005

96 5 0
                                    

𝐌𝐀𝐘𝐀 𝐑𝐄𝐈𝐋𝐋𝐘
– Shopping JK Iguatemi, SP

O sol brilhava intensamente sobre São Paulo, e eu sentia a energia da cidade me envolvendo enquanto caminhava pelo shopping com Aninha. O dia estava perfeito para um passeio, e eu estava decidida a aproveitar cada minuto. Aninha era minha melhor amiga, mas também minha parceira nas artes de sedução e manipulação. Nós duas éramos como tempestades em um céu claro — sempre atraindo a atenção, sempre provocando reações.

— Olha aquele vestido! – Aninha exclamou, apontando para uma vitrine.

Era um modelo vermelho vibrante, justo, que parecia gritar por atenção. Eu sorri, sabendo que era exatamente o tipo de peça que ela adorava.

— Você deveria experimentar.

— Querida, hoje sou eu quem vai brilhar, e você vai brilhar junto comigo. – respondi, piscando para ela antes de puxá-la na direção da loja.

Eu sabia que o que escolhesse teria que ser incrível, algo que me fizesse sentir no topo do mundo. Não havia espaço para mediocridade no meu guarda-roupa. Entramos na loja, e a atmosfera estava carregada de estilo. Olhei ao redor, admirando as roupas dispostas com perfeição. As cores, os tecidos — tudo parecia me chamar. Eu era uma predadora em um reino de presas, e cada peça era uma nova oportunidade de exibir meu poder.

— Vamos lá, experimente algo. – Aninha disse, sorrindo enquanto me empurrava em direção à área de provadores. — Você sabe que vai arrasar.

— Claro que vou arrasar. – eu brinquei, mas havia uma determinação por trás das palavras.

Sabia que precisava de algo que chamasse a atenção não só de Aninha, mas de todos ao nosso redor. Eu queria ser o centro das atenções, como sempre.

Escolhi alguns vestidos, um mais ousado que o outro. O vermelho, o preto, o dourado — cada um prometia uma nova identidade. Enquanto experimentava, a confiança crescia dentro de mim. O espelho refletia não apenas a mulher que eu era, mas a mulher que todos queriam ver. Eu adorava a sensação de controle, a capacidade de manipular as percepções das pessoas ao meu redor.

Quando saí do provador vestindo um vestido preto justo que acentuava minhas curvas, Aninha ficou sem palavras.

— Uau, você está deslumbrante! Isso é tudo o que você precisa.

Sorrindo, girei diante do espelho, admirando meu reflexo.

— Eu sei! É perfeito para a balada de sábado à noite.

Mas, na verdade, eu estava pensando em muito mais do que apenas uma saída. Eu queria deixar Richard e todos os outros em meu rastro, confusos e fascinados.

— Você realmente vai provocá-lo, não é? – Aninha perguntou, sabendo que eu tinha um plano em mente.

Richard era um desafio e, ao mesmo tempo, uma distração. Ele me atraía e me irritava na mesma medida, e eu adorava isso.

— Claro que sim. Ele precisa entender que eu não sou apenas mais uma – respondi, minha voz cheia de determinação. –– Vou fazer com que ele me deseje mais do que qualquer coisa, e depois deixá-lo vir atrás.

— Você e suas jogadas – Aninha riu, mas havia um brilho de admiração em seus olhos. Eu sabia que ela gostava de ver até onde eu poderia ir. — Só não se esqueça de que você é mais do que um jogo para ele.

— Ah, mas é exatamente isso que eu quero. – declarei, enquanto me dirigia de volta ao provador.

Olhei para o vestido novamente, imaginando como seria a reação de Richard quando me visse. Meu coração acelerou com a ideia. Ele era um jogador, mas eu era a mestra do jogo. Depois de decidir pelo vestido, saí da loja com Aninha, ambas carregando sacolas repletas de novas aquisições. O shopping estava cheio, e a atmosfera vibrante me fazia sentir ainda mais viva. Eu adorava estar cercada por pessoas, cada uma delas uma oportunidade de se conectar, de manipular e de brilhar.

