rei mafioso-11

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Gustavo povs
◇◇◇◇◇

Não canso de olhar minha mulher. Com cinco meses de gravidez ela está ainda mais bonita e seu sorriso encantador direcionado a mim sempre que possível me deixa maravilhado. Sua barriga está enorme o que significa dizer que nossos filhos estão há alguns meses de nascer.

A última vez que fomos ver a Dra. Althaus ela marcou o parto cesariano e eu não vejo a hora deste dia chegar.
Definitivamente sou oficialmente o novo rei árabe, a cerimônia de coroação terminou e agora estamos em uma comemoração no palácio, restrita a poucas pessoas. Estava chegando a hora de entregar a Boo o seu presente, o mesmo que propus ao seu noivo tempos atrás e este aceitou. Espero que minha princesa encontre seu caminho neste meio tempo e principalmente que seu noivo também ache o seu.

Ana Flávia vinha em minha direção
acompanhada de Elisa que devo confessar estar sendo de grande ajuda para nós dois. Eu tenho plena consciência de que minha gatinha me pedirá para subirmos. Ela está sempre reclamando de dor nos pés e nas costas e eu fico louco de preocupação.
- Gu?! - proclamou meu nome manhosa e fez aquele biquinho irresistível para mim quando ambas pararam em minha frente.
- Sim, meu amor? - sorri para ela que
suspirou.
- Eu não aguento mais ficar de pé -
declarou como havia previsto. - Podemos subir? - indagou dirigindo a mim olhos pidões.
- Sim, princesa. Elisa você poderia, por
favor, pedir a boo que vá até nossos aposentos assim que possível? - peço para a senhora que sorri maternalmente para nós dois assentindo.
- Claro que sim. Vimos ela agora a pouco indo lá fora. Vou atrás dela para passar o recado - piscou já afastando-se.
- Obrigado- murmurei voltando minha atenção a Ana Flávia. - Vamos? - questionei e ela abriu um largo sorriso.
- Por favor - articulou seguindo na frente pois, já estava por dentro de todas as nossas tradições, inclusive a de que não devemos demonstrar afeto em
público. Fui logo atrás, e, distante o bastante de todos, a surpreendi pegando-a nos braços.
- Já te disse como estou orgulhoso de você? - inqueri beijando sua cabeça.
- A respeito do quê? - pergunta confusa suspirando em satisfação ao depositar a cabeça em meu peito.
- Sobre a forma como vem aplicando-se em aprender nossa cultura por mim. Você está amadurecendo
depois da gravidez e é sempre bom poder ter você ao meu lado escutando e aconselhando.
- Obrigada. E eu que estou feliz por você estar aos poucos confiando em mim para dividir seus problemas - articula e eu assinto, realmente estava cada vez mais fácil me abrir com ela. - Gu? - chama enquanto abro a porta do nosso quarto com ela ainda nos
braços.
- Sim? - murmurei fechando a porta com o pé e logo segui com ela até a cama.
- Quando iremos para nossa casa? - indaga e respira fundo apreciando a maciez do colchão contra suas costas quando deposito-a ali.
- Amanhã mesmo se você quiser -
respondo sua pergunta tirando seus sapatos.
- Sério? Que bom! - profere contente. - Não vejo a hora de nos mudarmos... Hum isso é delicioso. Você sabe como me mimar - geme quando começo uma
massagem em seu pé direito. - Por que você pediu para Elisa mandar a Boo vir até aqui? - questiona ajustando os travesseiros atrás das costas. Pousei seu pé no colchão e me levantei indo até a gaveta do móvel, próximo a cama para pegar o envelope que guardei ali.
- Vou dar isso a ela - estendo o envelope para minha gatinha que franze o cenho e o pega curiosa.
- O que tem aqui dentro?
Caminhei até onde estava antes e outra vez me sentei trazendo seu pé para meu colo.
- O presente que prometi a minha irmã antes do seu casamento - explico e ela instantaneamente volta seu olhar arregalado para mim. - São alguns cartões de créditos, senhas de bancos onde abri contas, e documentos falsos.
