Capítulo 14.

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(Narrado por Elena)


O fim de semana chegou mais rápido do que eu esperava. Depois de dias intensos e desgastantes na escola, tudo que eu queria era me desligar um pouco da realidade. Minhas amigas insistiram para que eu fosse com elas a uma festa naquela noite. No início, eu hesitei. Minha cabeça ainda estava presa aos eventos da última semana, aos encontros silenciosos com Alexander e às memórias sufocantes de tudo o que passamos. Mas, depois de muita insistência, acabei cedendo.

Eu precisava de uma pausa de tudo.

Ao me olhar no espelho, percebi que, por mais que tentasse, a garota que eu costumava ser ainda estava lá em algum lugar. O vestido que escolhi para a festa era ousado, algo que eu não usava há tempos. Talvez eu estivesse tentando provar para mim mesma que ainda tinha algum controle sobre minha vida, ou talvez fosse apenas uma tentativa desesperada de me sentir normal de novo.

Quando chegamos à festa, as luzes, a música alta e as risadas me atingiram como uma avalanche. Eu me forcei a sorrir, a fingir que estava tudo bem. Por dentro, no entanto, eu me sentia desconectada, como se estivesse observando tudo de longe. Era estranho. Estar cercada por tantas pessoas, mas sentir-se tão sozinha.

Foi então que o inesperado aconteceu.

No meio da multidão, eu vi Alexander. Ele estava encostado numa parede, com um copo na mão, observando o ambiente. Meu coração deu um salto. Ele não me viu de imediato, mas eu sabia que era apenas questão de tempo até que nossos olhares se encontrassem.

E foi exatamente o que aconteceu.

Por um momento, o mundo parou. Ele me olhou de um jeito que fez meu corpo inteiro tremer. Havia algo diferente no seu olhar, uma mistura de desejo e arrependimento. E, sem que eu pudesse controlar, meus pés começaram a se mover na direção dele. Minhas amigas me chamaram, mas eu as ignorei. O magnetismo entre nós era inegável

Quando cheguei perto, Alexander se afastou da parede e me puxou pelo braço, conduzindo-me para um lugar mais afastado. Não dissemos uma palavra. Tudo o que passava entre nós era a energia crua e não resolvida de tudo que tínhamos vivido.

Acabamos entrando em um dos quartos no andar de cima, longe da festa. O silêncio entre nós era quase ensurdecedor, mas ao mesmo tempo carregado de tensão. Fechei a porta atrás de mim e me virei para ele. Nossos olhares se encontraram mais uma vez, e dessa vez, o desejo foi mais forte do que qualquer outra coisa.

Eu sabia que isso era errado. Sabia que nada mudaria no dia seguinte, que provavelmente tudo ficaria ainda mais confuso. Mas, naquele momento, eu não me importava. Eu só queria me perder nele, mesmo que fosse apenas por uma noite.

(Narrado por Alexander)

Eu sabia que isso era uma má ideia. Quando vi Elena naquela festa, algo dentro de mim se acendeu. Não era só o desejo, era a necessidade de estar perto dela, de sentir o que tínhamos mais uma vez, mesmo sabendo que isso só traria mais complicações.

Quando a puxei para aquele quarto, eu sabia onde tudo ia dar. A maneira como ela me olhava, o jeito como nossos corpos se moviam em sintonia como se nada mais no mundo importasse. Cada toque dela me fazia querer mais. Elena sempre teve esse efeito sobre mim. era

O beijo foi só o começo. Eu sabia que não seria suficiente, e, conforme as coisas esquentavam, a lógica foi completamente esquecida. Estávamos tão perdidos um no outro que o mundo lá fora simplesmente deixou de existir.

Nossos corpos se moviam em perfeita harmonia, cada toque, cada suspiro, cada movimento estava carregado de toda a tensão que havíamos acumulado nos últimos dias. Elena parecia tão entregue quanto eu, e aquilo só alimentava o desejo que eu sentia por ela.

O beijo foi só o começo. Eu sabia que não seria suficiente, e, conforme as coisas esquentavam, a lógica foi completamente esquecida. Estávamos tão perdidos um no outro que o mundo lá fora simplesmente deixou de existir.

Nossos corpos se moviam em perfeita harmonia, cada toque, cada suspiro, cada movimento estava carregado de toda a tensão que havíamos acumulado nos últimos dias. Elena parecia tão entregue quanto eu, e aquilo só alimentava o desejo que eu sentia por ela.

Naquele momento, nada mais importava. Não importavam as consequências, os sentimentos não resolvidos, ou as discussões que inevitavelmente viriam depois. Era só nós dois, e a intensidade daquele momento.

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