leonor era uma das maiores mcs do rio de janeiro, era apaixonada pelo que fazia , e recentemente foi considera a rainha do tanque , por ser a MC feminina com mais títulos naquela batalha , Léo conheceu a cultura através do seu irmão neo , depois de...
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Depois do que Apollo me disse ontem, algo mudou entre nós. A dor e o peso que ele carregava não iam sumir de uma hora pra outra, mas senti que ele estava me deixando entrar, quebrando suas próprias barreiras, como eu fiz com ele. Isso só me fez querer estar ainda mais ao lado dele. Fiquei ali, no sofá, com o rosto dele apoiado no meu peito, tentando ser o conforto que ele sempre foi pra mim. Em algum momento, no silêncio, ele adormeceu — e depois, eu também.
Acordei cedo, me desvencilhei dele com cuidado pra não acordá-lo. Fiz café, comprei um bolo e deixei na mesa da sala, pra ele pegar quando levantasse. Nunca fui boa com palavras, mas queria que ele soubesse que eu estava ali de alguma forma.
Depois do banho, fui ao guarda-roupa dele e escolhi uma roupa que tivesse deixado lá. Pra dar um toque meu, coloquei minha camisa do Flamengo, uma calça jeans preta — ia conhecê-lo ainda mais, mas sem perder a minha essência.
Enquanto passava um batom discreto, ouvi passos no corredor. Olhei pra trás e lá estava Apollo, encostado na porta, me observando com aquela expressão de sono e um sorriso bobo que eu tanto amava.
— Você vai mesmo com essa camisa? — ele riu, olhando o escudo do Flamengo no meu peito. Mas o jeito que ele olhava pro meu rosto era como se eu fosse a única pessoa no mundo.
Dou de ombros, tentando segurar o riso. — Ué, cê acha que vou abandonar o amor da minha vida só porque vou conhecer a família do namorado? Se é pra impressionar, é do meu jeito.
Guardei o batom e ele se aproximou devagar, com um brilho nos olhos, as mãos deslizando pela minha cintura e me puxando de leve pra ele.
— Quem disse que precisa impressionar? Eles vão gostar de você do jeito que é. A camisa vai ficar insignificante perto de você — ele disse, com a voz baixa, fazendo meu coração acelerar.
Ele passou os dedos pelo meu rosto, como se decorasse cada detalhe. — Só não sei se tô pronto pra dividir você com eles — resmungou antes de continuar: — Mas é especial te levar pra conhecer meus pais. Nunca deixei ninguém entrar nessa parte da minha vida — confessou com os olhos transbordando sinceridade.
Sorri, sentindo aquele misto de nervoso e alegria, e enrosquei meus braços em volta do pescoço dele, puxando-o pra mais perto. — Talvez porque você já me tenha em mãos, Apollo — disse, olhando-o.
Ele sorriu, meio tímido - Se é uma disputa, você já ganhou - ele diz e nos encaramos por um segundo antes dele se aproximar e me beijar. Retribuí e dei um sorriso entre o beijo. Apollo sempre soube o que dizer pra me desarmar, e acho que nunca vou me cansar disso.
Finalmente terminamos de nos arrumar, e eu peguei a camisa que levaria de presente pro pai dele, segurando-a firme como um talismã pra acalmar o nervosismo. Eu ia conhecer os pais dele. Apollo contou que eles são casados há mais de 20 anos e, só de imaginar a responsabilidade de impressioná-los, senti o estômago revirar. Mas, ao olhar pra ele, com aquele sorriso acolhedor enquanto abria a porta do carro pra mim, soube que não tinha como dar errado.