Carniçais

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Entre as sombras da noite, onde a lua não brilha...

Vagueiam os carniçais, almas de uma terrível ilha...

Com olhos de fogo e garras afiadas...

Eles percorrem os campos de almas atormentadas...

No crepúsculo da dor, onde a carne se desfaz...

Eles se alimentam daquilo que a vida deixou para trás...

O ar é pesado com o fétido aroma da corrupção...

E o murmúrio dos caídos, clamam por redenção...

A terra é um campo de sepulturas rasgadas...

Onde o chão é coberto de marcas macabras e desordenadas...

As sombras de carniçais dançam em meio à neblina...

E a noite se torna um banquete, uma eterna sina.

Com olhos famintos e corações de pedra...

Eles vagam sem propósito, como a maré que se ceder...

Cada grito é um eco no vazio do esquecimento...

Onde a vida se desfaz, em um eterno tormento...

No silêncio sepulcral, onde os vivos temem pisar...

Os carniçais encontram um lugar para vagar...

E em cada sombra, onde o horror se amalgama...

A fome dos carniçais é a eterna chama.

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