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Gustavo povs

Controlar minha vida nunca foi uma opção. Nunca pude fazer o que desejava e nunca tive o poder pra escolher o que viria a seguir, mas havia uma única coisa que prezava e que achava estar
sobre meu controle absoluto,entretanto, para meu desespero, não estava.
Eu poderia segurar o peso do mundo se isso protegesse aqueles que amo. Poderia atravessar um deserto ou simplesmente dar minha vida para não ter que presenciar o que presenciei
hoje. Ver meu irmão quebrar diante de mim foi esmagador. Murilo era a minha salvação toda vez que voltava do inferno, o garotinho que fazia piadas tornou-se hoje, no início da tarde um homem sem vida, o homem que hoje cedo brincava como um moleque implicante com a Boo, ruiu diante dos
meus olhos. E eu que jurei protegê-lo o que fiz? Nada!

A culpa do meu irmão estar ferido e em estado de choque é dele. Foi ele quem o quebrou, mesmo quase morrendo, aquele velho infeliz a quem eu odeio com todo o meu ser, o destruiu, assim
como fez comigo um dia. Ver Murilo — que a essa hora já deve estar no palácio — é tudo que penso enquanto o carro desliza em direção ao palácio.
Após o ocorrido, vetuche lembrou-me que tinha que ir buscar a Ana Flávia na loja da Maria Augusta.
Ao ver minha relutância, me prometeu cuidar do meu irmão, porém mesmo que eu saiba, por experiência própria, que ele é capaz e, até melhor que eu para cuidar de Huff, quero estar com
meu irmão.

