A Máscara Da Vaidade

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Na corte sombria de rostos esculpidos...

Ergue-se o império dos espelhos partidos...

Onde a beleza é a moeda, e o poder...

Um véu de mentira, no vazio a crescer.

Sorrisos falsos em lábios gelados...

Pupilas vazias, desejos calados...

As coroas de ouro que cobrem mentes vazias...

Enquanto corações sangram em noites sombrias.

O trono é de quem tem a pele perfeita...

De quem veste o manto da farsa eleita...

Mas por trás da fachada, a alma se esvai...

Num grito silente que nunca se vai.

Conformidade, a chave do cativeiro...

Onde todos seguem o mesmo roteiro...

Quem ousa ser livre, quem ousa viver...

É banido da corte, é condenado a morrer.

A vaidade consome, o poder corrompe...

Enquanto a sociedade, em seu brilho se rompe...

Na sombra, restamos, os que veem além...

Destruindo a máscara que todos a contém.

E assim seguimos, perdidos no breu...

Escravos de um sonho que jamais foi só meu...

Pois na busca de ser o que nunca serei...

Perdi a essência de quem um dia amei.

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