(História 4) Penelope Crane, a filha legítima mais velha de Phillip e Eloise Crane, é uma jovem de 23 anos que acaba de se envolver com dois homens influentes da alta sociedade, ambos excelentes candidatos para o casamento. O que torna a situação ai...
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Dante
Penelope me encarou como se quisesse devorar a minha alma só com os olhos. Ela olhou para baixo e empurrou o seu prato para a frente, pediu licença e se retirou da mesa.
— Droga Henry, qual é o seu problema garoto? — Ava repreende meu irmão e o mesmo deu de ombros.
— Era melhor acabar com tudo isso de uma vez.
— O que está acontecendo gente? — Mia não estava à par da situação.
Senti o meu sangue ferver. Não tinha a menor ideia de como me explicar para ela, mas precisava lhe dizer alguma coisa. Arredei a minha cadeira fazendo com que rangesse no chão e me levantei.
Meu pai por sua vez, me tocou no ombro a fim de me impedir.
— O que pensa que está fazendo?
Na última reunião que tivemos, ele me chamou para discutir sobre seus planos futuros, à respeito do meu casamento com Delilah Montgomery. Ela era a filha de Leopold Montgomery, marquês de Lancaster.
A família deles era extremamente poderosa e influente. Seria de grande proveito para os Clifford, que nos uníssemos e estabelecêssemos uma aliança com eles, o que resultou ao meu noivado com Delilah.
Eu não a conhecia muito bem. Tinha visto algumas vezes, mas nunca tive uma conversa completa com ela. A decisão foi tomada por cartas, um pouco antes do casamento de Georgie e Peter, mas queria acreditar que meu pai pudesse mudar de ideia.
Porém o plano continuou o mesmo e por mais que eu não quisesse, teria de cumprir com a minha palavra e desposá-la. Não podia simplesmente jogar tudo para o ar e entregar o meu título de bandeja para Henry. O mesmo destruiria a nossa família, nos levando à ruína, e meu pai foi muito claro que me deserdaria se não o obedecesse.
Tentei convencê-lo na noite anterior de que essa não seria uma boa ideia e que era com Penelope Crane que eu queria me casar. Não fui específico sobre o quão íntimos éramos e nem sobre os sentimentos que nutria por ela, pois não quis lhe causar problemas e muito menos, que ela fosse devolvida para seus pais.
Como poderia explicar que foi expulsa porque se envolveu com um homem já comprometido? Seria considerado como um monstro por qualquer decisão que eu tomasse, então faria o que menos a atingisse, seguindo a razão e levando esse compromisso à diante.
— Pai, eu não vou fazer nenhuma loucura, só deixe eu me explicar.
Meu pai me encarou e cedeu ao acenar levemente com a cabeça.
— Está bem, mas não demore. Em breve lorde Montgomery chegará e eu não quero nenhum tipo de intriga.
Concordei e saí em sua procura.
Fui até seu ateliê e a mesma estava lá, amassando com raiva um punhado de argila.
