Momentos mágicos

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Penelope

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Penelope

A carruagem começou a movimentar-se e era possível ouvir apenas o barulho dos cascos dos cavalos chocarem-se no chão e das rodas girarem contra as pedras.

Olhei na direção de Dante e o mesmo respirava como se estivesse ansioso. Suas palmas pareciam suar, pois vez ou outra ele esfregava o tecido de sua calça a fim de secar a umidade.

— Está tudo bem?

— Hum? — Ele virou o pescoço para mim, levantando as duas sobrancelhas.

Inspirei — Perguntei se está tudo bem.

— Sim meu amor. — Não senti muita convicção em sua fala. — Só fico um pouco nervoso em momentos como esse.

O homem que me beijou em público na frente de toda a minha família, que causou o escândalo da década, está nervoso? Com apenas um baile de um barão?
Será que se esqueceu que também é um barão e que é muito respeitado em toda Richmond?

— Não precisa ficar assim querido. Você se sairá bem. Tenho certeza disso. — Peguei sua mão com carinho e o mesmo comprimiu os lábios em uma linha fina ao assentir de leve com a cabeça.

Depois de poucos minutos, chegamos no local da festa. Era uma casa bonita, mas simples. Não era nada que eu esperava para um evento tão importante da alta sociedade. Imaginava uma mansão.
Suas paredes possuíam um tom claro de amarelo e em suas janelas haviam molduras de madeira, pintadas de branco. Definitivamente não era um lugar de extremo luxo, como já estava me acostumando ao conviver com os Clifford, mas era jeitoso.

Por alguns instantes meu coração acelerou e então passamos pela entrada, onde fomos muito bem recebidos por um homem sorridente.

Quando chegamos, uma estranheza me atingiu.
Não era um baile comum. Havia algo diferente, até certa quietude. E quando meus olhos passearam pelo salão, meu cenho franziu ao notar muitos rostos conhecidos ali.

Meus pais, meus irmãos, meus tios, primos, até mesmo Georgie com seus gêmeos. Delilah, Sarah e minhas cunhadas, Ava e Mia. Todos estavam ali presentes e sorriam em nossa direção.

Olhei para Dante e o mesmo abriu um largo sorriso.

— Dante...? Mas o quê?

Antes que ele me respondesse, Oliver, Peter e Andrew retiraram os lençóis de cima das estruturas que estavam dispostas no meio do salão.

Espera? São... São minhas obras?

Meus olhos arderam e levei a minha mão à boca, surpresa com tudo aquilo.
Todos aplaudiram quando os artefatos foram descobertos e a música intensificou-se fazendo com que meu peito tamborilasse de emoção.

Notei ali, a escultura de um casal dançando, de um cavalo, de uma chama, de um casal com asas de anjo, de um busto repleto de flores e dentre todas aquelas obras de arte e vasos adornados... Estava o coração de argila.

Corações de argila - Penelope Crane Onde histórias criam vida. Descubra agora