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𝐌𝐀𝐘𝐀 𝐑𝐄𝐈𝐋𝐋𝐘
– Balada noturna, SP

A música pulsava no ar, um ritmo frenético que se misturava ao cheiro de álcool e corpos suados. A pista de dança da balada estava cheia, uma massa de pessoas entregues ao frenesi das luzes e da música eletrônica. Eu estava lá, cercada pela minha melhor amiga, Aninha, que dançava como se o mundo fosse acabar em algumas horas. Mas, no fundo, eu sabia que a noite ainda estava longe de terminar.

— Vamos beber mais uma rodada! – Aninha gritou, puxando-me em direção ao bar. Seus cabelos morenos brilhavam sob as luzes estroboscópicas, e seu sorriso era contagiante. Eu não queria apenas beber; eu queria esquecer. E, por um momento, a ideia de vingança estava distante, como uma sombra no fundo da minha mente.

Pedimos três shots de tequila, e eu senti o calor subir pelo meu corpo assim que o líquido ardente desceu pela minha garganta. O mundo começou a girar de uma maneira deliciosa, e, enquanto Aninha ria, eu não pude deixar de pensar em Richard. Eu não tinha certeza se estava pronta para encarar o que ele me fez, mas a raiva começava a se misturar com a adrenalina.

Foi quando o vi. Richard estava lá, do outro lado do bar, como se tivesse saído de um pesadelo. Ele estava cercado por um grupo de amigos, todos rindo e se divertindo, completamente alheios ao caos que ele havia causado na minha vida. Meu estômago revirou, e uma onda de emoção me atingiu. A raiva tomou conta de mim. Era a hora da vingança.

— Olha quem está ali! – Aninha me puxou de volta à realidade, seu olhar se fixando em Richard. — Você não vai deixá-lo te intimidar, vai?

— Não, eu vou fazer algo muito melhor. – sorri, um sorriso que não refletia a alegria, mas sim a determinação.

Com um copo de vodka na mão, fui em direção a ele. A música parecia se intensificar a cada passo que eu dava. Richard me viu, e seu sorriso se desfez por um segundo, apenas para ser substituído por uma expressão de surpresa. Ele não esperava me ver ali, e isso me deu uma satisfação inexplicável.

— Oi, Richard – eu disse, tentando manter a voz firme, mas a adrenalina estava me deixando tonta. — Lembra de mim?

— Claro que sim, Maya – ele respondeu, a confiança voltando a brilhar em seus olhos. — Você que não pode me esquecer. – ele riu, mas havia um toque de nervosismo nas suas palavras.

— Você se lembra de como se sentiu quando eu fui embora? – perguntei, deixando que a raiva transparecesse em cada palavra. — Porque agora você vai sentir o que é perder tudo.

— Você está falando de vingança? – ele arqueou uma sobrancelha, claramente se divertindo com a situação. — Você realmente acha que pode me atingir?

— Minha vingança será a chama que queimará tudo o que você ama, Richard. – declarei, o fogo da determinação ardia dentro de mim, e eu sabia que estava apenas começando.

Richard se aproximou, sua presença era opressiva.

— Você pode tentar me queimar, Maya, mas o fogo só revelará quem eu realmente sou. – ele disse isso com um sorriso arrogante, como se eu fosse apenas uma criança tentando assustá-lo com palavras.

— Eu não sou uma criança, Richard. Eu sou a mulher que vai te fazer passar pelo pior. – o jogo estava apenas começando, e eu estava pronta para jogar sujo.

Ele olhou para mim, e em seus olhos havia uma mistura de desprezo e fascínio.

— Você realmente acha que isso vai funcionar? Suas ameaças não me assustam.

— Não se trata de te assustar, Richard. Trata-se de mostrar a você o que você fez com as mulheres que passaram pela sua vida. Eu sou apenas a primeira a se levantar. – a energia da balada parecia pulsar ao nosso redor, e cada batida do coração parecia sincronizada com minha determinação.

— Você está errada – ele disse, mas havia uma hesitação em sua voz. — Eu não sou o vilão dessa história.

— Você é o vilão da minha história – eu disse, sentindo a confiança crescer em mim. — E você vai pagar por cada lágrima que fez derramar.

A música mudou, e as luzes piscavam freneticamente. O clima na balada parecia mudar, e eu sentia que todos ao nosso redor estavam prestando atenção em nós. Richard estava se divertindo, mas sua expressão estava mudando. Ele não sabia ao certo o que esperar de mim, e isso me dava poder.

— Você está jogando um jogo perigoso, Maya — ele finalmente disse, sua voz agora mais profunda. — Mas eu sempre fui bom em jogos.

— Então vamos jogar, Richard. Vamos ver quem realmente sai por cima dessa vez.

Com isso, eu me afastei, um sorriso desafiador nos lábios. O jogo havia começado, e eu estava pronta para queimar tudo o que ele amava, uma chama de vingança que se acenderia e não se apagaria tão cedo.

Fogo Do Karma. - Richard Ríos Onde histórias criam vida. Descubra agora