28. Eu Podia Sentir....

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POV ROBERT PATTINSON



Entramos no hotel em silêncio, e o peso da noite parecia estar entre nós, denso e palpável. Assim que a porta do quarto se fechou, Ana se virou para mim, seus olhos buscando respostas que eu não sabia se poderia dar.

Sem pensar, me inclinei para beijá-la.

Seus lábios nos meus eram tudo que eu precisava naquele momento, uma âncora para segurar enquanto tudo ao meu redor parecia prestes desmoronar.

Eu sabia que assim que aquela entrevista fosse ao ar ou assim que qualquer parte dela vazasse, o caos ia se espalhar por um tempo.

Tudo o que eu sempre evitava ia acontecer.

O assédio, a impossibilidade de ir ao mercado sem ter uma onda de paparazzis atrás de mim.

Meu problema nunca foram os fãs.

Meus fãs eram a parte divertida, mas o grande erro estava naquele que viam a verdade e a distorcia.

Ela se afastou um pouco, os dedos delicados acariciando meu rosto.

— Você está bem? — perguntou, com a voz suave e preocupada.

Eu respirei fundo, sentindo o peso das palavras que estavam prestes a sair.

— Eu só... Eu vou iniciar o tratamento. — confessei, a voz falhando um pouco.— Dez sessões de quimioterapia combinadas com radioterapia... Ana... eu... seu preciso de você.

As emoções estavam à flor da pele, e dizer isso em voz alta fez com que a realidade da noite me atingisse com força.

Não era apenas o programa, a confissão pública, era o futuro incerto que agora estava à nossa frente.

Ela me olhou profundamente, sem pressa, antes de me puxar para perto.

Seus braços se fecharam em volta do meu pescoço, e senti seu corpo quente contra o meu.

— Eu estou aqui — sussurrou, seus lábios roçando os meus. — Eu sempre vou estar aqui, Robert.

Havia tanta certeza em suas palavras que meu peito se apertou.

A presença dela, a força que me passava, era tudo o que eu precisava naquele instante.

Eu acreditei nela, de verdade.

Ela me dava uma razão, um motivo para continuar, mesmo quando tudo parecia incerto.

Naquele momento, com Ana em meus braços, eu soube que, com ela ao meu lado, ainda havia algo pelo qual lutar.

Não me permiti tirar meus olhos dos seus enquanto descia o zíper do seu vestido pela suas costas, eu queria senti-la, cada segundo em que eu ainda era eu me era precioso.

Ela desatou o nó da minha gravata e abriu minha camisa,a forma como fazia isso era quase como se estivesse me adorando. Ana me colocou sentado na ponta da cama e deixou o vestido que usava deslizar até o chão, a lingerie rosa dando fluidez ao seu corpo curvilíneo. Ela se abaixou a minha frente e apoiada nos joelhos segurou meu pé esquerdo, tirando meu sapato e fazendo o mesmo com o direito.

Levei minha mão até o grampo delicado que prendia e puxei,deixando seus cachos caírem sobre seus ombros.

Ela apoiou as mãos em meu joelho, o anel de noivado que lhe dei controlando em seu dedo anelar direito, e se inclinou para cima, me beijando.

Era como fogo e pólvora.

O calor que se alastrou por meu corpo quando ela me empurrou de costas na cama ardia mas não queimava.

ROBERT PATTINSON | Sob o Tilintar Dos SinosOnde histórias criam vida. Descubra agora