Jantar

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Autora

Bom dia, boa tarde, boa noite ou boa madrugada, tudo bem?

Enfim, é isso, boa leitura!

Jadah Marie Johnson

Quando sugeri um jantar para Anna, já tinha em mente criar um momento mais íntimo. Sabia que a timidez de Anna poderia dificultar algumas coisas, então preferi ir com calma.

Cada ideia seria apresentada sutilmente, sem pressa, respeitando o tempo dela. Afinal, eu queria que ela se sentisse confortável ao meu lado, não pressionada.

Naquela noite, ao vê-la chegando, senti como se estivesse olhando para uma deusa. O vestido que ela usava, simples e elegante, ressaltava sua beleza de maneira natural. Seus cabelos caíam soltos sobre os ombros, e o leve brilho em seus olhos mostrava que ela também estava ansiosa por aquele encontro.

Sem conseguir me conter, a única coisa que me ocorreu foi beijá-la. No entanto, antes que pudesse aprofundar o beijo, Anna me afastou com um leve toque, rindo um pouco envergonhada.

Perguntei se não poderíamos fazer igual a Ruby e Morgan, que se assumiram sem se importarem com a mídia. Anna riu e acenou com a cabeça, relaxando mais um pouco. Eu sabia que, com o tempo, iríamos aprender a lidar com nossas inseguranças e nos assumirmos sem medo das consequências.

Chegamos ao restaurante, um lugar discreto, mas acolhedor, com luzes suaves e uma atmosfera aconchegante. Fizemos nossos pedidos e, entre uma conversa e outra, o nervosismo inicial foi dando lugar a risadas e trocas de olhares intensos.

Havia algo no ar, algo que não estava só no ambiente ao nosso redor, mas entre nós duas. A tensão, o desejo, e a vontade de sermos mais do que éramos antes daquela noite. Eu sabia que, em algum momento, as palavras certas seriam ditas, e elas mudariam tudo.

Enquanto estávamos brincando com alguns petiscos, Anna me surpreendeu com uma pergunta que quase me fez engasgar com a água que bebia:

-Depois daqui... vamos para a sua casa. Você, por acaso, está querendo me levar para a cama? -Sua voz estava suave, quase hesitante, e seu rosto ficou corado imediatamente após pronunciar as palavras.

Ela evitava me encarar diretamente, mexendo nervosamente na comida em seu prato, como se estivesse insegura do que eu responderia.

Olhei para ela, sentindo meu coração disparar, e soltei um suspiro, tentando escolher as palavras com cuidado. Eu sabia que se ela estava perguntando, era porque tinha percebido algo nas minhas intenções. Não era exatamente sobre o ato em si, mas sim sobre o que ele representava. Um novo passo em nosso relacionamento.

-Anna... -comecei, observando-a com ternura, -Eu te quero, sim. De todas as formas. Eu te desejo, mas saiba que eu nunca... nunca farei nada que você não queira. Não importa o quanto eu te deseje, seu conforto e seus sentimentos vêm em primeiro lugar. -Sorri, tentando aliviar a tensão. -E, sinceramente, nem adianta me dizer que quer quando não quer de verdade, porque eu sempre saberei.

Ela me olhou por alguns segundos, surpresa, e então soltou uma risada tímida, me acompanhando. A tensão que havia se acumulado entre nós parecia se dissipar um pouco, e logo o garçom chegou para retirar nossos pratos, substituindo-os pelas sobremesas. O momento de nervosismo passou, mas a questão que ela trouxe à tona ainda pairava no ar, como uma conversa inacabada.

-Eu também te quero, Jadah. -Sua voz estava mais firme agora, e ela finalmente me encarou diretamente, seus olhos brilhando com sinceridade. -Desde o começo. Mas... podemos aproveitar essa noite primeiro? E depois... pensamos em nos 'cansar'?

Romance em Cena -KyliaOnde histórias criam vida. Descubra agora