Fogo Do Karma. - Richard Ríos

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𝐌𝐀𝐘𝐀 𝐑𝐄𝐈𝐋𝐋𝐘
– Balada, SP

A noite estava fervendo, e eu me sentia absolutamente no controle. Após aquele encontro com Richard, a adrenalina corria nas minhas veias. Ele sempre foi um jogador, mas agora, era eu quem estava jogando com ele. A tensão entre nós era como um fio esticado, prestes a arrebentar. E, mais importante, eu estava determinada a me vingar de tudo que ele havia feito.

Quando minha amiga voltou com as bebidas, não pude deixar de observar Richard à distância. Ele estava cercado por um grupo de amigos, mas seu olhar ainda buscava por mim. Havia algo fascinante em como ele parecia incerto, como se não soubesse se deveria se aproximar ou se afastar. Eu sorri para mim mesma, sabendo que o poder estava nas minhas mãos.

— Vamos fazer algo divertido? – sugeri à minha amiga, puxando-a para longe da mesa. — Ouvi dizer que há uma aposta rolando em um lugar secreto por aqui.

Ela levantou uma sobrancelha, mas logo concordou. O jogo de apostas ilegais era uma adrenalina à parte, e eu sabia que Richard poderia estar lá. Ele sempre teve um gosto pelo risco, e essa era a oportunidade perfeita para provocá-lo ainda mais. Caminhamos até o lugar, um bar clandestino escondido atrás de uma entrada discreta. A atmosfera estava carregada de tensão e expectativa. Enquanto entrávamos, pude sentir a energia vibrante do lugar, e meu coração disparou. Eu sabia que Richard poderia estar ali, e a ideia de vê-lo me fez sorrir. Era tudo parte do plano. Assim que entrei, meus olhos rapidamente se ajustaram à escuridão. E lá estava ele, no centro da ação, cercado por caras que pareciam tão ansiosos quanto eu. O cheiro de cigarros e álcool pairava no ar, e eu me aproximei com um ar de confiança, sabendo exatamente o que estava fazendo.

— Olha quem apareceu – Richard disse, um sorriso se formando em seus lábios ao me ver. — Está pronta para perder?

— Perder? Eu nunca perco – respondi, com um olhar desafiador. — Na verdade, estou aqui para ganhar.

Ele me lançou um olhar curioso, e a tensão entre nós aumentou. A diversão estava começando. O jogo de apostas era um campo de batalha, e eu sabia como jogar minhas cartas.

— Você realmente acha que pode me vencer? – Richard perguntou, com um toque de arrogância.

Era exatamente isso que eu queria dele — essa confiança exagerada. Ele não fazia ideia de que eu estava mais preparada do que ele imaginava.

— Vamos ver – respondi, com um sorriso provocativo. — Aposte o que você tem, e eu apostarei o que você não pode perder.

Richard riu, uma risada cheia de confiança.

— Você não sabe com quem está lidando, Maya.

A verdade é que eu sabia exatamente com quem estava lidando. Richard sempre foi um jogador, mas ele não conhecia minha verdadeira natureza. Eu era a rainha do jogo, e estava prestes a mostrar isso a ele. As apostas começaram, e a tensão aumentava a cada rodada. Eu me mantive focada, cada movimento meu cuidadosamente calculado. O que o tornava mais divertido era vê-lo cada vez mais intrigado e, ao mesmo tempo, frustrado com minha habilidade. A cada vitória que eu conquistava, a expressão no rosto dele mudava, revelando uma mistura de admiração e raiva.

— Você realmente está se saindo bem – ele comentou, tentando manter a compostura, mas eu podia ver o nervosismo em seus olhos. — Acho que você está jogando um jogo perigoso.