é tudo muito triste, eu sinto muito, mas, eu preciso do depoimento da Caroline. -Vi Sheilla respirar fundo-
Sheilla: Eu preciso de tempo pra convencer a Carol, não é fácil fazer ela se envolver nesse assunto, ela não quer! -afirmou-
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Aberratio Ictus
FanfictionEm um mundo de leis e segredos, uma delegada e uma advogada se confrontam em lados opostos da justiça. Entre o ódio e a paixão, essas duas mulheres terão que lidar com sentimentos inesperados e perigos inimagináveis. Em sua jornada, descobrirão que...