Nevoeiro

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No manto cinza que a noite tece...

Ergue-se o véu do nevoeiro frio...

Silencioso, como sombra que apetece...

Cobrir o mundo em eterno vazio.

As árvores, em seus galhos retorcidos...

Sussurram segredos à bruma densa...

E o luar, em reflexos enfraquecidos...

Desvanesce-se na treva imensa.

Nos passos perdidos, ecos distantes...

O nevoeiro esconde o caminho...

Onde almas vagam, errantes...

Buscando um fim, ou talvez um ninho.

Cada sopro do vento é um lamento...

Uma prece do além, sombrio e velho...

No nevoeiro, há um tormento...

Que dança entre as sombras, sem espelho.

E assim, a noite se afoga na neblina...

Um mar de silêncios, denso e profundo...

Onde o tempo, em sua sina, desaparece, junto ao mundo.

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