CAPÍTULO 27 - SINAL

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Enquanto Jenna narrava o filme, sua voz suave e detalhista tornava cada cena ainda mais viva para mim. Eu podia imaginar claramente os momentos descritos, desde o brilho nos olhos de Meryl Streep até os detalhes absurdos das situações cômicas. Mesmo que eu conhecesse o filme de cor, a maneira como Jenna transformava as cenas em palavras era hipnotizante.

- E agora, elas estão discutindo sobre a poção. - Jenna disse, sua voz ganhando um tom dramático. - Goldie Hawn está apontando para Meryl com aquela expressão icônica de quem está prestes a explodir.

- Amo essa cena. - comentei, sorrindo enquanto segurava sua mão. - Acha que eu ficaria bem imortal como elas?

- Você não precisa de imortalidade para ser perfeita. - Jenna respondeu, apertando minha mão de leve. - Mas eu adoraria passar uma eternidade com você.

Fiquei em silêncio por um momento, absorvendo a sinceridade em suas palavras. Ela tinha esse jeito de transformar tudo o que dizia em algo significativo, mesmo quando parecia apenas uma brincadeira.

- Eu não sei o que fiz para merecer você, Jenna. - confessei, virando meu rosto na direção dela. - Mas espero nunca perder isso.

Ela se inclinou, seus lábios tocando os meus em um beijo doce, lento, como se quisesse eternizar aquele momento. Senti seu sorriso contra minha boca, e tudo ao nosso redor pareceu desaparecer.

- Então, vamos fazer um trato. - Jenna disse, encostando sua testa na minha. - Vamos aproveitar cada momento, como se fosse o último. Porque, mesmo sem imortalidade, podemos criar a nossa eternidade juntas.

- Parece um plano perfeito. - respondi, sorrindo.

Passamos o resto da noite entre beijos e risadas, dividindo conversas e pequenos gestos de carinho. Quando o filme terminou, Jenna insistiu em fazer chocolate quente para nós, apesar de meus protestos de que ela deveria descansar.

- Não é justo você fazer tudo por mim. - ela disse, colocando uma caneca quente nas minhas mãos.

- Eu faço porque quero, Jenna. - respondi. - Mas tudo bem, dessa vez deixo você cuidar de mim.

Sentamos novamente no sofá, e ela se aninhou em meu peito, sua respiração desacelerando enquanto o silêncio confortável nos envolvia. Eu podia sentir o calor do corpo dela contra o meu, o ritmo de sua respiração como uma melodia calma.

- Promete que nunca vai me deixar? - Jenna murmurou, sua voz quase inaudível.

- Eu prometo. - respondi, beijando o topo de sua cabeça. - Enquanto você me quiser por perto, eu estarei aqui.

Ela sorriu contra meu peito, e logo adormeceu em meus braços. Fiquei ali, ouvindo a chuva cair lá fora, o som da respiração dela, sentindo que, pela primeira vez, eu tinha tudo o que precisava.



[...]




Na manhã seguinte, acordo sentindo falta de Jenna na cama. Me levanto esfregando os olhos indo em direção a sala, de onde pude ouvir Jenna conversar com alguém.

- Tá bom mamãe, prometo que irei. - disse Jenna.

- Jenna? - pergunto.

- Oi meu amor, senta aqui, estou conversando com a minha mãe por vídeo chamada.

Fui caminhando devagar, guiada pela direção da voz de Jenna. Ao chegar próximo do sofá, estendi a mão até sentir o braço do móvel e me sentei ao lado dela.

- Oi, Sra. Ortega. - disse com um sorriso tímido, mesmo sem saber exatamente onde olhar.

- Olá, querida! - respondeu a voz calorosa do outro lado. - Como estão aí no chalé?

AMOR EM CORES VIVAS - JENNA ORTEGA / GP!Onde histórias criam vida. Descubra agora