Reverse With Me [ Tradução-Português]

Voltamos da Semana Passada [Parte II]

Entorpecer... Essa foi a primeira coisa que senti.

Entorpecida por toda parte, especialmente no lado direito, onde não senti nada. Finalmente, minha consciência desapareceu, junto com a última imagem borrada que vi a caminhonete continuou deslizando na estrada sem parar. As pessoas correram para me ajudar, todas com boas intenções.

Parecia ser na manhã seguinte.

Não, era a manhã de vários dias depois. Muitos dias se passaram, mas eu não sabia quanto tempo... Foi assim que me senti quando acordei. A luz brilhante que brilhou em meus olhos levou alguns segundos para se ajustar, e então percebi que a luz não era a luz do sol da manhã, mas a luz branca de um hospital.

Papai, mamãe, meu irmão mais novo e Khim estavam esperando meu despertar. Era um quarto compartilhado, sem privacidade, ao contrário dos dramas. Quase não tive forças para me sentar novamente, mas ouvi minha mãe preocupada dizendo que eu tinha acordado na UTI.

Quando minha condição melhorou, o médico me transferiu para cá, e eu estava
naquela cama há cerca de uma semana. Bem, eu não conseguia me lembrar de nada. No entanto, se eu tentasse pensar o suficiente, percebi que, na semana passada, mal conseguia me levantar, mas minha mãe e Khim se revezaram cuidando de mim. Eu estava em silêncio, observando as expressões faciais de todos.

Mamãe... Sua expressão revelou clara preocupação, com sua voz trêmula e
parecendo triste.

Papai... Seu rosto permaneceu composto, difícil de decifrar suas emoções. Verdade seja dita, ele muitas vezes me olhava com esse olhar, pois eu não era seu filho favorito desde o início.

Fong-Samut... Meu irmão mais novo tinha uma expressão peculiar quando olhava
para mim. Eu não tinha certeza do que ele estava fazendo.

Quanto a Khim... ela chorou, sim, chorou como se eu estivesse prestes a morrer
assim, mesmo que eu tivesse conseguido me sentar sozinha.

Fiquei em silêncio assim por um tempo, até que a enfermeira entrou para me
verificar. Comecei a perceber que deveria dizer algo para que eles soubessem que meu cérebro ainda estava perfeitamente bem. A primeira frase que saiu da minha boca foi sobre minha sensação atual.

- Meu braço direito dói muito.

Minha voz estava rouca, como alguém que estava bastante desidratada, mas isso não parecia ser tão interessante quanto as reações das quatro pessoas que a ouviram.

Khim levantou a mão para cobrir a boca e mamãe parou por um momento. Papai franziu as sobrancelhas em um nó. Quanto ao meu irmão mais novo, que ficou parado entre mamãe e papai, ele parecia desajeitado, sem saber o que dizer.

Eventualmente, Fong-Samut foi o
mais corajoso, proferindo algo que os outros três não ousaram.

-Controle-se, por favor. - Sua voz suavemente insistiu.

-O que você está tentando dizer? - Eu resmunguei; minha garganta seca.

-Na semana passada, você não conseguiu sentir nada de incomum?

-O médico teve que amputar seu braço direito. Ele se foi. Como você pode sentir a
dor?

Fiquei perplexa com o que ele disse, pois a sensação pesada e latejante, quase como
um aperto apertado, claramente permanecia em minha consciência. Eu simplesmente não conseguia levantá-lo porque parecia extremamente pesado.

Franzi as sobrancelhas com mais força do que meu pai, antes de abaixar lentamente o rosto e direcionar meu olhar para onde meu braço direito costumava estar.