𝐌𝐀𝐘𝐀 𝐑𝐄𝐈𝐋𝐋𝐘
NA FESTA…A música pulsava ao meu redor, e a pista de dança estava cheia de corpos se movendo em perfeita sintonia. Eu me sentia no controle, uma verdadeira rainha da balada. A energia era eletrizante, e eu adorava cada momento. Ria e dançava, flertando com os caras que se aproximavam, mas minha mente estava longe. Richard estava na minha cabeça, e a ideia de como ele estava se sentindo me dava um prazer secreto.
Enquanto a noite avançava, meu celular vibrou no meu bolso. Olhei para a tela e vi o nome dele: Richard. Um sorriso irônico surgiu em meu rosto. Ele estava ligando, e eu sabia que isso significava que ele estava se sentindo inseguro e ansioso. O que eu queria era que ele sentisse isso. Respirei fundo e atendi, tentando esconder a diversão na minha voz.
— Oi, Richard! Que surpresa! – eu disse, tentando soar casual.
— Maya! Onde você está? Eu pensei que você ia ao jogo – ele respondeu, a preocupação evidente em sua voz. — Todo mundo estava falando de você, e eu… bem, eu achei que você viria.
— Ah, você sabe como é, Richard. Às vezes, a gente tem outros planos – eu disse, com um tom de desdém.
Não era mentira; eu tinha um plano muito mais interessante em mente.
— Outros planos? Como assim? Você me prometeu que viria! – Ele parecia frustrado, e eu estava adorando cada segundo.
— Promessas são feitas para serem quebradas, não é? Você mesmo fez tantas, e olha onde isso te levou – eu respondi, a provocação saindo naturalmente. — A verdade é que eu não sou a única que tem outras opções.
— Isso não é justo, Maya. Eu… eu pensei que estávamos nos entendendo – ele disse, a vulnerabilidade em sua voz era quase palpável.
O tom dele me fez sentir um misto de prazer e compaixão, mas eu não podia deixar isso me afetar.
— Entendendo? Richard, você sempre foi o cara que brinca com os sentimentos das pessoas. Agora, você está se apegando a mim e não sabe como lidar com isso – eu disse, a frieza na minha voz se intensificando. — Como se eu fosse apenas mais uma que você poderia descartar quando quisesse.
— Não é assim – ele protestou, mas eu podia ouvir a hesitação. Ele queria negar o que estava sentindo, mas a verdade estava se aproximando dele como uma sombra. — Eu só… não estou acostumado a isso.
— Ao que exatamente? A sentir algo de verdade? – Eu ri, mas havia um fundo de sinceridade na minha voz. — Você sempre teve o controle, Richard. Agora, está se sentindo perdido e não sabe como lidar com isso.
— Eu não estou perdido – ele disse, mas a falta de convicção era óbvia. — Eu só… estou tentando entender o que está acontecendo.
— Entender? Você sempre foi tão bom em manipular os outros, mas quando se trata de você, parece que não tem ideia do que fazer – eu disse, sentindo a adrenalina subir. Cada palavra era como uma facada, e eu estava me divertindo imensamente. — Não é engraçado? Você, o mestre da manipulação, agora se sentindo vulnerável.
A música ao fundo parecia se intensificar, quase como se estivesse acompanhando nosso diálogo. Richard estava se esforçando para manter a compostura, mas eu sabia que a verdade estava o atingindo. Ele sempre fez isso com as mulheres, deixando-as confusas e inseguras, e agora eu estava apenas devolvendo o jogo.
— Olha, Maya, eu… não sei se isso é justo – ele disse, a voz fraquejando. — Eu só queria que você estivesse aqui. Você faz falta.
— Falta? É engraçado ouvir você dizer isso. Você sabe que sempre foi você quem fez as mulheres se sentirem assim. Agora, quando a situação se inverte, você não sabe como lidar? – Eu estava me divertindo com a reviravolta. — Acho que você está começando a entender como é ser a pessoa deixada de lado.