Recordo já na frente do hall de entrada do palácio, de avisar à Ana para jantar com a Bruna e que fosse para o quarto em seguida. Dei-lhe um boa noite e saltei do carro louco para ver meu irmão.
Estava ofegante quando alcançei meu objetivo.
Tomo algumas respirações antes de entrar no quarto e, quando o faço, Murilo é a primeira coisa que visualizo, ele está com o ombro direito enfaixado e no momento dorme tranquilamente.
Caminho até a cama onde repousa e sento observando-o. Talvez ainda não acreditasse que ele tenha se jogado na minha frente e tomado um tiro que a mim era destinado. Nem sabia que ele estava ali.
Na verdade ele não sabia que estaria. Segundo um dos meus homens, ele disse que hoje cedo ao invés de ir ensaiar com sua banda, nosso maldito pai ligou e lhe mandou para aquela missão da
máfia.
A verdade é que também busco explicações até agora para a invasão da Bravta. Houve um confronto, no entanto, parecia que a real intenção de todos era me matar e, se não fosse Murilo, teriam conseguido, uma vez que eu e os meus homens fomos pegos desprevenidos.
Minha divagação vai para o espaço com o barulho que vetuche faz ao adentrar o quarto.
— Felipe o examinou e disse que em pouco mais de uma semana ele estará novinho em folha. — me informa ao sentar na poltrona ao lado da cama.
— Fisicamente sim, mas psicologicamente eu não tenho tanta certeza. — olho para o rosto sereno do meu irmão. — Matar uma pessoa pela primeira vez é uma experiência inesquecivelmente terrível. E pra ele que considera a vida como uma preciosidade então.
— Talvez ele seja mais forte do que pensamos.
— Ele não é Gabriel, ele não é. — suspiro. — Porém ele é teimoso, cabeça dura e, agora que nos viu em ação, não vai mais largar do meu pé.
Ele acente enquanto diz:
— Nisso você tem razão.
Olho para Huff novamente e minha sede de vingança retorna febril.
— Alguma informação sobre quem organizou o ataque? — mudo de assunto, já que meu irmão vai ficar bem, vamos ao que interessa.
Vetuche nega com a cabeça:
— Nada ainda. Entretanto, já sabemos que não foi um dos grandes. É apenas algum integrante mandando um recado.
Olho pra ele com as sobrancelhas erguidas.
— Recado este que me mandaria para o outro lado. — ironizo — Isso está muito estranho.
— reflito. — Por via das dúvidas, mande fechar as fronteiras do país e permaneça assim até uma segunda ordem minha. Não quero a população em perigo.
— Claro, mas e como faremos para aplacar a curiosidade do povo e da mídia?
Por falar em mídia lembro que tenho que anunciar meu casamento, mas isso vou deixar para amanhã.
— Vou pensar em algo, mas por hora a única coisa que quero e tem minha total atenção é encontrar o bastardo que fez isso e o mandar pro quintos dos infernos. Vou deixar bem claro que
ninguém me declara guerra desta maneira. — respondo sua pergunta.
Ele me olha interrogativo.
— O que pensa em fazer? — inquere intrigado.
— Você verá meu caro, você verá. — digo levantando-me. — Procure alguém de confiança para ficar com o Murilo durante a noite e qualquer coisa me comunique. Vou tentar dormir um pouco.
— Pode ir sossegado. — diz quando estou me retirando.
Fui para o quarto de hóspedes que ficava ao lado do meu onde provavelmente a Ana Flávia  deve estar dormindo à essa hora. Afundo no colchão e tiro meus sapatos e meias com o pensamento em um bom banho antes de me deitar. E foi o que fiz. Tomei uma ducha rápida e depois afundei nos
lençóis macios. Estava quase caindo no sono, quando gritos de pavor me deixaram alerta. — e olha que pra
ultrapassar essas paredes, os berros precisam ser muito altos — Levantei-me rapidamente. Procurei uma cueca às pressas no closet e peguei minha arma na gaveta.
Abri a porta do quarto vagarosamente procurando algum movimento suspeito, no entanto, não havia nada de errado, porém os gritos continuavam. Ligeiramente confuso saí no corredor e, para minha surpresa, os berros vinham do meu quarto — ou melhor do quarto onde a minha gata estava — segurei a maçaneta e a girei silenciosamente.
O quarto estava na penumbra iluminado apenas pela luz da lua que atravessava os vidros da janela. Mas foi o suficiente para que visse o que acontecia. Minha gata berrava inconscientemente.
Relaxo ao ver que ela estava apenas tendo um pesadelo.
Vou até um compartimento secreto no piso e guardo a arma, antes de ir acordá-la.
Mais perto da Ana, vejo o suor que escorre em seu rosto, a bagunça de lençóis que a cerca, os movimentos que seu corpo produz e o emaranhado de seus cabelos, além dos gritos de
terror que sua linda boca profere. Sem querer prorrogar sua angústia sonâmbula, mas ainda ligeiramente confuso, seguro seus ombros e sutilmente os sacudo chamando seu nome.
Ela se remexe e chuta os lençóis antes de abrir os olhos nebulosos e em seguida se agarrarem mim como se eu fosse sua tábua de salvação. Suas unhas fincam nos meus ombros, quando ela
começa a chorar em desespero. Seus soluços são dolorosos e sua respiração entrecortada.
— Ei, gatinha, foi apenas um sonho... Vai ficar tudo bem. — consolo-a passando os braços por sua cintura.
Ela balança a cabeça de um lado para o outro contra meu ombro.
N-não vai e-eu nunca mais v-vou c-conseguir ser f-feliz. — gagueja entre fungadas e soluços.
Sua declaração me deixa pensativo, desconfortável e curioso. Talvez, por isso, nada digo.
Arrumo seus travesseiros e me recosto contra a cabeceira puxando seu corpo junto ao meu.
Meus braços ainda estão em sua cintura e sua cabeça repousa contra meu peito, enquanto seu corpo fica entre minhas pernas. Sua respiração vai normalizando e seu choro cessando aos poucos e o silêncio se instala.
Fico ali usufruindo do cheirinho de pêssego que exala das madeixas morenas da minha gata, me perguntando por que diabos estou embalando-a nos meus braços como se fosse uma criança assustada? E o pior, por que isso é tão bom? Minha resposta vem quando olho em seu rosto
perfeito iluminado pela luz da lua. Simplesmente porque ela é a criatura mais frágil que já conheci.
Seus cílios curvilíneos e longos descansam fechados e as marcas das lágrimas escorrem ao longo da sua face — ergo as mãos e limpo suas lágrimas com sutileza — mas nada que retirasse os títulos aos quais lhe dei no dia em que a vi em cima daquele palco. A minha boneca é a mulher mais
deslumbrante, reluzente, bonita, gostosa, vulnerável, inocente, maravilhosa e... Caramba por que
diabos eu estou pensando nisso?

