Reverse With Me [ Tradução-Português]

Efeito Borboleta

   Acabamos de chegar em casa...Já passa das cinco da tarde, e papai, mamãe e Fong-Samut estão todos presentes. Meu
irmão mais novo é quem se aproxima para abrir a porta. Quando ele me vê, seus olhos
se arregalam de surpresa antes de se virar para P'Karan com uma expressão confusa, imaginando quem ela é. Seus olhos se arregalam ainda mais quando ele percebe o Ashton Martin estacionado contra a
parede da casa. Mas o mais novo opta por não perguntar nada e, em vez disso, nos convida a entrar primeiro.

    Papai está assistindo a uma competição de canto na TV. P'Karan e eu levantamos nossas mãos para dizer olá no gesto wai. Ele apenas olha para nós e finge não se importar. Quanto à mamãe, assim que ouviu de Fong-Samut que eu estava em casa, ela saiu rapidamente da cozinha para me ver.

— Finalmente, você está em casa. Não consegui te alcançar de jeito nenhum. Por que você é tão travessa?

   Mamãe diz com uma mistura de reprovação e alegria genuína ao me ver parada aqui. Ainda assim, ela não consegue se conter e não bate no meu braço como punição. Talvez ela continuasse batendo, se não visse que temos uma convidada, P'Karan, parado ali.

— Você é uma amiga ou uma veterana?

   Talvez porque ela esteja vestida de forma mais educada e pareça mais digna do que eu, mamãe hesita.

— Esta é P'Karan, mas vamos falar sobre ela na mesa de jantar.

   Como nosso status é um assunto importante, e eu levo isso muito a sério, não
quero apresentá-la de forma muito casual. Mamãe parece um pouco confusa porque reconhece P'Karan como apenas uma veterana, então ela se pergunta por que precisamos falar sobre ela durante o jantar?

   Enquanto isso, Fong-Samut, que caminha para se sentar no sofá em frente ao pai, parece perdido em seus pensamentos.
Então, minha mãe sorri e aceita os cumprimentos de P'Karan. Ela está tentando não pensar demais, virando-se para mim e dizendo...

— Venha ajudar na cozinha, querida. Estou preparando o jantar.

— Fong-Samut não precisa ajudar?

— Por que deveria? Este é um trabalho de mulher, e ele é um menino.

— Está tudo bem. Eu vou te ajudar hoje. P'Kliao parece cansada, e ela até trouxe sua
veterana. Ela deveria esperar na sala.

    Meu irmão mais novo se levanta e tenta se reconciliar. Isso quase me faz incapaz de
conter a discussão com aquele absurdo. No entanto, não para por aí. Papai, que está
fingindo assistir TV, de repente fala com sarcasmo intencional.

— Garota incapaz. Ela não fez nada que deveria ter sido feito e ficou louca por causa dos estudos excessivos. Quem iria querer se casar com uma garota assim?

    Estou quase prestes a responder e deixar sair toda a minha frustração se não fosse pela mão reconfortante de P'Karan
me segurando gentilmente. Se segurando? Por que ela me segurou? E agora ela está apenas olhando silenciosamente para meu
pai sem dizer nada.

— Pai, por favor. Já chega.

   Fong-Samut tenta aliviar a tensão com suas palavras. O velho sentado no sofá
então faz um som de desaprovação 'Ha!' em sua garganta. A voz rouca da figura alta ao meu lado me segura novamente.

— Kliao Khluen.

— Sim?

— Você poderia me mostrar como você ajuda com tudo, como costumava fazer, por favor?

    P'Karan fala suavemente, certificando-se de que apenas nós podemos ouvir. Isso me faz pensar muito sobre o que ela vai fazer, mas eu aceno em concordância. Afinal, papai provavelmente me repreenderia com palavras duras novamente se eu recusasse.
Então, na cozinha, estão minha mãe, eu e P'Karan nos oferecendo para ajudar a preparar o jantar.