Nas Mãos Do Italiano

capítulo 46 - Um mafioso romântico

Capítulo 46- Um mafioso romântico 

Vicent Rossi 

Hoje o dia iria ser lindo, depois do pequeno show de horrores a neblina que cobria o céu finalmente deu brechas para que o sol pudesse sair ,agora o ar estaca mais fresco e vivido, neste momento cada passo meu era como voar em direção a ela, eu estava ansioso, minhas mãos suavam estranhamente enquanto meu peito era bobardeado pelas batidas frenéticas de meu coração.

Não sei de onde caralhos saiu essa idiotice balela mas quando meu pensamento caiu sobre ela minha raiva e vontade de espancar alguém se dissipou quase instantâneamente, não tenho como descrever mas posso afirmar que aquela garota mexe comigo de uma forma universal. 

O carro adentrou no prédio do hotel, convenientemente eu tinha numa loja de grifes experimentar um novo terno, ele era azul escuro, suas bordas eram prateadas acompanhando com os botões em ouro puro, também comprei um buquê de rosas vermelhas, alinhei a gravata em meu pescoço pegando a sacola que serviria de presente e uma esperança para eu não ser totalmente rejeitado, observei meus sapatos refletirem o meu reflexo sobre eles e vi meu cabelo preto todo puxado para trás ele normalmente fica bagunçado mas agora parecia que tinha recebido anos de tratamento capilar, tudo isso ao para parecer o mais bonito possível para ela. 

Aonde eu vim parar? Eu não era assim não, mas é inevitável, nem mesmo nas melhores  e importantes festas em que compareci eu me organizei e empenhei tanto quanto agora. 

—Senhor Rossi? Ouvi a voz do motorista me tirar da minha divagação, levantei os olhos para o homem que me retornava confuso sem entender nada —N-nós chegamos. Seu tom saiu apressado tentando compensar o que resultaria num mal entendido. 

—Como eu estou? Eu juro que saiu sem querer mas eu precisava da opinião de alguém nem mesmo que fosse a de um cosher.

—Des-culpa senhor ,não entendi?! Sua cara começou a suar acho que ele entrou em pânico. 

—Perguntei como eu estou. Minha voz saiu um pouco grossa. 

—ÓTIMO! o senhor está impecável!! Ele gritou desesperadametade —O senhor está bem arrumado! Quer dizer não é que o senhor não seja arrumado… mas é tipo… é que… me desculpa senhor, desculpa eu não quero morrer! Ele logo entrou em uma espiral de confusão tropeçando nas próprias palavras. 

—Tá bom, tá bom, só para de falar merda, além do mais a única pessoa que pode me dizer que eu sou bonito é minha mulher então pode retirar o que você disse. Eu tinha muito controle sobre minhas emoções e expressões mas por alguma razão ele falando desse jeito me deixou irritado. 

—Claro! Eu retiro o que disse senhor! Eu não sei o que falo então por favor não leve a sério minhas palavras. Já não estava ouvindo ele pois estava ocupado saindo do carro com "minhas" coisas .

Quando pensei que meu estresse tinha acabado me deparo com o fato de que o buquê de rosas que eu tinha comprado era demasiado grande então mesmo que eu o levasse as outras coisas iriam ficar para trás estragando em totalidade os meus planos.

Caralho o universo tá querendo me impedir de passar uma imagem para mulher só pode!! 

—Ei vocês! Chamei os seguranças que saíam do outro carro —Você traga o buquê, você as sacolas. Apontei para cada um que primeiro congelou mas depois se apressaram em pegar cada uma das coisas  que eu mandei. 

Enquanto eu andava com as mãos nos bolsos ouvia os passos desajeitados deles tentando não tropeçarem uns nos outros, respirei fundo tentando encontrar forças dentro de mim para não quebrar a mão de ninguém mais hoje .