LEVI WITHE, um garoto de personalidade forte que mudou-se com sua família para Orlando, passando dez anos longe de sua cidade natal, Miami. Quando tinha apenas quinze anos de idade, recebeu a notícia que seu irmão havia morrido num acidente de carro...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
🧛🏻♀️. 𝔇𝔦𝔞 𝔰𝔢𝔤𝔲𝔦𝔫𝔱𝔢... ℭ𝔞𝔭𝔦𝔱𝔲𝔩𝔬 12
Abro meus olhos lentamente, ainda tentando acostumar-me com a claridade do sol adentrando o quarto pela fresta da janela.
Vislumbres da noite anterior atingem minha memória, fazendo com que eu olhe para o lado na esperança de encontrar Levi.
E lá estava ele; jogado na grande cama, num sono profundo. Uma expressão séria reflete em seu rosto como de costume.
E então, não pude evitar que um sorriso bobo preenchesse meus lábios com as lembranças.
Confesso que nem mesmo eu esperava as atitudes que tomei há algumas horas atrás, mas naquele momento eu já não tinha controle do meu próprio corpo.
O medo ainda encontrava-se em mim. Medo de algo que eu não queria acontecesse, mas Levi mostrou-me que não seria capaz de tocar-me de forma desrespeitosa, isso fez com que aquele momento se tornasse mágico.
Nunca senti o que Levi fez-me sentir, e devo dizer que foi algo estranho, mas ao mesmo tempo aliviante.
Vê-lo à minha frente, contorcendo-se de prazer enquanto eu o tocava, fez com que eu desejasse vivenciar tudo aquilo novamente.
Sua respiração ofegante, seus gemidos roucos ecoando pelo quarto...
Porra, o que esse garoto tem feito comigo?
Sinto minhas bochechas queimarem.
Sento-me na cama, tentando não acordar o garoto ao meu lado. Ergo minha mão, levando meu dedo indicador até seu rosto, calmo e sereno, acariciando-o levemente enquanto observo cada detalhe da feição do garoto.
Meus toques eram delicados e as carícias fizeram seus pelos eriçarem.
Mas então, meu coração dispara fortemente contra meu peito quando ouço sua voz sair abruptamente de seus lábios.
— Vai me fazer ficar tímido caso continue encarando-me desta forma.- Diz irônico, logo abrindo seus olhos para encarar a mim.
— Vejo que nunca se cansará de assustar-me.- Eu respondo, após recuperar-me do susto.
— Esta é a minha diversão diária, vampirinha. Não posso fazer nada quanto a isso.- O garoto fala, deixando uma gargalhada nasal logo em seguida.
Suspiro fundo.
— Como passou a noite? - Pergunta, sorridente.
— Até que dormi bem.- Digo, desviando meu olhar do seu enquanto observo minhas unhas.
— Puff, é claro que dormiu.- Diz de maneira convencida.
— O que quer dizer com isto, Withe? - Indago, o encarando novamente, mesmo já sabendo o que o garoto quis dizer.
— Você dormiu ao meu lado, já era de se esperar que tivesse uma boa noite de sono.- Seu sorriso aumenta.
Rio, sarcástica.
Ilário.
— Não acha que está sendo muito convencido?
— Estou apenas sendo realista, pequena vampira.- Responde.
Mas então, meu sorriso desaparece ao lembrar que esquecemos de um pequeno detalhe.
Ou melhor dizendo, esquecemos de alguém.
— O que houve? - Levi pergunta, desmanchando seu sorriso ao perceber que o meu sumiu do meu rosto.
— Nicolas...- Sussurro o nome do garoto que saiu na noite anterior e, até então, não voltou.
— O que tem ele? - Pergunta, confuso, sentando-se na cama.
— Ele não voltou até agora, Levi.- Digo, encarando-o sentindo a preocupação apossar-se de mim instantaneamente.
— Como pode ter tanta certeza? Dormimos a noite inteira, existe a possibilidade de você não ter escutado quando o mesmo chegou.- Diz, levando sua mão até meu rosto, acariciando minha bochecha.
Fico em silêncio, sabendo que isto é realmente possível, mas ainda assim, a ansiedade insiste em gritar em minha mente.
— Tudo bem - Suspira. —, o que acha de eu ir dar uma olhada na casa? - Indaga.
Apenas balanço a cabeça como resposta.
— Certo, volto já.- Sorri novamente, levantando-se da cama e marchando em passos pesados em direção a porta.
[...]
Ando de um lado para o outro dentro do quarto, sentindo o tremor em minhas mãos aumentar a cada segundo que se passa.
Passaram-se minutos desde que Levi foi atrás de Nicolas e até então nada.
Até parece que o garoto perdeu-se dentro da própria casa.
Ouço passos em direção ao quarto e imediatamente sinto um alívio ao ver Levi passar pela porta.
Sua expressão é confusa, deixando-me cada vez mais nervosa.
— E então? - Pergunto, quebrando a mudez que ressoava por todo o cômodo.
— Ele não está em casa.- Responde, olhando para um ponto fixo no chão, evitando meus olhos.
— Porra, eu sabia! Sabia que não era uma boa deixá-lo sair.- Digo.
— Está tudo sob controle, tá legal? - O garoto à minha frente tenta acalmar-me.
— Ah, é? Então diga-me, onde Nicolas está, Levi? - Ironizo, já imaginando que o mesmo não tinha uma resposta para dar-me.
— Ficar surtando desta forma não vai nos fazer descobrir, então faça um favor para nós dois e acalme-se.- Levi direciona seus olhos, furiosos, para mim.
Suspiro fundo, parando de andar.
— Você ao menos mandou alguma mensagem para ele? - Indago com um tom de voz calmo.
— Sim.- Withe é direto em sua resposta.
— E então?
— Nada.- Diz, simples.
— Como assim "nada"?
— Ele não me respondeu. Espero ter conseguido deixar mais claro.- Responde, rude.
Ignoro a ignorância do garoto, passando minhas mãos por todo meu rosto.
Porra, Nico! Onde foi que você se meteu?
— Droga! - Volto a bater os pés no chão em passos rápidos, com as mãos trêmulas procurando respostas. — Você tentou de novo? Não sei, ligou para ele? - Pergunto, nervosa.
— Sim, já tentei tudo isso, está bem? - Levi gesticula suas mãos enquanto fala.
— Merda! Droga Levi, faça alguma coisa!
— O que espera que eu faça? - Vocifera, nitidamente raivoso.
— Eu não sei, dê algum jeito de acha-lo.- Falo no mesmo tom de voz.
Observo Levi dar as costas para mim, direcionando suas mãos até seus cabelos enquanto puxa seus fios fortemente, num ato claro de raiva.
E então, em passos rápidos, o mesmo sai do quarto, batendo a porta enquanto deixa-me sozinha no cômodo.
