Correntes Invisíveis

18 2 8
                                    

Máximo de palavras: 121

Em teus olhos, a prisão que me cerca...

Onde sombras dançam em espirais sem fim...

Cada gesto teu é corrente que aperta...

Prendendo-me em teu abismo, onde não há de mim.

Eu me perco no eco da tua voz fria...

Que dita meus passos com sutil crueldade...

Sou refém de um laço que já não vivia...

Mas ainda me afoga em falsa liberdade.

Teu toque é veneno que alimenta o vício...

Sinto teu poder nas veias corroer...

Mas o vazio que resta no sacrifício...

É o mesmo que clama por te pertencer.

Amor ou tormento, não sei discernir...

Pois de ti sou escravo, sombra, e lamento...

Perdido em teus olhos, sem poder fugir...

Desfaço-me em ti, no próprio esquecimento.

PoemasOnde histórias criam vida. Descubra agora