IGNIS

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Capítulo novo pra consolar o Minastenista? É claro!
Comentem muito galera, votem e continuem usando a TAG #AICTUS no bluesky para eu conseguir acompanhar vocês. Não esqueçam que estamos no blue com o SFVSTORIES.

Beijos e até breve.
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Após aquele momento tenso, Caroline e Rosamaria tomaram rumos distintos, mas não sem deixar marcas profundas em suas trajetórias. Caroline, determinada e focada, mergulhou em suas responsabilidades, tentando estabelecer um novo parâmetro para sua equipe de campo no complicado caso do "Caça às Bruxas". Era uma tentativa de manter a ordem em meio ao caos, uma busca por um sentido em um mundo que parecia desmoronar ao seu redor.
Enquanto isso, Rosamaria, retornando ao escritório, não conseguia desvencilhar-se do eco do beijo que trocara com Caroline. A experiência estava impregnada em sua mente, como uma melodia que não a deixava em paz. O que a levara a permitir aquele momento íntimo? E por que a sensação de euforia a dominava, mesmo diante da confusão que sentia? Esses questionamentos tornaram-se uma névoa em sua consciência, obscurecendo sua capacidade de raciocínio.
Naquela noite de sábado, com o coração ainda agitado pela lembrança do beijo, Rosamaria decidiu buscar conforto nas risadas e na companhia de suas amigas. O Redentor, conhecido por suas vibrações acolhedoras, parecia o lugar ideal para colocar o papo em dia e, quem sabe, afastar os pensamentos perturbadores que a atormentavam.
Entretanto, o destino, com seu senso de ironia, tinha outros planos. Thaisa, em um impulso semelhante, também decidiu reunir suas amigas para uma noite de diversão no mesmo bar. Mal sabiam ambas que a vida, com suas reviravoltas inesperadas, estava prestes a reescrever suas histórias. O Redentor, aquele espaço de confraternização, tornava-se o palco de um reencontro que prometia desvelar os fios do destino que as uniam, mesmo quando pareciam tão distantes.

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CAROL GATTAZ ON

Fui forçada a deixar o conforto do meu lar, empurrada pela insistência inabalável de Thaisa. Quando ela decide que é dia de beber, todos sabem que não existe espaço para a recusa; o preço da objeção é um embate longo e exaustivo, e eu não estava disposta a isso. Assim, lá fui eu, seguindo o chamado da amizade, mesmo sabendo que a resistência seria inútil.
Chegar ao Redentor se tornou uma odisseia em si. Após rodar duas vezes pelo mesmo lugar, buscando uma vaga pra estacionar que me deixasse em paz, finalmente avistei, ao longe, Macris, Daroit e Sheilla, imersos em conversas animadas, como se o mundo ao redor tivesse parado. A visão delas me trouxe um conforto temporário, uma promessa de que talvez aquela noite fosse mais do que apenas um compromisso social; poderia ser um lembrete de que sair da zona de conforto, mesmo sob a pressão dos outros, muitas vezes traz lições inesperadas.
E lá estava eu, e dessa vez não era a última a chegar. A ironia não me escapava: a responsável pela reunião era, como sempre, a mais atrasada. Thaisa, com seu jeito descontraído, parecia não ter pressa, como se o tempo fosse uma extensão de sua vontade. Isso me fez refletir sobre o paradoxo da vida: a busca pelo que é confortável pode, por vezes, nos manter prisioneiros de nós mesmos. E quando decidimos sair, mesmo que por obrigação, abrimos espaço para novas experiências, diálogos e, quem sabe, um pouco de autodescoberta.
A mesa estava cercada de risos e histórias. Em meio ao tumulto de vozes, percebi que cada um ali trazia uma parte de si, um fragmento de sua jornada, e, naquele momento, percebi que o conforto do lar é muitas vezes apenas um estado de espírito. O verdadeiro lar é onde encontramos conexões, mesmo que seja por um copo levantado e um brinde à amizade. E assim, na interseção entre o desejo de ficar e a necessidade de estar, comecei a me perder na conversa, deixando de lado qualquer resistência que ainda insistia em me acompanhar.
Depois de um longo momento de espera, a mesa estava cheia e sendo completada por Thaisa, Brait e Léia. O problema é que quando se cria expectativas demais, o tombo do cavalo é sempre mais doloroso. Fui retirada momentaneamente da conversa que estava tendo com a Macris pelo meu olhar me guiando até Naiane que estava em pé ao lado de Thaisa.

Aberratio IctusOnde histórias criam vida. Descubra agora