leonor era uma das maiores mcs do rio de janeiro, era apaixonada pelo que fazia , e recentemente foi considera a rainha do tanque , por ser a MC feminina com mais títulos naquela batalha , Léo conheceu a cultura através do seu irmão neo , depois de...
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O silêncio no quarto era quase sagrado. Apenas o som ritmado da respiração da Anna Lúcia preenchia o ambiente, como se estivesse marcando um novo começo. Eu não conseguia desgrudar os olhos dela, tão pequena e tão poderosa. Ela era a prova viva de que, por mais difícil que fosse a caminhada, havia algo incrível esperando no fim.
Léo ajeitou a cabecinha dela com cuidado, seus dedos ainda tremendo levemente de cansaço. Mas havia algo diferente nela agora, uma força nova, quase palpável. Ela parecia uma guerreira que acabara de conquistar sua maior vitória. E, olhando para ela, eu sabia que tinha escolhido a pessoa certa para passar o resto da vida.
-Apollo...- ela chamou baixinho, me tirando dos meus pensamentos. Seu olhar encontrou o meu, e eu vi algo ali que me deixou sem ar. -Obrigada por não desistir de mim.
Engoli em seco, sentindo meu peito apertar. Era como se todas as memórias dos últimos meses passassem diante de mim: as lutas, os medos, as crises. Cada vez que ela pensava em se afastar, cada vez que eu tinha que provar que estava ali para ficar. Não havia nada que eu não enfrentasse por ela.
-Nunca foi uma opção desistir de você, Léo,- respondi, minha voz carregada de emoção. -Você é tudo pra mim. Sempre foi. E agora...- Olhei para Anna Lúcia, que dormia tranquila entre nós. -Agora, somos três.
Léo sorriu, mas havia algo a mais naquele sorriso. Era um sorriso de alguém que sabia que o pior tinha ficado para trás. Que finalmente acreditava em um futuro melhor. Ela olhou para mim e estendeu a mão. Eu a segurei, sentindo sua força, sua vida.
-Você acha que a gente vai dar conta?- ela perguntou, sua voz suave, mas cheia de um temor genuíno. -Criar a Anna. Ser os pais que ela merece.
-Não acho. Eu tenho certeza.- A convicção na minha voz pareceu surpreendê-la, mas eu sabia que não podia ser de outro jeito. -Porque se a gente conseguiu passar por tudo isso juntos, Léo, então a gente consegue qualquer coisa.
Ela respirou fundo, deixando aquelas palavras se assentarem, e finalmente sorriu de novo.
-Então tá, Apollo. Vamos ser os pais mais teimosos e cheios de amor que essa menina poderia ter.
Rimos juntos, um riso leve, aliviado, mas cheio de promessa. Promessa de que tudo seria diferente agora.
Meses Depois
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