- Não entendo, por que a boo irá precisar de contas ou documentos falsos... - murmura olhando o
envelope em seu colo.
- Por que seu presente é a liberdade de viver onde e, como, ela quiser durante um ano. Não poderia aprisionar minha irmã a um casamento sem dar a ela a
oportunidade de conhecer o mundo como ela sempre sonhou.
Me arrasto até sentar ao seu lado e logo ela deita a cabeça em meu ombro.
- Oh meu Deus! Boo vai ficar tão feliz - grita abraçando forte minha cintura.
Naquele instante Boo avisa sua chegada com algumas batidas na porta e entra logo em seguida.
- Quanta animação cunhada. Ouvi seu grito lá fora. Por que eu ficaria feliz - questiona caminhando até a cama onde estamos e se deita aos nossos pés.
Boo apoiou a cabeça na mão e com o
cotovelo no colchão respirou fundo. Ana Flávia pegou o envelope no colo e esticou para ela.
- Por isso! - articulou balançando-o em frente ao rosto de minha irmã.
- O que é isso? - indagou pegando-o e
diferente de Ana que, esperou uma resposta minha, ela rasgou o envelope e o virou no colchão sacudindo até
que todo o material que ele guardava estivesse no colchão.
- São suas senhas, cartões de crédito e os documentos falsos - explico da mesma forma que fiz com Ana Flávia enquanto ela analisava tudo minuciosamente.
- E por que isso? Por que preciso usar
documentos falsos? - Ela me encara com seus olhos azuis questionadores.
- Por que como sabe, não pode ter dinheiro em seu nome e você irá precisar ter dinheiro para usar seu
presente. E conhecendo você, como conheço, sei que vai aprontar bastante onde quer que vá, então quando retornar para casa seu nome continuará intacto - expresso trocando um sorriso cúmplice com minha mulher que
balançou a cabeça rindo.
- Se já não estava entendendo antes, agora estou perdidinha aqui, meu filho - bufa jogando a cabeça no colchão.
- Estou te dando seu presente, princesa. Você pode viajar para onde quiser por um ano. E preciso salientar que a contagem começa a partir de agora - falo levantando para ir tomar um banho e tirar esta roupa que, já está me sufocando, quando minha irmã crava as unhas em meus braços.
- Eu, você... isso é sério? - gagueja toda desajeitada ao pular da cama.
- Claro que sim, princesa, sabe que eu não minto - olho para sua mão em meu braço. - Agora você já pode ir fazer suas malas e soltar o meu braço? - indago ao erguer minhas sobrancelhas.
- Por Allah! Então isso é mesmo verdade?! Eu... - grita se jogando em meu pescoço. - Obrigada, obrigada. Você é o melhor irmão do mundo!
Ana Flávia sorria nos olhando de onde estava sentada. Sorri para ela e abracei minha irmã.
- Vá realizar seus sonhos, Bruna. Curta da maneira que quiser, este é o seu tempo, porém, retorne na data estipulada ou terá problemas- articulo quando ela se afasta pulando como um coelho.
- Você disse que meu tempo já está correndo, não é? - pergunta juntando os papéis de volta no envelope com pressa.
- Sim... - balbucio com medo do que vem por aí.
- Pois é cadê meu avião, meu querido
irmão?! Não estou vendo nenhum - coloca a mão na cintura e eu resfolego. Por que ela tem que ser tão maluca
e irracional?
- Primeiro, eu pensei que fosse planejar sua rota, segund...
- Mas eu já sei para onde eu vou. Eu vou para a França. Não, não melhor não! A França é para casais apaixonados e eu quero agitação. Já sei! Eu vou
voltar ao Brasil! - Me interrompeu e começou a tagarelar consigo mesma fazendo Ana Flávia abafar uma
gargalhada com a mão. Rolei os olhos e suspirei ao vê-la dançando enquanto falava sozinha.
- Boo estou começando a me arrepender de soltar suas correntes.
- Não faça, Gustavozinho! Estou muito feliz e eu preciso comemorar! Também não quero perder um segundo do meu tempo, só isso. - Me olhou ao colocar a
