Cicatrizes Invisíveis.

Capítulo 8.

(Narrado por Elena)

A manhã seguinte ao nosso encontro na festa começou com um sentimento de estranhamento e desconforto. A luz do sol invadiu o meu quarto através das cortinas, mas a sensação de clareza parecia distante. Eu me levantei, tentando deixar o turbilhão da noite anterior para trás, mas a memória de cada toque e beijo continuava presente, como uma marca indelével.

Durante o café da manhã, minha mente estava ocupada com pensamentos sobre Alexander. O que significava o que tivemos? Foi apenas uma tentativa de reconciliação ou algo mais profundo? Eu precisava de respostas, mas temia confrontar a verdade. Decidi me distrair com minhas rotinas diárias e me preparar para o dia.

Na escola, a atmosfera era normal, com colegas conversando e professores dando aulas. No entanto, o peso do que havia acontecido estava sempre presente. Cada vez que eu via Alexander, havia um misto de nervosismo e expectativa. Ele parecia distante, como se estivesse tentando processar o mesmo turbilhão de emoções que eu estava enfrentando.

(Narrado por Alexander)

Acordei cedo, sentindo um peso no peito que parecia impossível de ignorar. A noite com Elena havia sido intensa e cheia de emoções conflitantes. Eu sabia que tínhamos criado algo que não poderia ser facilmente desfeito, mas o que significava isso para o nosso relacionamento?

A escola foi um desafio. Eu tentava manter uma fachada de normalidade, mas meus pensamentos estavam constantemente voltados para Elena. Cada interação com ela parecia carregada de uma tensão que não conseguia decifrar. A distância entre nós parecia se estreitar, mas também havia uma sensação de incerteza que pairava sobre tudo.

A oportunidade para falar com Elena surgiu durante o intervalo. Eu a encontrei em um canto tranquilo do pátio, longe dos olhares curiosos. A atmosfera estava carregada com a expectativa de uma conversa que ambos sabíamos que precisava acontecer.

(Narrado por Elena)

Quando Alexander se aproximou, pude sentir a tensão no ar. Ele parecia nervoso, mas havia uma determinação em seus olhos que me fez sentir que o que estávamos prestes a discutir era fundamental. Ele começou a falar, sua voz era baixa e hesitante.

-"Precisamos conversar,” ele disse, olhando-me nos olhos. “Sobre ontem à noite.”

Eu respirei fundo, tentando encontrar as palavras certas.- “Sim, precisamos. Eu não sei o que aconteceu, mas sinto que precisamos entender o que isso significa.”

(Narrado por Alexander)

Eu tentei formular meus pensamentos enquanto observava Elena. -“Eu não sei como expressar o que sinto agora. A noite foi... complicada. Eu tenho pensado muito sobre nós e sobre o que realmente quero.”

A conversa se desenrolou lentamente. Falamos sobre nossos sentimentos, nossas inseguranças e o impacto do que havia acontecido. Eu percebia a dor e a confusão nos olhos de Elena, e, ao mesmo tempo, estava lidando com a minha própria turbulência interna.

(Narrado por Elena)

Enquanto conversávamos, percebi que ambos estávamos lutando para encontrar clareza. A conexão entre nós era evidente, mas o que significava para o futuro era incerto. Eu tinha medo de que essa situação pudesse nos levar a um caminho sem retorno, mas também sentia que havia algo real entre nós que não poderia ser ignorado.

A conversa terminou com um sentimento de ambiguidade. Decidimos que precisaríamos de mais tempo para entender o que realmente queríamos e como poderíamos seguir em frente. No entanto, a incerteza persistia, e a sensação de estar à deriva continuava a me afetar.

(Narrado por Alexander)

O resto do dia foi uma mistura de reflexões e sentimentos contraditórios. Eu tentava processar o que havia discutido com Elena e encontrar uma maneira de lidar com a confusão que sentia. A noite chegou, e a sensação de estar perdido parecia mais intensa do que nunca.

Quando fui para a cama, a imagem de Elena ainda estava presente em meus pensamentos. Eu sabia que precisava enfrentar meus próprios medos e inseguranças para encontrar uma solução que fosse justa para ambos. Mas, por agora, a incerteza era a única certeza que eu tinha.

(Narrado por Elena)

Eu passei a noite em claro, pensando no que Alexander e eu havíamos discutido. A insegurança e o medo de não saber o que o futuro reservava eram esmagadores. No entanto, também havia uma pequena esperança de que, apesar de tudo, pudéssemos encontrar uma maneira de superar os obstáculos que enfrentávamos.

Na manhã seguinte, estava decidida a enfrentar a situação com um novo senso de clareza e propósito. Sabia que a estrada à frente seria difícil, mas estava disposta a enfrentar os desafios. A conversa com Alexander havia sido um passo importante, e eu estava determinada a encontrar um caminho para lidar com a complexidade de nossos sentimentos.

A jornada que eu e Alexander estávamos prestes a enfrentar não seria fácil, mas a necessidade de buscar a verdade e a compreensão era o que nos motivava. E, enquanto o futuro permanecia incerto, a decisão de enfrentar a realidade era a única coisa que podia nos dar a esperança de encontrar uma solução para o que havia acontecido entre nós.