Fito um ponto tentando em vão focar em qualquer coisa que não envolvesse a Ana Flávia, casamento ou o ataque de hoje mais cedo para que, com cabeça livre, consiga dormir. Porém meu
inconsciente parece querer não cooperar e o calor corporal da mulher emaranhada em mim, instiga a
lembrança acalorada do nosso beijo. Sim. Um único beijo de merda, e nada mais, mas que está tirando meu sono.
O rosto que agora descansa sereno observava fascinado os detalhes arquitetônicos e decorativos do palácio. Tão compenetrada que derrapou em um dos degraus e, se meu reflexo não
fosse bom, ela rolaria escada abaixo. Por instinto, minhas mãos voaram até seu quadril e eu puxei seu corpo pra mim. Bastou um mísero olhar para me fazer reivindicar seus lábios suculentos e macios e a pólvora agir por conta própria, tornando-me faminto como labaredas de fogo que se alastram em
questões de segudos.

Suspiro vencido e com a certeza de que esta noite irá ser longa até porque meu amigo lá de baixo está começando a se animar com essas lembranças e esse corpo convidativo. Preciso transar e logo. Faz dias que não descarrego minha índole sexual e acho melhor fazê-lo ou eu farei uma besteira traçando minha futura esposa sem me importar com seu rótulo de virgem. Decido naquele instante encontrar uma mulher, ou melhor duas, para descarregar minhas frustrações e desejos reprimidos, além de fazer o tempo passar, já que não consigo dormir.
Desvencilho-me da minha gata  sutilmente para não acordá-la e lhe coloco contra os travesseiros, cubro seu corpo sedutor e caminho em direção ao lugar onde pus minha arma para levá-
la comigo.
Já no outro quarto, acesso o serviço de putas que meu pai criou, onde os homens da máfia escolhem as suas para  qualquer hora bastando apenas ter internet. — e sim este é mais um dos
negócios ilícitos do meu pai que futuramente me será herdado — Pelo meu celular mesmo, vejo fotos
de nudez das duas mulheres que terão o privilégio de serem minhas.
A primeira escolhida é uma morena, alta e gostosa, a outra é loura, de altura mediana e esguia, mas com grandes tetas e bumbum avantajado — provavelmente ambos são falsos, mas que terão que servir. — informo à atendente o endereço de um dos meus apartamentos e digo para lhes
mandarem para lá uma vez que quero privacidade total, ou melhor, preciso dela para aplacar minha índole sexual.
Eu mesmo dirigi ao local, já que são duas da manhã e eu não quero acordar ninguém, além do mais, o prédio é bem perto, tão próximo que em menos de dez minutos as estava aguardando. As
duas prostitutas chegaram mais ou menos três minutos depois e, sem enrolação, a diversão deu-se início.
Fiquei transando com as duas até amanhecer, mas quando deixei o apartamento, ainda estava com o mesmo apetite sexual de antes.

<💫>

1- quem será o cara que fez o ataque contra o Gu, falem aí quem vcs acham que é 👀

2- parece que as coisas vão melhorando pouco a pouco....👀

3- não sejam leitores fantasmas por favor

4- odeio a parte do gu com outras mulheres por isso eu corto os detalhes....., até na fanfic meu lado filha ciumenta entra em ação kkkkkkkk

Beijinhos da Mih 😘

Garota traficada-miotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora