Me chamou, amor?

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Penelope

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Penelope

Droga, ouvir isso sair de sua boca faz com que eu me sinta incrível.
Não consegui tirar o sorriso dos meus lábios por mais que tentasse, e me esforcei ao máximo para não transparecer o quanto ele estava me fazendo bem.

Não quero que Dante pense que as coisas vão ser fáceis assim...
Quando começo a perceber que estou me entregando e cedendo demais, me lembro do dia em que o vi beijar Delilah.

Sinceramente, como ele queria que eu me sentisse? Foi devastador vê-lo se envolver com outra mulher e não posso negar que morri de ciúmes.
Tive ciúmes e raiva ao mesmo tempo por ele nem ao menos ter a consideração de me contar o que estava acontecendo.

E de repente, não sei? Ter me revelado que estava noivo antes de começar com os joguinhos e fazer eu me apaixonar por ele.

Sua presença era constante em Romney Hall, e a cada visita, fui me envolvendo mais ainda.
Fui cedendo pouco a pouco e percebendo que sentia sua falta, que queria conversar com ele, que queria ser mais que uma amiga e que queria experimentar a sensação do ano novo novamente.

E agora ele está aqui. Olhando para mim, como se eu fosse uma deusa grega. Me paparicando, me chamando de Lady Clifford, e principalmente de sua esposa. A cada vez que escuto essa palavra, a química do meu cérebro é transformada e sinto uma vontade quase incontrolável de me embriagar em seus beijos.

Me assentei ao seu lado aguardando a senhora terminar os ajustes no vestido e ele continuou me encarando. Mesmo não olhando diretamente, consegui notar seu rosto virado para mim e então o encarei de volta.

— O que foi?

— Nada. Só estou te olhando.

— Está me constrangendo. — Limpei minha garganta, ao disfarçar o desconforto.

— Me desculpe, eu apenas estou vendo o quanto esse colar lhe caiu bem. Essa cor... É a mesma que usava nos lábios quando a vi pela primeira vez.

Então ele se lembra até da cor do batom que usava na noite de ano novo?

— Como? — Ele permaneceu me olhando. — Como se lembra disso?

— Porque desde aquele momento não consegui pensar em mais nada.

Engoli em seco.

— Me lembro do seu vestido, do seu penteado, da sua maquiagem e me lembro do momento em que os meus lábios quase tocaram os seus.

As pálpebras dele pesaram, se demoraram ao observar minha boca, e percebi seu pomo de Adão se movimentar para cima e para baixo.

— Não há um dia sequer, que eu não me lembre daquele momento.

Sem ao menos notar, fomos atraídos um para o outro lentamente. Minha respiração já estava entrecortada de novo e prestes à cair em seus encantos, fechei os meus olhos e senti seus lábios roçarem os meus, delicadamente.

Corações de argila - Penelope Crane Onde histórias criam vida. Descubra agora