- Marcelo, eu vim aqui sem rodeios ok? - Thales começa sem nem desejar uma boa tarde.
- Boa tarde, Thales. - Marcelo falou levantando a xícara. - Aceita um chá, café, água?
- Não. Fala logo porque você me chamou aqui. Você não entendeu o recado daquele papel? - Ele cruzou os braços, tornando-os mais forte
- Sabia que eu sempre gostei dos seus braços cruzados? - Marcelo fecha a porta e se aproxima de Thales, mas ele recua. - Tá com medo de mim?
- Medo não, nunca tive medo de você, mas mantenha a distância. Fale o que você quer falar, não tenho tempo.
- Não tem tempo? Vai fazer o que? - Marcelo pergunta curioso e rindo
- Não tenho tempo pra você. Olha Marcelo, se você me chamou pra ficar batendo papo eu vou embora.
- Tudo bem! - Marcelo coloca a xícara na mesa de centro. - Eu quero tentar mais uma vez.
- Tentar o que?
- Nosso relacionamento. Podemos tentar de novo, já sabemos os erros e acertos, como agradar o outro, então vai ser mais fácil. - Marcelo levanta. - E vai dar certo.
- Primeiro, eu não voltaria com você nem com uma arma na cabeça. Segundo, eu estou namorando, não vou terminar meu relacionamento que está indo bem pra ficar com um que não vai durar. - Thales estava ficando vermelho. - Terceiro, eu não sinto mais nada por você, só pena. Um homem que fica me seguindo por todos os lugares, por 4 anos, não tem saúde mental.
- Eu sei que errei no relacionamento e te seguindo por meses, desculpa! - Eles ficam se olhando por um tempo.
- Tudo bem, aceito suas desculpas, mas não me ligue e nem me procure mais, por favor.
- Posso saber pelo menos quem é o seu novo namorado? - Marcelo volta a sentar no sofá com sua xícara de chá. - Eu conheço ele?
- Conhece sim, mas não é seu amigo, colega, algo assim. Todo mundo conhece ele. - Thales fala sorrindo. - Algum dia desses você descobrirá quem é. Tenho que ir.
- Você não sente nem saudade da gente? Viagens, noites?
- Eu tenho lembranças, mas saudade depois de tudo que passamos juntos na época do término, não sinto. - Thales abriu a porta. - Bom Natal e feliz ano novo.
Thales chama o elevador, e Marcelo corre até lá fora.
- E se eu tentar te reconquistar?
Mas era tarde para Thales responder, o elevador já tinha se fechado e estava descendo.
- Chegou o casal do ano! - Paulo fala abraçando Anderson e Marcus. - Trouxe nem um vinho, Marquinhos?
- Claro que eu trouxe. - Anderson levantou duas garrafas e entregou a Dea, beijando seu rosto. - Não sou cara de pau.
- Mas seu namorado é. Alá beijando minha mãe. Larga ela viado! - Paulo falou alto e todos que estavam por perto riram.
- Cadê o Thales? Não chegou ainda ou escondeu ele no seu guarda-roupa? - Anderson perguntou voltando pra perto deles. - Faz tempinho que não o vejo.
- Ele vai passar o Natal com a irmã, mas depois a gente vai se ver, até porque vamos viajar depois de amanhã pra Noronha. Não vamos pra uma Nova York.
- Não aguento mais Nova York, mas o Anderson quer fazer compras, mas logo depois a gente vai pra Las Vegas. - Marcus disse indo pra varanda, acompanhado de Paulo e Anderson.
A festa do Natal era assim. Família reunida, muitas piadas e muita comida. Depois da ceia, realizaram a troca de presentes. Juliana tirou Anderson, que deu de presente uma camisa e um livro. Anderson tirou Dea Lucia. Dea tirou Sávio...