Bendita seja, Sarah Clifford!

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Penelope

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Penelope

Depois de um belo almoço na mansão Clifford, à convite de Sarah, fui convidada para um passeio pelos jardins.

Caminhávamos tranquilamente próximo à uma cerca viva, que dividia uma propriedade da outra. Nossos passos faziam um barulho na grama recém cortada e também era possível ouvir o canto dos passarinhos entre as árvores.

Passamos em frente à uma casa linda e enorme que tinha ali no complexo. Suas paredes eram feitas de pedra e haviam pelo menos doze chaminés. O que indicava ter muitos cômodos e quartos.
Ela tinha uma porta de madeira escura que contrastava com a cor clara das paredes.
Haviam arbustos ao redor que conferiam requinte e suas roseiras estavam bem floridas e bem cuidadas, mesmo em pleno outono. Trepadeiras traziam um ar rústico e mágico para o local também, envolviam algumas janelas e esquinas naturalmente, dando a impressão que foram plantadas ali de propósito.

A mansão possuía inúmeras janelas, trazendo toda a claridade de fora e uma sensação de paz e frescor ao interior.

Aquela, seria a casa de Henry Clifford.

Olhei para Sarah, que fazia uma expressão de desapontamento e logo desviou o seu olhar a fim de ignorar o lugar, cruzando seus braços.

Não pude deixar de ficar curiosa à respeito de como ela se sentiu sobre a discussão que presenciamos na mesa do desjejum. Henry sequer, apareceu para o almoço.

— Sarah, ficou magoada com Dante? — Ela refletiu mas deu de ombros.

— Não... Eu não fiquei. — Pausou — É só que... Eu queria tanto que Henry tomasse jeito e que os dois se dessem bem. Sabe?

Assenti de leve com a cabeça.

— Eles sempre estiveram em pé de guerra. Nunca foram amigos. Mas além de tudo isso, sei que se amam. Implicam muito um com o outro, mas o amor está ali. Não consigo deixar de me sentir culpada por tudo isso... Estive procurando Peter por tanto tempo, mas estava perdendo os meus próprios filhos, dentro da minha própria casa!

Toquei seu ombro de leve. — Não se culpe Sarah. Vejo a mãe incrível que é para aqueles meninos. Eles têm muita sorte por alguém como você, ser mãe deles.
Além de que, a educação que deu para cada um foi exímia e a mesma.
Algumas coisas não dependem dos pais. Cada um tem sua personalidade e toma as suas próprias decisões, mesmo tendo as mesmas condições de vida e a mesma criação.

Um sorriso amarelo se formou em seus lábios. — Tem razão. Só é frustrante ver que tanto trabalho foi jogado no lixo. Amo demais Henry, mas não suporto suas artimanhas e provocações.

Comprimi meus lábios em uma linha fina e a abracei.

— Eu entendo.

Sarah me encarou com seus olhos azuis e tocou meu rosto suavemente.

Corações de argila - Penelope Crane Onde histórias criam vida. Descubra agora