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𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑𝐈́𝐎𝐒
MEIO DA FESTA

A festa estava em um frenesi absoluto. A música pulsava alto, e as luzes piscavam como se estivessem dançando em sintonia com o ritmo. Mas, apesar da euforia ao meu redor, eu estava longe de me sentir no controle. Na verdade, me sentia como um animal encurralado. Maya havia me desafiado de maneiras que eu nunca esperei, e agora estava lidando com as consequências.

Assim que deixei o balcão, fui até o bar, tentando me recompor. O que aquela maluca estava pensando? A dança dela era uma provocação direta, e eu sabia que estava me deixando levar. Para tentar ignorar a pressão crescente, comecei a conversar com uma mulher atraente que se aproximou. Ela tinha cabelos longos e escuros, e os olhos brilhavam com uma mistura de interesse e diversão.

— Oi, você é Richard, certo? – ela perguntou, um sorriso sedutor nos lábios.

— Sim, sou eu – respondi, tentando me concentrar nela. — E você é?

— Sou a Clara. Ouvi dizer que você é o cara das apostas. – ela disse, inclinando-se levemente, como se quisesse que eu me inclinasse também.

O tom da conversa começou a mudar, e eu estava começando a me sentir mais à vontade.

— É verdade, eu jogo um pouco. Mas hoje é mais sobre diversão do que sobre apostas. – respondi, tentando manter a conversa leve, mesmo que minha mente estivesse em outro lugar.

— Diversão é sempre bom. – ela disse, deixando suas mãos deslizarem sobre o balcão. — Sabe, eu adoro um pouco de emoção. O que você acha de um jogo depois?

A ideia de uma aposta clandestina, combinada com a possibilidade de algo mais, começou a me seduzir. Clara era atraente, e a química entre nós parecia instantânea. O desejo de me afastar de Maya e suas provocações me levou a agir por impulso.

— Por que não? – respondi, inclinando-me para mais perto dela.

O sorriso dela se alargou, e em um momento de impulso, eu a beijei. O beijo começou suave, mas rapidamente se transformou em algo mais intenso. O sabor dela era doce, e eu me deixei levar, esquecendo por um momento a confusão que Maya havia causado.

Mas enquanto eu estava perdido em Clara, a música mudou e as luzes se intensificaram, revelando a cena ao nosso redor. Eu podia ver as strippers dançando em um canto, e o cheiro de fumaça misturava-se com o aroma de álcool. As apostas de poker rolavam em mesas improvisadas, e havia um ar de ilegalidade no lugar que tornava tudo ainda mais excitante.

— Você gosta do que vê? – Clara perguntou, puxando-me de volta à realidade, ainda segurando minha mão.

— Claro, a festa está animada. – respondi, tentando me manter focado nela.

Mas, ao olhar ao redor, não pude evitar que minha mente vagasse de volta para Maya. Ela estava lá, em algum lugar, com seu vestido brilhante e aquele olhar provocador. A ideia de que ela poderia estar me observando me deixava inquieto.

Enquanto tentava me concentrar em Clara, a porta se abriu, e Maya entrou novamente, agora com a mesma máscara que eu havia visto mais cedo. O que ela estava pensando? A maneira como se movia e dançava pela sala atraía todos os olhares, inclusive o meu. Era como se ela estivesse jogando um jogo que eu não sabia como jogar.

Fogo Do Karma. - Richard Ríos Onde histórias criam vida. Descubra agora