mão em cima do coração.
- Certo, mas você já pensou que precisa
fazer as malas, se despedir e tudo mais antes de partir? Não se pode sair por aí sem nada Boo.
- Veja bem, meu irmão. Você disse - que eu ouvi e nem adianta voltar atrás - que meu presente é uma viajem onde eu posso ir aonde eu quiser e viver como eu quiser - fala como se estivesse explicando a uma criança. - Não foi isso que ele disse cunhadinha?
- Foi sim Boo. Exatamente assim -
Ana concorda sorridente.
- Sim foi isso que disse. Mas o que isso tem a ver com você fazer as malas e planejar sua viajem como qualquer ser normalmente faria? - cruzo o braço contra o peito esperando uma resposta após perguntar destacando a passagem "como qualquer ser normal".
- Por que chega de ser prisioneira, Gustavo. Não vou planejar nada pois, quero que tudo aconteça sem ter um final definido. E sobre as malas... Acha mesmo que vou andar pelo mundo usando minhas vestes normais? Não meu bem, serei uma perfeita brasileira, ou uma perfeita francesa, ou russa. Minhas roupas irão depender do país em que irei visitar.
- Mas há um final definido, Bruna - bufo impaciente. - Você terá que retornar a Arábia Saudita no final deste prazo, conhecer seu noivo e, se casar com ele - lembro e ela rola os olhos.
- Vocês homens não entendem nada. Deixa para lá, eu vou buscar apenas uma coisinha em meu quarto e enquanto isso, prepare meu voo, por favor - pede e sai dançando antes que eu possa dizer qualquer coisa.
- Pode isso? - suspiro sentando no colchão outra vez onde minha mulher se contorcia de tanto rir.
- Eu falei que ela ia ficar feliz. Meu Deus, como estou aliviada em ver a alegria dela voltado com força total - expressa se arrastando até onde estou para me dar um beijo doce na bochecha.
- Pensando dessa forma, você tem razão - brinco colocando-a deitada outra vez. Com minha mulher em baixo de mim, encosto nossos lábios sentindo a maciez dos seus me levarem a uma outra dimensão. É bom ter ela suspirando com os dedos entre meu cabelo o puxando. É bom sentir nossos
filhos crescerem em sua barriga redonda. É bom ter seus seios agora maiores em minhas mãos e, é bom ouvir seus gemidos desejosos quando seus homônimos despertam uma mulher devassa. Ana Flávia tateava meu abdômen atrás do meu pênis ereto enquanto me beijava com fome desmedida.
- amor, você está sempre atrás de sexo - brinco me afastando. - Não posso te dar o que deseja agora por que vou arrumar tudo para que Boo parta em
segurança esta tarde - sussurro em seu ouvido. - Mas depois que tudo estiver resolvido, prometo sanar seu desejo desenfreado.
- E isso não pode esperar nem um
pouquinho? - insiste tentando desabotoar minha camisa. Seguro suas mãos e ela bufa frustrada. Sorrio tirando o cabelo que caiu em seu rosto. - Você viu que não. Bruna irá matar a nós dois caso sua partida não esteja pronta até o fim do dia - beijo sua testa e levanto saindo de cima dela.
- Tudo bem. Mas antes de você ir, será que pode pegar para mim uma porção de morangos? Seus lábios estão com gosto de morangos e, eu estou desejando
muito morango com chocolate - faz biquinho. Assinto pensativo.
- E esse seu desejo não pode esperar até mais tarde? - indago tendo algumas ideias sobre aplacá-lo junto a sua excitação.
- Bom, talvez - morde os lábios estreitando os olhos em minha direção. - O que você tem em mente para mais tarde? - indaga mordendo o lábio inferior enquanto me olha maliciosa.
- Eu tenho muita coisa em mente - pisco indo em direção ao banheiro.
Não disse a ela, mas eu mandei ajustar os móveis que compramos no quarto dos nossos filhos meses atrás. Vou levá-la lá hoje para mostrar como ficou o trabalho e amanhã fazemos a mudança. Chega de esperar para termos nossa vida longe deste palácio.

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