Amanda, uma carioca de alma livre, vê sua vida virar de cabeça para baixo quando descobre que sua mãe vai se casar com seu padrasto italiano e a leva para uma nova vida na encantadora Florença. Longe do sol e das praias do Rio, ela precisa se adapta...
Na manhã seguinte,pego o carro e dirijo até o hospital. O trajeto parece mais longo do que o normal, minha mente correndo com mil possibilidades.
Quando chego, a enfermeira na recepção me direciona ao quarto de Pietro. Entro devagar, encontrando-o deitado, com um semblante cansado, mexendo no celular com seus óculos. Algumas escoriações estão visíveis, mas ele parece bem, considerando o acidente recente.
– Nicolo? O que faz aqui? – Ele pergunta, surpreso ao me ver.
– Precisamos conversar. – Digo, me sentando na cadeira ao lado da cama. – Encontrei algo nos documentos da empresa, e há um nome que quero que você me ajude a entender: Massimo Sartori.
O rosto de Pietro endurece ao ouvir o nome.
– Sartori? – Ele repete, com a voz mais baixa. – Esse homem é um velho conhecido do seu pai. Não achei que Donato ainda tivesse ligações com ele.
– Quem é ele? – Pergunto, a tensão aumentando em minha voz.
– Sartori é um intermediário. Ele administra empresas de fachada para ajudar pessoas como Donato a lavar dinheiro e ocultar bens. Sempre foi discreto, mas perigoso. Se você encontrou o nome dele, é porque algo grande está acontecendo.
Minha mente se agita com as informações.
– Se Donato acha que alguém está ameaçando seus negócios, ele faz o que for necessário para proteger a si mesmo. Tome cuidado. Você está entrando em um território perigoso.Eu estar nesse cama de hospital,obviamente foi um aviso.
Seguro os papéis mais firmemente, percebendo a gravidade do que está por vir.
– Obrigado. Vou lidar com isso.
Quando saio do hospital, um plano começa a se formar em minha mente. Se Sartori é a chave para os esquemas do meu pai, expô-lo pode ser a única maneira de derrubar Donato sem causar um desastre maior. Mas preciso agir com cautela.
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De volta ao meu quarto, com os papéis espalhados pela mesa, tento organizar as informações que recolhi. Cada linha dos documentos parece um pedaço de um quebra-cabeça mais sombrio do que eu imaginava. Estou tão concentrado que quase não percebo a batida leve na porta. O som da porta se abrindo me faz levantar os olhos. Minha mãe entra no quarto com aquele ar de quem já tem algo a dizer.
– Nicolo, podemos conversar? – Ela pergunta, mas sua expressão já entrega que não é exatamente uma pergunta.
Suspiro e deixo os papéis de lado, cruzando os braços enquanto olho para ela.
– O que foi agora? – Pergunto, sem paciência.
– Recebi uma ligação da escola. – Ela começa, fechando a porta atrás de si. – Eles disseram que você anda faltando muito. Não que isso seja novidade, mas você sabe que isso vai prejudicar o seu ano letivo, certo?