Ana Flávia povs
Não estava no banco do carro quando acordei, e sim, sobre um colchão macio. Já era noite, se bem que, quando Gus6 me tirou da festa, já era noite. E por falar nele, posso sentir sua
respiração calma contra minha nuca. Sua mão estava no meio das minhas pernas, segurando minha intimidade com possessão. Talvez por isso senti meu sexo e calcinha encharcados.
Virei devagarinho nos seus braços para não acordá-lo.
Gustavo dormia tranquilamente. A luz da lua que atravessava a janela permitia que eu apreciasse as linhas de expressão relaxadas, os lábios fechados, os cílios espessos que formavam uma sombra perfeita... Ele é tão bonito, parece um ursinho de tão fofo... Pensativa e instigada, ergo minha mão e traço seus lábios com o polegar. Em seguida escovo sua bochecha sentindo a barba arranhar meus dedos. Gustavo acorda de repente e, em um gesto rápido, segura minha mão torcendo-a, enquanto salta da cama, antes de apontar-me uma faca que nem sei de onde havia tirado.
Arregalo os olhos com a respiração presa pelo susto que tomei, pois, a faca estava apontada para meu rosto.
Gustavo suspira e abaixa a arma pontiaguda.
- Droga, princesa, eu quase quebro sua mão. - diz e senta na cama massageando meu pulso.
Permito soltar a respiração que segurava até aquele instante, fitando-lhe. Um silêncio desconfortável se estabelece por alguns intantes. Gustavo guardou a faca embaixo da cama sob meu olhar esbugalhado.
- Você é muito inocente para se casar com alguém como eu, mas eu sou muito possessivo pra deixar você ir. - fala momentos depois ainda avaliando meu pulso que sua mão massageava.
- Por que diz isso? - murmuro afastando as cobertas e sento também cobrindo meus seios com os lençóis.
Ele continua acariciando meu pulso e eu o puxo, usando a mão para erguer seu rosto.
- Você deveria fugir. - exclama pensativo.Nego com a cabeça veementemente.
- Não, eu não devo. Gustavo você disse agora há pouco que cuidaria de mim e eu acreditei em você. Também concordamos em fazer essa relação dar certo.
- Talvez você confie muito em mim. - ele passou o dedo sobre a minha espinha e enviou uma nova onda de formigamento em direção ao meu núcleo. Encaro seus olhos.
- Meu pai uma vez me disse para não correr dos monstros, porque eles me perseguirão e que era para eu enfrentá-los e tentar amansar a fera.
O esboço de um sorriso cruzou seu rosto.
No fundo, uma parte primordial de mim não poderia imaginar estar com alguém que não fosse um macho-alfa como Gustavo. Eu tinha necessidade de ter alguém que me protegesse, por mais
que ele seja assim tão armado como um soldado, pronto pra guerra, por mais que tenhamos nos conhecido num momento ruim, por mais que eu queira ir devagar.
Não sei o que deu em mim, entretanto, eu o abracei pelo pescoço e subi em suas pernas ficando com uma em cada lado do seu quadril. Senti uma pressão contra minha intimidade e tenho certeza que corei de vergonha, quando nossos olhares se cruzaram.
- Como pode ser tão linda? - Fala sorrindo de lado e afagando meu queixo antes de me beijar. Passei meus braços em torno dele e as palmas das mãos descansaram em suas costas.
Gustavo mexeu os quadris e a pressão aumentou. Sua língua entrou no fundo da minha boca. Suas mãos traçavam caminho nas minhas costas desnudas e, vez ou outra, encontravam a lateral
da minha calcinha. Ele acariciava a pele por baixo dela. As minhas mãos arranhavam suas costas.Cada vez mais meu baixo ventre se contraia numa dor gostosa. Nossas bocas se devoravam com avidez. Estávamos famintos um pelo outro. Ele mordeu meu queixo e eu deixei um gemido escapulir.
Ele inverteu as posições e deixou meu corpo cair contra o colchão, me olhando com os olhos escuros de desejo e fome evidentes. Gustavo me observou minuciosamente antes de apertar
com as duas mãos meus seios juntos. Entreabri os lábios e me ergui de encontro ao afago.
Ele grunhe antes de deitar por cima de mim e devorar minha boca. Seu peito quente contra o meu me leva à loucura. Criei coragem e desci minhas mãos até sua bunda redonda. Isto fez Gustavo
se apertar contra mim. Sua boca abandonou a minha para morder o nódulo da minha orelha deixando
sua respiração enviar um formigamento ainda maior para minha intimidade. Foi minha vez de rebolar contra sua protuberância em busca de alívio.
