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Penelope

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Penelope

Continuamos a tour pela mansão e fomos apresentados à todos os criados. Eram pelo menos sessenta. Me surpreendi, porque por mais que fôssemos da alta sociedade, e que eu tenha um tio que é visconde, os Clifford, que possuem um título menor, pareciam ser ainda mais ricos e poderosos do quê ele e meu pai juntos.

Isso prova que a riqueza de um nobre não está atrelada necessariamente ao título, mas sim às posses familiares, à administração dos recursos, casamentos vantajosos e investimentos.

Dava para perceber a influência que Elijah tinha, somente pelo seu caminhar e sua postura confiante.
Mas mesmo que sua aura fosse intimidadora, ele parecia ser um excelente anfitrião e nos recebeu de braços abertos.

Quis mostrar cada cantinho da propriedade, e já escolhi os meus favoritos. Eram a biblioteca, o salão principal onde Sarah comentou que Dante adora tocar piano e a área dos fundos que tinha um belo pomar e a vista perfeita de todas as casas do complexo.

Logo depois de uma tarde agradável, onde pude conhecer melhor os Clifford, fui introduzida ao meu quarto.
As paredes em tom de areia eram elegantes. A cama tinha uma cabeceira acolchoada e trazia todo um aconchego para o cômodo. Janelas gigantescas iluminavam o ambiente e conferiam sofisticação. Além disso, o sol que se deitava sobre as nuvens, indicando que já estava para anoitecer, refletia cores quentes pelo lugar e beijava delicadamente as folhas das plantas que ali estavam espalhadas.

— Oi miúda... — Dante me chamou ao se apoiar na porta de madeira.

— Dante.

— E então? O que achou do seu quarto? Está do jeito que você gosta? Se quiser podemos fazer algumas melhorias e trocar o que não for do seu estilo. Existem outras opções mais modernas, mas pensei que talvez fosse gostar mais desse, que é do tipo clássico. O pôr do sol é magnífico e tem uma vista deslumbrante para o pomar. Eu particularmente prefiro, mas caso goste mais de uma vista para o rio me avise, que mandarei preparar uma suíte ao leste para você. O que achar melhor.

Mal consegui ouvir tudo o que homem dizia. As palavras saiam de sua boca e tudo parecia desconexo para mim, só consegui prestar atenção no quanto ele estava se importando, querendo me agradar e na forma que o sol poente tocava sua pele.

— Dante, está perfeito. — Segurei sua mão e o atraí para beijar-lhe a bochecha. — Obrigada.

— Imagina miúda... — Trocamos olhares por um momento até que ouvimos passos e nos afastamos rapidamente.

— Ah, e então querida? Aprovou a escolha de Dante?

— Eu adorei lady Clifford. É tudo de muito bom gosto.

Corações de argila - Penelope Crane Onde histórias criam vida. Descubra agora