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Autora: A partir desse capítulo, será escrito mais na visão do Richard para mostrar o que ele está sentimento.
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𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑𝐈́𝐎𝐒
DIA SEGUINTE

Acordei com a luz do sol invadindo o quarto, e a cabeça latejando como se tivesse sido atropelado por um caminhão. Eu não consegui dormir direito, a noite anterior ecoando na minha mente como um disco arranhado.

As palavras de Maya ainda estavam frescas, martelando em minha cabeça. “Você sempre foi o cara que brinca com os sentimentos das pessoas. Agora, está se apegando a mim e não sabe como lidar com isso.”

Merda. O que aconteceu com a minha confiança? Sempre fui o cara que controlava a situação, que tinha as mulheres aos meus pés. Agora, aqui estava eu, me sentindo vulnerável por causa de uma conversa que deveria ser apenas um jogo. Mas, ao mesmo tempo, eu sentia uma estranha conexão com Maya, algo que eu não estava preparado para enfrentar.

Levantei-me da cama, a luz do dia parecia quase me atacar. Fui até a cozinha, tentando me distrair e preparar um café. A energia da manhã estava em conflito com a confusão na minha mente. Eu sempre fiz o que queria, nunca me importando com os sentimentos dos outros. Mas Maya… ela era diferente. Eu não sabia se isso era bom ou ruim.

Enquanto o café passava, me peguei pensando nas promessas que fiz às mulheres antes, nas vezes que as deixei confusas e inseguras. A ironia não me escapava; agora era eu quem estava nesse lugar. O que havia mudado? Eu sempre tive controle, sempre fui o mestre da manipulação.

E então, a verdade começou a se infiltrar em meus pensamentos. Eu estava me apegando a Maya. Merda. Essa ideia era tão desconfortável quanto a ressaca que me consumia. Eu não queria sentir isso. Não queria depender de ninguém, especialmente de uma mulher que parecia saber exatamente como me atingir onde mais doía.

A cada gole de café, as lembranças da noite anterior surgiam. O jeito como ela me desafiou, como suas palavras penetraram na minha armadura. Eu não havia apenas perdido o controle; eu havia me deixado levar por algo que não podia entender. O orgulho que sempre carreguei estava começando a rachar, e isso me deixava furioso. Como pude chegar a esse ponto?

O telefone vibrou na mesa, e meu coração disparou. Era uma mensagem de Maya. Eu hesitei antes de olhar, o medo e a expectativa se misturando. O que ela diria agora? Mais provocações? Mais verdades que eu não queria ouvir?

— Bom dia! Espero que você tenha conseguido dormir melhor do que a última vez que falamos. 😉

Respirei fundo, a resposta dela me deixando ainda mais confuso. O que ela queria dizer com aquilo? Estava me provocando de novo? Era um jogo para ela, e eu era apenas mais uma peça no tabuleiro. Mas, ao mesmo tempo, havia uma parte de mim que queria responder, que queria entender o que realmente estava acontecendo entre nós.

— Dormir? Não sei se consigo dizer que foi uma boa noite.

digitei, tentando manter a pose.

— Você e suas verdades me deixaram pensando.

Esperei, o coração acelerado. A resposta dela poderia mudar tudo. Eu estava começando a perceber que, por mais que tentasse evitar, havia algo em Maya que me atraía. A maneira como ela me desafiava, como levantava questões que eu costumava evitar, me deixava intrigado. Eu não estava acostumado a isso, e essa incerteza era desconcertante.

Alguns minutos depois, o telefone vibrou novamente.

— Desculpa se causei insônia. Às vezes, a verdade é uma companheira difícil. Mas você vai superar, tenho certeza. 🤗

A maneira como ela falou me deixou ainda mais inquieto. Era como se ela estivesse se divertindo com a situação, enquanto eu me sentia cada vez mais preso. Eu não queria ser um desses caras que se apegam, que se deixam levar. Mas, porra, o que estava acontecendo comigo?

A verdade era que eu estava começando a gostar dela. Uma ideia aterrorizante, mas que me deixava em choque ao mesmo tempo. O orgulho que sempre carreguei estava em jogo, e eu não sabia como lidar com isso. A única coisa que eu sabia era que precisava de respostas.

