Dia tão esperado

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Penelope

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Penelope

Duas semanas depois, o dia do tão esperado casamento chegou. A cerimônia de Dante e Delilah acabou se tornando a nossa. Eu deveria estar saltitando de alegria mas não consigo. Não sendo forçada, não nessas circunstâncias e não depois de tudo o que ele me fez!

Me vesti de qualquer jeito. Que se dane. Não estava nenhum pouco disposta à passar horas me preparando para esse evento desastroso.

Peguei um vestido rosa claro que tinha no meu guarda-roupa, com alguns bordados no decote. Me olhei no espelho e senti que faltava um charme a mais. Não que eu me importe com o que Dante vá pensar, mas pelo menos quero estar à altura do meu futuro título como baronesa.

Busquei em meu porta-joias um colar de brilhantes que havia ganhado de presente de aniversário dos meus pais e o coloquei no pescoço.

— Ótimo. Acho que assim ficou bom.

Georgie estava bastante ocupada com seus pequeninos e não pôde me ajudar, mas mamãe se dispôs a estar comigo durante todo o tempo, me auxiliando à tomar decisões quanto à minha maquiagem e meu penteado.

Escolhi uma cor delicada e clara para as minhas bochechas e para os meus lábios. Meus cabelos foram presos em uma trança um pouco selvagem. Ela era embutida do topo até o final, mas tinha alguns fios soltos que emolduravam o meu rosto e conferiam um ar despojado para o visual.

O dia estava quente, não parava de me abanar com o meu leque rendado a fim de evitar que a maquiagem derretesse, então decidi dar uma volta pelo jardim enquanto a hora da cerimônia não chegasse.

Caminhei um pouco até encarar o banco em que...
Em que vi Dante e Delilah se beijarem, como um casal apaixonado. Meu peito afundou-se então decidi ignorar a cena que vinha à minha mente, virando-me de costas.

Me abanei ainda mais ansiosa. Desejando que o dia passasse voando e todo o nervosismo me deixasse enfim.

— Então você está aqui... Ansiosa para o casório é?

Revirei meus olhos e tensionei a minha mandíbula.

— O que você quer Henry? — O encarei. — Está parecendo a droga de uma assombração aparecendo assim do nada! Se bem que seria um insulto às assombrações...

Ele ri em escárnio. — É por isso que eu gosto de você Penelope... Sempre tão espirituosa! — Ele pegou o meu queixo o apertando e em um movimento brusco com a cabeça, me afastei.

— E você é sempre tão inconveniente...

— Me diga... Está feliz? Agora que vai se casar com quem tanto queria? — Ele balbucia no meu ouvido.

— Não que seja da sua conta, mas é bem melhor que seja com ele do quê com você! — O afastei com um empurrão.

— Vamos ver se estará tão atrevida assim depois da lua de mel. Se acha que Dante está se casando com você por sua honra e que não vai se aproveitar desse corpinho, está muito enganada...

Corações de argila - Penelope Crane Onde histórias criam vida. Descubra agora