Ninguém a segurava naquela hora, por mais que queria ser uma dama e não se envolver em brigas, precisava se defender.
- Vai me bater? BATE!- Digo já eufórica.
Ela ainda não tinha certeza se bateria na menina, mas aí levou um murro em sua bochecha, se desequilibrou um pouco mas sorriu de felicidade por dentro, pois agora sabia que poderia descontar sua raiva que estava guardada e com gosto.
?? - Isso é pra você aprender, sua puta!
Se a ruiva soubesse do que estava a esperando, não havia feito nada do que fez.
Kira a olhou rindo e depois puxou os cabelos da garota com tudo, como ela havia cabelos grandes e lisos, foi fácil. Os cabelos da menina estavam enrolados na mão da Kira agora, com seu rosto bem perto dos punhos dela. A rival à olhou desesperada e então recebeu um soco bem forte em seu olho.
Com sua perna, Ki derrubou a garota no chão, ficando por cima e continuando com os socos, foram 1... 5....7...12 socos no total, até ela achar que estava bom.
Seu punho estava machucado e sujo com o sangue da ruiva e seu próprio sangue. O rosto da que estava no chão, estava fodido e roxo; sua boca estava cortada e ela gemia de dor.
Quando a garota saiu de cima da ruiva, achou que ainda iria continuar a pancadaria com as amigas da menina, mas elas haviam sumido e tinham deixado a sacola da menina escorada na parede.
Ela riu da situação e pegou a sacola, saindo do beco. O caminho todo até a casa de Júlio foi estranho, o coração dela estava acelerado e ter acabado com a ruiva parecia não ser o suficiente.
Quando chegou na casa, deixou o toca fitas sobre a cama e trocou suas roupas, para ir trabalhar na pastelaria. Ela estava pronta, lavou sua mão antes de sair e enfaixou a mesma, depois, como estava sozinha na casa e Júlio já estava trabalhando, apenas trancou o local e foi em direção a pastelaria.
Um motoqueiro parou ao lado dela, quando tirou seu capacete ela percebeu que era Sérgio.
- Ei! Kira! Tudo bem flor?- Sérgio pergunta com um sorriso.
- Ah, Oi, Sim! E você?- Respondo com um voz meio desanimada.
Ele desligou a moto e olhou direto em sua mão.
- Eu sei que pode ser inconveniente, mas te vi saindo do beco, te acompanhei porque parecia alterada, e agora saiu com a mão enfaixada- O rapaz diz.
Não era atoa que ela chamou Sérgio de irmão mais velho, ele sempre procurava ajudar ela.
- Me seguiu?- Eu pergunto.
- Tecnicamente, sim- Ele diz.
- Me dá uma carona? Eu te explico.
Dito e feito, ele deu uma carona para ela, a pastelaria era perto.
Quando ele a deixou lá, pararam e ficaram conversando na frente do comércio, que ainda não estava aberto.
*Bento
Casa
12:30, terça-feiraBento tinha acabado de almoçar, ele escovou seus dentes e como sua mãe o ordenou, ele foi abrir a loja. Quando saiu pelo portão, percebeu Kira e Sérgio que estava em cima de uma moto conversando; Por mais que era ciumento e estava meio triste, foi em direção para cumprimentar os dois.
- Aí você aparece lá, sempre tem uma lutinha ou outra- Sérgio fala.
- Lutinha?- Eu pergunto meio confuso, pois cheguei no meio do assunto.
Na mesma hora Ki trocou de assunto, deixando o japonês desconfiado.
- Ah, Bento! Oi! Cadê sua mãe?- Kira diz.
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Eu, Você e o Tempo - BENTO HINOTO
RomansaUma jovem de 19 anos, chamada Kira, deita em sua cama com o intuito de dormir depois de um longo dia, porém, quando ela acorda, ela está em um lugar desconhecido e descobre estar no ano de 1994. Perdida em uma época sem smartphones e internet, ela a...