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𝑳𝒆𝒐𝒏𝒐𝒓

A semana se arrastou, e cada dia que passava parecia um tormento

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A semana se arrastou, e cada dia que passava parecia um tormento. A lembrança do que aconteceu na festa ainda estava fresca na minha mente, como uma ferida aberta. Tavin tinha me avisado que o lucas estava lá, e isso desencadeou uma onda de pânico que eu não conseguia controlar. A presença dele era como uma sombra que pairava sobre mim, revivendo memórias dolorosas que eu tentei esconder.

Depois daquela manhã quando cheguei do hospital, eu fiz o que sempre faço: ergui mais um muro. A última coisa que queria era envolver Apollo em mais uma batalha emocional. Ele já tinha tanto com que lidar, e eu não queria ser o peso que o puxasse para baixo. Por isso, ignorei suas mensagens, e a cada notificação que aparecia na tela do meu celular, meu coração disparava de ansiedade.

Não era que eu não quisesse falar com ele; era simplesmente o medo que me paralisava. O medo de abrir a porta para os sentimentos que tentei sufocar por tanto tempo. Sabia que, se falasse com Apollo, teria que confrontar tudo o que estava acontecendo dentro de mim. E isso era assustador.

Naquela semana, os dias se tornaram uma repetição de solidão. Eu passava horas me perdendo nos meus próprios pensamentos, tentando entender por que a presença dele me deixava tão confusa. Ao mesmo tempo em que me sentia atraída por ele, o passado insistia em me puxar de volta, como se quisesse me lembrar que confiar era um luxo que eu não podia me dar. Cada toque, cada olhar, me fazia reviver os momentos de dor que nunca consegui superar.

E, por mais que quisesse ser forte e esconder meu sofrimento, o peso das lembranças me consumia. Lembro-me de ter outro ataque de pânico em casa e o neo me amparar , a sensação de não conseguir respirar, as visões do meu ex invadindo minha mente. Era como se, a cada dia que passava, eu me sentisse mais distante de Apollo, e isso me machucava profundamente.

Quando finalmente encontrei coragem falar para  o meu irmão, a verdade veio à tona. Expliquei tudo o que havia acontecido, as agressões que eu tentei enterrar, a manipulação que me aprisionou. A indignação dele fez meu coração apertar, mas, ao mesmo tempo, era um alívio ver que finalmente estava tirando o peso das minhas costas.

𝑳𝒆𝒐 𝒆 𝒏𝒆𝒐 3 𝒅𝒊𝒂𝒔 𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔 𝒅𝒐 𝒆𝒔𝒕𝒂𝒅𝒖𝒂𝒍

𝙈𝙚𝙢𝙤́𝙧𝙞𝙖 𝙤𝙣

A semana após o hospital se arrastava como uma sombra pesada sobre mim. Cada dia era uma luta para manter a fachada de que estava bem, mas dentro de mim, o muro que eu erguia para esconder a dor estava prestes a desmoronar. A ideia de contar a Neo tudo o que havia acontecido me consumia, mas o medo de desabar diante dele me mantinha paralisada.

Finalmente, em um dia em que estávamos sozinhos em casa, respirei fundo, tentando reunir coragem. Meu coração batia rápido, e a pressão na minha garganta parecia quase insuportável.

– Neo, preciso falar com você – comecei, a voz tremendo.

Ele me olhou com a sobrancelha levantada, preocupado. – O que foi, Léo? Tá tudo bem?

Mil Versos -apollo McOnde histórias criam vida. Descubra agora