(História 4) Penelope Crane, a filha legítima mais velha de Phillip e Eloise Crane, é uma jovem de 23 anos que acaba de se envolver com dois homens influentes da alta sociedade, ambos excelentes candidatos para o casamento. O que torna a situação ai...
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Dante
Encontrei Penelope, Delilah e Georgie conversando no quintal. As mesmas falavam sobre seus hobbies favoritos, Pen disse o quanto gostava de artesanato, leitura e dança.
Hum... Essa é nova.
Delilah disse que adorava viajar, escrever poemas, tocar violino e assistir uma boa peça de teatro.
Sempre tão refinada. Quando a conheci percebi isso de cara. Senhorita Montgomery é uma mulher bastante atraente e até quis me envolver com ela um dia, mas isso foi antes de encontrar Pen.
Eu realmente deveria estar mais animado com esse compromisso, mas não consigo esquecer Penelope, não consigo sequer tirar meus olhos dela e às vezes até ignoro Delilah, me sentindo culpado por não poder dar o que ela merece.
Georgie comentou que adora desenhar, fazer piquenique e conversar. Isso é um fato, minha cunhadinha é conversada, às vezes até demais.
Continuei as observando de uma distância segura e fui pego de surpresa por Henry que se aproximou e convidou Penelope para um passeio do mais absoluto nada!
Ambos tomaram caminho até o gazebo que tinha ali perto e quando os seguia discretamente, sem querer esbarrei em um vaso de plantas, fazendo o mesmo espatifar no chão, criando um estardalhaço.
Que ótimo! Me abaixei rapidamente próximo aos arbustos e continuei os espiando por um tempo.
— Hum-Hum...
Me virei lentamente para saber quem havia me pegado no flagra e minha mãe me olhava com as mãos na cintura.
— Eu posso saber o que vossa senhoria, faz aí?
— Ma-Mãe?
— Por um acaso está vigiando seu irmão? —Pausou. — Ou está vigiando Penelope?
— Nenhuma das duas opções! Eu só estava... Amarrando os meus cadarços...
— Bem aqui? Acha que nasci ontem, Dante? Sei que sente algo por ela.
— Não sei do que a senhora está falando!
— Se vai continuar mentindo, pelo menos encontre desculpas melhores da próxima vez. — Mamãe me tocou o rosto, me dando dois tapinhas leves na bochecha e saiu.
Era só o que me faltava! Agora estou servindo de chacota até para a minha própria mãe!
Eu sou uma vergonha! O que estou fazendo aqui bisbilhotando esses dois? Eu deveria ter vergonha na minha cara e um pouco de orgulho que seja!
Mas e se ele tentar alguma coisa? Por quê estou ponderando à respeito? É claro que ele vai tentar algo! Parece que estou me esquecendo de quem se trata! Henry não presta! Não como homem.
Bem, nem como irmão. E nem como barão. Ah! Ele não presta e ponto!
Parece que seu interesse por Penelope multiplicou cem vezes mais, só em perceber que estava me apaixonando por ela. Assim como tudo que já gostei na vida, Henry está tentando roubá-la também.
