Fogo Do Karma. - Richard Ríos

023

𝐌𝐀𝐘𝐀 𝐑𝐄𝐈𝐋𝐋𝐘

18h30
O relógio marcava 18h30, e eu estava parada diante do espelho, analisando cada detalhe do meu reflexo. A luz suave do abajur no canto do quarto criava um ambiente acolhedor, realçando a cor do meu vestido rosa. Era um tom delicado, quase como um algodão-doce, que se ajustava perfeitamente ao meu corpo. O tecido leve caía suavemente em curvas que eu sabia que iriam chamar a atenção de Richard. Havia algo irresistível em ser o centro de sua atenção, e eu estava determinada a fazer isso funcionar a meu favor.

Com uma mão, puxei o vestido para baixo, ajustando-o na cintura, enquanto com a outra mexia nos cabelos soltos. Eles caíam em ondas suaves sobre meus ombros, e eu decidi deixá-los assim, naturais. A maquiagem estava impecável; um toque de rímel e um batom rosado para combinar com o vestido. Eu estava me sentindo confiante, e a expectativa de ver Richard me deixava ainda mais animada.

Olhei para o meu celular. Havia uma mensagem dele. “Oi, Maya! Tô a caminho! Prepare-se para um jantar incrível!”

Eu sorri ao ler suas palavras. Ele sempre tinha esse jeito descontraído e cheio de gírias que me fazia sentir à vontade. Richard era como um sopro de ar fresco em minha vida. Ele era divertido e despreocupado, e essa energia era contagiante.

Enquanto esperava, comecei a pensar em como Richard se tornara uma parte importante do meu plano. Eu não estava apaixonada por ele — longe disso. Mas a forma como ele se abria, como se eu fosse sua única confidente, era algo que eu precisava explorar. Quanto mais dependente ele se tornasse de mim, mais controle eu teria sobre a situação. E isso me deixava satisfeita.

O som da buzina do carro ecoou pela rua, e meu coração disparou. Era Richard, com seu carro prata. A BMW reluzia sob a luz do fim da tarde, e eu sabia que ele estava se sentindo o máximo ao volante. Peguei a bolsa, dei uma última olhada no espelho e saí.

Ao abrir a porta, o sorriso de Richard iluminou a noite. Ele estava usando uma camiseta justa que destacava seus músculos e uma calça jeans que moldava seu corpo com um toque largo não sendo justa e nem muito larga, algo considerável para um jantar sem abusar da moda.

— E aí, gata! Você tá um arraso! – ele exclamou, os olhos brilhando com admiração. Eu não pude evitar um sorriso satisfeito.

— Obrigada! Você também tá lindo, Richard – respondi, com um toque de flerte na voz.

Ele sempre tinha esse jeito descontraído que me fazia sentir bem. Era fácil agir como se estivesse apaixonada quando, na verdade, eu estava apenas jogando o jogo.

Entramos no carro, e a música alta preenchia o espaço. Richard ligou o motor e acelerou, o carro deslizando pela rua.

— Bora, que hoje é noite de jantar! Tô morrendo de fome! – ele disse, rindo.

— Eu também! Espero que o lugar tenha um bom prato de massa. Você sabe que sou fã – respondi, enquanto olhava pela janela, observando as luzes da cidade começando a brilhar.

Richard começou a falar sobre a última partida do Palmeiras, usando gírias e expressões que me faziam rir.

— Mano, você não acredita no que rolou! O cara quase fez um gol de bicicleta! Foi insano! – ele exclamou, gesticulando com as mãos enquanto dirigia.

A maneira como ele se expressava era tão autêntica que eu não conseguia resistir a me deixar levar pelo seu entusiasmo.

— Parece que foi uma jogada da hora! Você deve ter ficado maluco no estádio, né? – eu disse, rindo.