Peguei meu celular novamente, decidido.

— Precisamos conversar. Não quero que isso fique assim.

A mensagem saiu, e eu a enviei antes que pudesse voltar atrás, antes que o medo e a insegurança me dominassem novamente.

Agora era esperar. O que Maya diria? Eu estava pronto para encarar a verdade, mesmo que isso me deixasse ainda mais vulnerável. A sensação de apego que estava crescendo dentro de mim era nova e desconfortável, mas eu não podia ignorá-la. O que eu não sabia era que estava prestes a ser puxado ainda mais para o jogo dela — um jogo que eu não sabia se conseguiria controlar.

O café esfriava na mesa enquanto eu encarava a tela do celular, esperando por uma resposta de Maya. Meu coração estava acelerado, uma mistura de ansiedade e expectativa. O que eu estava fazendo? A conversa que deveria ser leve, um simples jogo, agora se tornava algo muito mais profundo e complicado. A verdade que eu tentava evitar estava se revelando a cada mensagem.

Finalmente, meu celular vibrou. Olhei rapidamente para a tela e vi a mensagem dela. O coração disparou.

— Claro, vamos conversar. Mas vamos fazer isso pessoalmente. Você ainda está se apegando a essa ideia de controle, Richard, e eu quero que você enfrente isso de frente. Que tal nos encontrarmos mais tarde?

As palavras dela me atingiram como um soco no estômago. “Enfrentar isso de frente”? O que ela queria dizer com isso? Não era exatamente o que eu esperava. Parte de mim queria recuar, proteger meu orgulho, mas outra parte — a que estava descobrindo esse novo lado emocional — queria saber mais. Era como se ela estivesse me desafiando a sair da minha zona de conforto, e isso me deixava inquieto.

Respirei fundo, tentando organizar meus pensamentos.

— Onde e quando?

eu respondi, tentando manter a calma. A ideia de vê-la pessoalmente, de encarar essa situação cara a cara, me deixava nervoso e animado ao mesmo tempo. O que eu diria a ela? Como explicaria esse novo sentimento que estava crescendo dentro de mim?

— Que tal o café do centro? Às 17h? Assim, você pode pensar melhor sobre tudo isso antes de chegarmos lá. E não se preocupe, não vou morder… a menos que você me peça.😉

ela respondeu, dando um toque provocativo que me fez sorrir involuntariamente.

A sensação de estar sendo puxado para o jogo dela era desconcertante, mas a ideia de conversar com ela me deixava ansioso. Eu não sabia o que esperar. O que Maya realmente queria? E por que eu estava tão disposto a me expor a ela?

— Ok, 17h no café. E sim, vou pensar sobre tudo isso.

eu digitei, a resposta saindo mais rápida do que eu esperava.

O que eu estava fazendo? Estava me colocando em uma posição vulnerável, e isso me deixava inquieto. Mas, ao mesmo tempo, havia algo de excitante nisso. Finalmente, eu estava prestes a encarar o que realmente estava acontecendo entre nós.

A mensagem foi enviada, e agora eu só podia esperar. O dia se arrastava, e cada hora parecia uma eternidade. A imagem de Maya, com seu olhar provocador e aquele sorriso enigmático, invadia minha mente. O que ela tinha em mente? Estava preparada para me desafiar de uma forma que eu nunca havia experimentado antes.

Enquanto caminhava pela casa, tentando me distrair, não consegui evitar a sensação crescente de que essa conversa poderia mudar tudo. O que eu realmente queria? E quanto tempo eu conseguiria manter a minha fachada de controle diante de alguém que parecia saber exatamente como fazer os meus muros desmoronarem?

Eu estava começando a perceber que, independentemente do que acontecesse, havia algo especial entre nós. Um jogo de manipulação? Talvez. Mas também algo que me fazia querer saber mais. E, por mais que eu tentasse resistir, uma parte de mim estava ansiosa para ver onde isso nos levaria.

Fogo Do Karma. - Richard Ríos Onde histórias criam vida. Descubra agora