— Não é assim que eu vejo as coisas – ele respondeu, mas a determinação na voz dele estava começando a se esvair. — Eu só… quero que a gente se divirta. Não precisava ser assim.
— Divertir-se? Ou você quer que eu seja mais uma mulher na sua coleção? – Eu sabia que estava tocando em um ponto sensível. — Você sempre fez promessas vazias, Richard. Agora, você está colhendo o que plantou.
Enquanto ele tentava encontrar as palavras, eu podia sentir a tensão na ligação. A verdade estava se firmando, e isso me deixava em êxtase. Richard nunca havia se deparado com alguém que realmente o desafiasse dessa forma. Ele estava acostumado a ter o controle, mas agora estava se sentindo vulnerável e confuso — e isso me deixava poderosa.
— Eu não quero que você seja apenas mais uma, Maya – ele disse, finalmente. — Eu realmente gosto de você, e isso me assusta.
— Gosta de mim? Ou gosta da ideia de mim? – Eu não pude evitar a provocação. — Você precisa se perguntar se realmente está se apegando a mim ou se é apenas a sua própria insegurança falando.
A pausa na linha foi densa. Ele estava pensando, processando tudo o que eu havia dito. E, nesse momento, eu sabia que estava ganhando. A festa ao meu redor parecia distante, e eu estava completamente focada na conversa. Era emocionante e, ao mesmo tempo, libertador.
— Eu não sei – ele finalmente admitiu. — Eu só… quero entender melhor o que está acontecendo. Você pode me ajudar com isso?
Ajuda? Essa era uma palavra estranha vinda dele. Richard sempre foi o tipo de cara que se recusa a pedir ajuda.
— Richard, você precisa querer entender a si mesmo primeiro. Não posso fazer isso por você – eu disse, a voz firme. — Você precisa se olhar no espelho e encarar suas próprias mentiras.
— Eu vou tentar – ele respondeu, a sinceridade começando a brotar. — Mas você realmente está disposta a ficar aqui enquanto eu faço isso?
— Isso depende de você, Richard. Você está disposto a mudar? – Eu sabia que essa era a pergunta-chave.
E, por mais que eu quisesse que ele se sentisse mal, a verdade era que eu também estava começando a me importar. Essa conexão, mesmo que manipuladora, era real, mas não tinha certeza se era por causa da indiferença entre nós ou se eu realmente estava me importando.
— Eu não sei. Mas quero tentar – ele disse, a vulnerabilidade na voz dele agora era quase tocante.
— Então, faça isso. E enquanto você tenta, lembre-se de que eu não sou uma jogada. Estou aqui para ficar, se você realmente quiser – eu disse, decidida.
— Eu quero, Maya. Eu realmente quero – ele respondeu, e eu podia sentir a mudança na energia.
A conversa estava se transformando, e eu estava pronta para ver onde isso nos levaria.
— Ótimo. Então, enquanto isso, divirta-se na sua casa e pare de se preocupar tanto comigo – eu disse, encerrando a ligação com um sorriso.
Sabia que havia plantado a semente da dúvida e da insegurança em Richard, e isso me deixava satisfeita.
Desliguei o celular e voltei para a pista de dança, a música me envolvendo novamente. Eu estava no controle, e a noite ainda estava longe de acabar. Richard poderia estar se apegando a mim, mas eu era a verdadeira jogadora neste jogo. E, enquanto ele lutava com seus próprios sentimentos, eu estava pronta para aproveitar cada momento.
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Fogo Do Karma. - Richard Ríos
Macera𝘌𝘴𝘴𝘢 𝘩𝘪𝘴𝘵𝘰́𝘳𝘪𝘢 𝘦́ 𝘶𝘮 '𝘋𝘢𝘳𝘬 𝘙𝘰𝘮𝘢𝘯𝘤𝘦'! Maya, cansada de ser apenas uma vítima, se transforma na vingança que Richard nunca viu chegando. Ao desenterrar os segredos obscuros de seu passado, ela o faz enfrentar os traumas que e...