rei mafioso-09

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Gustavo povs
☆☆☆☆☆

O nosso santo bateu, o amor da sua vida sou eu, tudo que é meu hoje é seu e o fim nem precisa lembrar.....

Acabamos de chegar ao palácio e faltam
poucos minutos para o início de uma reunião que marquei com os homens, cujas funções, são relevantes dentro da
máfia. Deixei Ana Flávia dormindo no nosso quarto. Seu sono parece não ter fim, deveria chamá-la de ursinha ao
invés de gatinha já que ela está praticamente hibernando. Sorrio sozinho diante das bobagens que acabo de pensar.

Prestando a devida atenção ao trânsito,
relembro como fiquei magoado ao ouvi da sua boca que sou igual aquele que levava o título de meu pai, o homem
que nunca agiu como o tal. Para mim Marcus Pierone Mioto não passa de um senhor cuja existência neste mundo
transformou minha vida em um inferno. Sua morte foi, e é, um motivo de comemorações, agradeço todo dia por me ver livre do velho. Não me julgue por odiar o cara que roubou
minha alma. Também não ache que após sua morte vou me regenerar e virar um santo. Agora a máfia faz parte de quem eu sou, cresci ali e lá permanecerei até o fim dos meus dias, sou um assassino e não me orgulho disto, mas ninguém muda, a menos que se esforce para tal e, já aviso, eu não estou disposto a fazer este esforço, e,
principalmente nem posso, afinal sou o chefe da porra toda.

Confesso que ser parecido com o progenitor que tive é um dos meus maiores receios. Temo fracassar como pai. Mas o que realmente vem arrancando minha sanidade é o fato de que Benicio será o meu herdeiro. Porra, como farei do meu filho o chefe da máfia sem que me odeie? Eu fiz tudo que estava ao meu alcance para não
envolver Huff nesta vida e veja só! Não houve êxito da minha parte.
Não há outra solução quando se é da família de mafiosos, só nos resta ser frios e extremamente calculistas. Veja Felipe, meu amigo, estudou anos para salvar vidas e agora vai ser obrigado a fazer o contrário. Esta vida é fodida mesmo. Vou ligar para ele mais tarde
para saber como está lidando com isso, aliás. Ainda não tive tempo para tal. Preciso falar com Murilo também.
Merda, o que diabos meu irmão está aprontando? Essa viagem de última hora, é no mínimo estranha, mais
estranha que ela, só mesmo aquela parte da conversa que presenciei entre ele e Elisa. Além de todas estas merdas, ainda tem um infeliz acordo com o pai do meu futuro genro. Genro...

Balanço minha cabeça ironicamente. Um garoto de dois anos que nem faz ideia do que seja casamento é a porra do
meu genro. Ana Flávia ficou uma fera comigo ao saber da maldita aliança, não que eu possa reclamar, sabia que sua
reação seria mais ou menos aquela. O que ela não sabe é que nunca entregarei minha filha de mão beijada para um
mafioso mirim. Vou criar uma mulher de pulso firme, Aurora não acatará merda nenhuma que ela não queira, minha filha não irá abaixar a cabeça diante de ninguém. O seu noivo que se prepare para conquistar minha pequena leoa. E se no fim, ela decidir que ele não é a melhor opção, que
se dane. Que venha a matança estarei armado até os dentes, foi para isso que fui criado ou não? Já se ela resolver casar com o pentelho, melhor ainda que terei a Cosa Nostra como aliada. Mais um telefonema que terei que dar. Luan Santana estará por dentro das minhas
condições antes de assinarmos este maldito acordo.

Essas pequenas organizações criminosas
brincaram com quem não deviam ao planejarem aquele ataque mal formulado. Não se engane, eu sei que sou meloso como o inferno com minha gatinha, mas é só com ela e com a família que realmente considero. O resto conhece exatamente do que sou capaz. Não vou sossegar até ter nas mãos o maldito responsável por aquele
incêndio no hangar. Suspirei ao ver nossa sede e estacionei o veículo que dirigia no estacionamento. A sede da Máfia Árabe fica no sub-solo de uma oficina. O bastardo do meu pai era inteligente ao extremo, quem desconfiaria de uma grande quantidade de carros e motos em uma oficina?
Quem questionaria a presença de um membro da realeza no local? Quem desconfiaria de homens de porte físico
avantajados ali? Eu não o faria. E se alguém fizer há respostas perfeitas para se dar explicações.
Entrei no estabelecimento localizado a
quilômetros de Riad. Além de toda estrutura para manter seguras nossas identidades, a oficina fica em um local
distante da cidade. E por isso movimento do estabelecimento é praticamente limitado aos meus
homens. Daniel estava a postos como sempre consertando alguns problemas em um dos carros ali estacionado.
Assim que ouviu meus passos, ele procurou para ver quem entrava e ao olhar em minha direção meneou a cabeça levemente. O cumprimentei com o mesmo gesto, e, segui para o discreto elevador dentro do armário repleto de ferramentas. Quando as portas se
abriram no verdadeiro sentido daquela oficina a imensidão do oponente espaço que tínhamos ali ficou visível aos meus olhos. Nada modesto, meu avô construiu um palácio subterrâneo extremamente moderno. Cada um de nós, integrantes de grande importância para a máfia temos nossos próprios quartos aqui, mas não é só isso, há desde uma boate particular, um escritório onde nos reunimos para tratar de assuntos sérios, até masmorras e salas de tortura. Tudo ricamente detalhado e planejado seja para
dar ou tirar o conforto de alguns dos nossos. Cruzei o primeiro salão que temos acesso após a entrada, este consiste em um espaço dedicado a
interações informais. O local é ornamentado por poltronas do lado direito, por ali também eletrônicos são o que não faltam, e do esquerdo há mesas que funcionam como uma espécie de restaurante aberto vinte e quatro horas por dia. Em cores escuras a força do lugar fica destacada nas paredes, tudo másculo. Passando por ali, tinha um
corredor largo onde havia os primeiros quartos que por consequência era dos cargos mais altos, o meu ficava ali
por exemplo. Ao todo, são quatro de cada lado, o que torna o corredor um tanto extenso. Tudo muito bem
iluminado por lustres, e ali, diferente do primeiro espaço, as cores claras das paredes ajudam na iluminação. No
salão seguinte é a boate.

Garota traficada-miotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora