Caos e caos

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Dante

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Dante

Pode não ter sido a decisão mais sábia que já tomei na vida, mas dado ao meu histórico, pelo menos estou sendo consistente. Só faço estupidez!

Pen permaneceu congelada no lugar com a mão sobre a boca, em choque pela minha audácia. O silêncio ensurdecedor causado pela interrupção da música, foi cortado pelo burburinho das pessoas ao nos encararem e comentarem sobre o acontecido.
Era um verdadeiro escândalo.

— Dante, o que você fez? — Pen questionou enquanto sua voz mal saía da garganta. Eu não tinha o que dizer, apenas segui o meu impulso, mas confesso que estou arrependido por ter feito de uma forma tão... Ousada.

— Mas o que raios está acontecendo aqui? — Henry se aproximou furioso me empurrando, mas mantive meus pés firmes evitando a queda. — Como ousa beijar a minha noiva?

— Dante? — A voz de Delilah ecoou pelo salão. — Mas o que significa isso?

— Dell... Eu posso explicar! — Seus olhos estavam perdidos e não sabiam onde repousar. Seu peito subia e descia como se tentasse desesperadamente buscar ar. Tentei avançar em sua direção, mas fui interrompido por lorde Leopold que formou uma barreira entre mim e ela. — Deixe minha filha em paz!

Ela tomou a barra de seu vestido nas mãos e saiu correndo aos prantos do salão. Oliver me encarou como se pudesse queimar a minha alma com apenas um olhar e correu logo atrás dela.

— Desgraçado! Olha o que você fez! — Lorde Leopold me tomou pelo colarinho e me jogou sobre uma torre de taças de champanhe empilhadas, causando um estardalhaço e uma verdadeira bagunça, entre cacos de cristal e bebida cara.

Minha mãe o tocou no ombro tentando acalmá-lo e o mesmo saiu praguejando.

— Mas do que se trata isso Penelope? Como teve coragem de beijar o meu irmão no meio do nosso noivado? — Henry questiona aos berros.

— Eu não... Eu não beijei ele. — Ela gagueja ao tentar segurar o choro de constrangimento. — Eu jamais faria...

— Mas também, não recuou não é mesmo? — Ele a encarou ao cruzar os braços a encurralando contra a mesa do buffet. Seus olhos estavam molhados e uma lágrima ameaçava cair.

Phillip o puxou com força o afastando da filha.

— Henry, sei que está nervoso mas isso não te dá direito de falar assim com a minha filha!

— Ora, ela pode me trair no meio do meu noivado e acha que vai ficar por isso mesmo? — Henry o desafiou.

— Vocês têm muito o que conversar, mas acredito que esse não é o momento e nem o lugar certo para isso. Vamos sair daqui! — Phillip sugere ao notar a multidão atenta à cada detalhe da discussão. Eloise abraçou a filha e lhe deu um beijo na têmpora lhe dando apoio.

Corações de argila - Penelope Crane Onde histórias criam vida. Descubra agora