- Gostosa. - sussurra em meu ouvido.
Beijos molhados deslizam pelo meu pescoço e eu fecho os olhos tentando controlar a respiração acelerada. Nesse meio tempo senti o fôlego quente de Gustavo bem próximo ao meu seio
direito. A pontinha de sua língua rondou o bico franzido e eu não evitei o gritinho que teimava em ecoar.
- Aaah. - gemi pois aquilo era tão bom.
- Isso, gatinha, se entrega quero ouvir seu prazer. - exclama antes de abocanhar meu mamilo completamente, enquanto afaga e belisca o outro entre os dedos. Rolo meus olhos em êxtase e
aperto minhas pernas em torno de sua cintura.
Gustavo suga a carne macia, morde o bico, numa tortura contínua. Ele dá a mesma atenção ao outro, porém sem pressa nenhuma. Parece se deliciar com meus peitos, enquanto eu gemia.
Remexia-me e grunhia com a quantidade de sensações que me atingiam. Ele regressou ao meu pescoço beijando a carne sensível antes de me beijar a boca novamente. Correspondi com loucura puxando seus cabelos.
Gustavo tirou minhas pernas de seus quadris e, me fitando, abriu-as. Ele deu um beijo em meu púbis por cima da calcinha e a tirou do meio com os dentes.
- Oh, Deus! - arfo baixinho quando ele passa a língua nos meus lábios vaginais. Minha cabeça caiu contra os travesseiros e em minha boca pairava um perfeito "o" que se fez presente antes que eu conseguisse prender os lábios entre os dentes.
A língua dele pincelava minhas dobras e minhas pernas tremulavam. Chegou um ponto em que o calor ali estava em erupção e eu precisava deixar as lavas escaparem. O problema é que elas,
com a ajuda de Gustavo - que sempre parava para morder meus lábios vaginais diminuindo, assim, a carícia e prorrogando meu tormento - me impediam de explodir em lavas de fogo. Rebolei em seu rosto sem pudor enquanto puxava uma hora os lençóis e, em outra, seus cabelos.
- Gustavo... - chamo seu nome quando meu corpo reseta. Meus ouvidos tapam e meu coração para por um segundo, antes do meu corpo cair contra o colchão numa inválida massa
trêmula.
- Goza, gatinha, se derrama pra mim. Quero sentir seu gosto. - diz enfiando a língua em mim.
Ele continua chupando meu broto sensível suavemente, enviando vez ou outra resquísios do que foi a explosão. Gustavo beija a parte interna das minhas coxas e põe o dedo em mim, mexendoo para dentro e pra fora lentamente.
Ele prende minhas mãos sobre minha cabeça erguendo seu tronco sobre mim.
- Seu gosto é incrível. - expressa antes de puxar meu lábio inferior com a mão livre e colocar o seu dedo que estava em mim, dentro da minha boca. - Prova seu sabor, gata. - circulo seu dedo com a boca, mesmo sem saber porquê, porém o gesto parece faze-lo perder o juízo, porque ele os arranca dali e afunda a língua em minha garganta.
Sentia-me vulnerável com as mãos presas, no entanto, aquilo era bom. A batalha excitante e faminta que era o nosso beijo, fez a dorzinha gostosa voltar ainda mais forte e intensa.
O corpo de Gustavo estava em cima do meu e minhas pernas entre as deles. Podia sentir o seu membro pertinho da minha intimidade. Aquilo me deixava mais sedenta. A mão dele afagava meus
seios antes de descer pela minha barriga numa carícia suave. Em seguida chegaram em minhas dobras molhadas. Ele esfrega meu ponto já sensível, meu corpo serpenteia de acordo com a
intensidade que ele aplica no toque.
- Gustavo. - sussurro seu nome ofegante.
- Você está pronta pra mim, gatinha, completamente à minha mercê. Receptiva a me receber. Você só precisa me dizer que quer. - declara beijando minha garganta, sugando o nódulo de
minha orelha e afagando meu centro.
Minha garganta estava seca. Minha linha de raciocínio parecia retardada. Custava muito para entender que Gustavo estava me dando a escolha de decidir se eu queria ou não que ele me
tornasse mulher. E esse simples gesto fez qualquer medo, dúvida e hesitação se dissiparem.
- Eu quero... - arfei e fiquei frustrada quando seu toque cessou.
Gustavo me olhou com aqueles olhos lindos e nebulosos. Soltei minhas mãos da sua e acariciei seu rosto.
- Eu quero você... - repeti e isso parece ter sido o suficiente para que ele voltasse a me beijar.
Percebi quando Gustavo mudou o ângulo do seu quadril e se ajustou ao lugar onde sua língua e dedo tinham estado. Congelei. Eu realmente queria, mas, naquele instante, o receio regressou com força total.
- Vai doer? - questionei com os olhos apertados no mesmo instante em que me aguarrei a ele e enterrei meu rosto na curvatura de seu pescoço.
Gustavo parou o que tentava fazer.
- Vai, não vou dizer que não, princesa. - falou com a voz rouca.
Tiro o rosto da sua pele suave para lhe fitar. Gustavo estreitou os olhos e se remexeu fazendo-me virar estátua outra vez quando senti seu membro na minha entrada
- Eu... - me vi quase desistindo e Gustavo deve ter visto isso em meus olhos porque se ergueu e caiu deitado ao meu lado me deixando aflita. - Desculpa, por favor, eu só fiquei com
medo. Continua, por favor... - peço envergonhada por ser tão boba e assustada justamente aquilo que prometi que não seria. Gustavo me interrompe com um olhar bravo.
- Não tem nada que se desculpar, Ana Flávia. Eu vou ficar bem. Você ainda não confia em mim e isso é compreensível. Dias atrás você nem sequer falava comigo. Você me vê como um assassino e é isso que sou. Aliás, você... - é minha vez de cortá-lo.
- Eu falei que quero, Gustavo. Eu só fiquei com medo quando me disse que doeria. - olho no fundo dos seus olhos. - Eu disse que íamos estabelecer uma relação do zero, que queria te conhecer e isso é o mesmo que dizer que vou esquecer essa sua parte desumana, pois sei que tem muito mais de que um monstro dentro de você. Já percebi que aí jaz um homem carinhoso pela forma
como você me beija ou pela forma que cuidou de mim naquele dia ao me resgatar.
Ele me olhava atento e eu continuei agora mais calma.
- Um homem que valoriza a família e isso é comprovado pela maneira que trata seus irmãos. - suspirei cansada pelo discurso sem pausas. - Mas se quer realmente me deixar mais à
vontade, basta me deixar ciente do que vai fazer. Preciso saber para me preparar com antecipação. Não sei nada disso e preciso que me guie... Eu quero ser sua. Quero me entregar a você.
Ele vira de lado para me fitar e fica acariciando minha bochecha, enquanto seu rosto parecia pensativo. Beijou os meus lábios de leve e levantou me deixando no vácuo.
- Não comemos nada na festa. O que acha de um lanche noturno? -pergunta me oferecendo a mão.
Suspirei por ele estar desistindo, entretanto, aceitei o convite com um aceno resignado de cabeça. Pus minha mão sobre a dele e me ajudou a levantar. Tentei protestar ao lembrar meus seios desnudos, porém, não deu tempo.
- Gustavo, eu preciso me vestir... - digo quando ele abre a porta do quarto.
- Pra quê, linda? Eu já conheço cada pedacinho do seu corpo. Além disso estamos sozinhos aqui. - diz e me surprende ao envolver-me em seus braços. Sentia cada pedacinho de meu corpo pressionando o dele. Gustavo beijou meus lábios novamente e me soltou colocando as mãos em minhas costas, guiando-me pelo lugar desconhecido.
Olhei o local. É aconchegante, apesar de enorme. Passamos por um lugar cheio de sofás brancos com almofadas vermelhas, uma mesa marrom no centro deles e, ao fundo, uma grande
televisão ficava sobre um móvel.
O ar frio que passou faz meus pelos ficarem eriçados e eu me aconchego mais em Gustavo que tinha a mão quente em meu quadril pressionando meu corpo junto ao seu.
Gustavo continuou a me levar pelo espaço e, juntos, chegamos à cozinha dos meus sonhos. Era tudo tão lindo... Os armários brancos com verde, uma bancada, duas geladeiras, o fogão
brilhava, enfim, tudo exatamente como sonhava em ter quando cozinhava lá em casa. Ele me deixou ali e caminhou exibindo sua bunda redonda e cheia naquela box preta, além, é claro, do conjunto da obra, ombros largos e pernas torneadas, ele realmenteparece um ursinho, o meu ursinho.
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Garota traficada-miotela
FanfictionAna Flávia, uma jovem menina cheia de sonhos e objetivos na vida, tem uma vida feliz ao lado dos seus pais até que um dia vê seu mundo se desmoronar de uma hora pra outra e no meio dessa catástrofe que é sua vida ela encontra o amor em alguém que el...