— Vamos tomar um café? – sugeri, levando Aninha até a cafeteria da praça de alimentação.

O aroma do café fresco misturado com doces e salgados era irresistível. Enquanto nos sentávamos, eu não conseguia deixar de observar as pessoas ao nosso redor. Havia sempre algo a aprender, algo a explorar.

— Você está pensando nele de novo, não está? – Aninha perguntou, levantando uma sobrancelha enquanto mexia seu cappuccino. Ela conhecia cada nuance da minha mente.

— Talvez – respondi, dando um gole no meu latte. — Mas, mais do que isso, estou pensando em como posso usá-lo a meu favor.

— Você sempre tem um plano – Aninha disse, com um sorriso cúmplice. — Mas e se ele não cair na sua armadilha?

— Ele vai – declarei, com confiança. — Eu sempre consigo o que quero. Richard não é diferente. Ele só precisa ver o que está bem diante dos olhos dele.

Olhando ao redor, vi um grupo de homens que entraram na cafeteria. Eles eram jovens, bem vestidos, e a energia deles era contagiante. Um deles, com cabelos escuros e olhos penetrantes, me lançou um olhar. Sorri de volta, sabendo que, mesmo que não estivesse interessada, a atenção era sempre bem-vinda.

— Olha só, você já tem outro alvo, – Aninha comentou, divertindo-se. — Você não consegue ficar sem atenção, consegue?

— Por que eu deveria? – respondi, dando de ombros. — O mundo é meu palco, e eu sou a estrela. Sempre.

Enquanto conversávamos, o grupo se aproximou, e eu podia sentir a tensão no ar. A dinâmica era eletrizante. O homem que me olhou antes se apresentou, e logo estávamos em uma conversa animada. Eu era boa nisso, sabia como atrair a atenção. As palavras fluíam e, enquanto falava, eu podia ver o interesse em seus olhos. Era como uma dança, e eu estava no controle.

Aninha observava, orgulhosa. Eu sabia que ela admirava minha habilidade de conquistar e manipular. Era um jogo que eu jogava com maestria, e cada interação era uma nova oportunidade de reafirmar meu poder.

— Você deve vir à balada conosco esta noite. – o homem sugeriu, seu sorriso confiante.

Eu hesitei apenas por um momento, sabendo que Richard estaria lá, mas a ideia de ter mais opções era tentadora.

— Por que não? – respondi, com um ar de despreocupação, com a certeza que de até de noite eu já não estaria mais de ressaca. — Adoro uma boa festa.

Depois de trocar números e sorrisos, o grupo se despediu, e eu me recostei na cadeira, satisfeita.

— Viu? O dia ainda está me surpreendendo – declarei, olhando para Aninha. — Mas, mesmo assim, Richard ainda é meu foco.

— Você realmente é incansável – Aninha comentou, rindo. — Mas eu adoro isso em você.”

— É assim que funciona – respondi, com um sorriso satisfeito. — Qualquer um que entrar na minha vida precisa saber que eu sou a rainha. E ninguém pode me derrubar.

O restante do dia passou em um borrão de compras, cafés e risadas. A energia do shopping sempre me deixava eufórica, mas havia algo mais profundo e mais complexo em jogo. Enquanto escolhi meu vestido e interagi com as pessoas, eu estava ciente de que cada movimento, cada palavra, era uma parte de um plano maior.

Eu estava pronta para desafiar Richard, para jogar com seus sentimentos e, ao mesmo tempo, reafirmar meu controle. A vida era um jogo, e eu era a jogadora mais astuta. Como sempre, eu estava determinada a ganhar.

Fogo Do Karma. - Richard Ríos Onde histórias criam vida. Descubra agora