Máximo de palavras: 172
Na corte sombria de rostos esculpidos...
Ergue-se o império dos espelhos partidos...
Onde a beleza é a moeda, e o poder...
Um véu de mentira, no vazio a crescer.
Sorrisos falsos em lábios gelados...
Pupilas vazias, desejos calados...
As coroas de ouro que cobrem mentes vazias...
Enquanto corações sangram em noites sombrias.
O trono é de quem tem a pele perfeita...
De quem veste o manto da farsa eleita...
Mas por trás da fachada, a alma se esvai...
Num grito silente que nunca se vai.
Conformidade, a chave do cativeiro...
Onde todos seguem o mesmo roteiro...
Quem ousa ser livre, quem ousa viver...
É banido da corte, é condenado a morrer.
A vaidade consome, o poder corrompe...
Enquanto a sociedade, em seu brilho se rompe...
Na sombra, restamos, os que veem além...
Destruindo a máscara que todos a contém.
E assim seguimos, perdidos no breu...
Escravos de um sonho que jamais foi só meu...
Pois na busca de ser o que nunca serei...
Perdi a essência de quem um dia amei.
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Poemas
PoésieNas sombras entre o amor e a perda, 'Poemas' é uma coletânea de poemas que explora os recantos mais obscuros do coração humano. Com uma estética gótica e uma atmosfera sombria, cada verso revela dores secretas, paixões consumidas e os ecos de uma so...