Dante
Meu coração gelou ao reparar Penelope bem ao meu lado ao encarar a minha alma.
Como eu poderia explicar que não é nada do que ela estava pensando?— Pen...
— Então é assim que você me ama? Indo para o quarto de outra no meio da noite? — Sua voz estava embargada e carregada de mágoa. — Você é como o seu irmão! Um crápula traidor! — Ela voltou para o seu quarto revoltada e quando tentei alcançá-la a mesma bateu com a porta na minha cara.
Mas que droga! Pen entendeu tudo errado! O que vou fazer para convencer essa mulher de que só tenho olhos para ela?
Bati na porta. — Pen... — Mas não obtive resultado. Nem um "vá embora", recebi.
Depois de um tempo me dei por vencido e segui meu caminho.Penelope
Ainda recostada na porta me abaixei ao me debulhar em lágrimas, enquanto o meu coração parecia querer sair do peito.
Eu não sabia quem odiava mais. Se era Henry, aquele desgraçado, ou Dante.Não sabia quem odiava mais, mas sabia quem mais me magoou.
A única pessoa a quem eu entreguei o meu coração o despedaçou com as próprias mãos várias e várias vezes.Me lembrei de todos os momentos em que chorei por ele. Todas as vezes em que o vi com Delilah, todas as vezes que alguém comentava sobre o casamento deles e todas as vezes em que descontava a minha frustração em Henry.
Em todas essas malditas vezes me afoguei em tristeza, e mesmo depois de "conseguir o que eu queria", continuo chorando pela droga do mesmo motivo!Mas é um tanto quanto mais complicado agora, já que terei de me casar com ele. Sinceramente, não vejo uma forma disso funcionar. Como dividir o teto com a última pessoa que quero ver na minha frente?
Minha família, como tinha sido combinado antes do escarcéu acontecer, estava hospedada na casa de Georgie e Peter, pois ficariam aqui até o casamento de Delilah e Dante.
Céus, o café da manhã vai ser agitado, não estou nada preparada para isso...Que Droga Penelope! Para quê foi se envolver com aquela praga fofoqueira?
Me deitei irritada, mas o sono não me alcançava de jeito nenhum. Não conseguia tirar o maldito dos meus pensamentos e me revirei na cama durante a noite inteira.
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Ao acordar, reuni todas as minhas forças e me preparei para o circo de horrores que estava prestes à acontecer.
Desci as escadas e cheguei até a mesa, onde estavam os Clifford, os Helish, os Steele, os Crane e os Montgomey. Todos em silêncio, como se as palavras fossem proibidas durante o desjejum.
Era possível somente ouvir o tilintar dos talheres e pratos, uma tosse e outra e um choro distante enquanto Georgie tentava acalentar seus filhos.
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Corações de argila - Penelope Crane
Romance(História 4) Penelope Crane, a filha legítima mais velha de Phillip e Eloise Crane, é uma jovem de 23 anos que acaba de se envolver com dois homens influentes da alta sociedade, ambos excelentes candidatos para o casamento. O que torna a situação ai...