O Lamento Da Caverna Abandonada

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No fundo da caverna, onde o silêncio é lei...

E a lua desmaia em pálido véu...

Reina um eco sombrio que nunca se desfaz...

Nos corredores frios do reino cruel.

As paredes sussurram histórias esquecidas...

De almas perdidas e gritos no vento...

O chão, coberto de musgo e lágrimas...

É um altar para o medo e o tormento.

Velhas correntes balançam sem rumo...

Enquanto o vapor do subterrâneo sobe...

E um trono de ossos, em poças de sombras...

Ergue-se, majestoso, num luto imenso.

Ninguém ousa cruzar o limiar da escuridão...

Onde o tempo é uma ferida aberta e cruel...

E os murmúrios dos perdidos, em agonia...

Entoam o lamento de um lugar abissal.

Oh, caverna de angústia e mistério eterno...

Tu és o abismo onde a luz nunca irá...

E em teu seio gótico e desconsolado...

A esperança se perde e a paz se esconde.

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