Capítulo 4

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Paulo atravessou a rua e apresentou Thales ao Pato e Fiorella. Depois pediram mais uma rodada de chopp e sentaram.

- Então, você trabalha em que? - Fiorella puxou conversa com Thales.

- Dermatologista. Trabalho em uma clínica aqui no Rio. Vim de Belo Horizonte só pra trabalhar.

- Achei que você era modelo, é bonito e tem cara daqueles que ficam no outdoor de cueca, sabe? - Todos riem.

- Eu acho que ninguém iria querer me ver de cueca, e mesmo se quisessem, melhor não né? - Fiorella olha pra Paulo e ri.

- Vem cá loira magrela, quando é que tu viaja com o Pato hein? - Paulo diz amassando um guardanapo e jogando nela.

- Vamos pra Veneza próxima semana. - Pato respondeu bebendo um gole de chopp. - Marquinhos, não vai aproveitar dezembro pra viajar?

- Claro que vou viajar! Só que apenas em janeiro quando pegar férias do 220 Volts. E como Vai Que Cola acabou agora, estou com férias de tudo.

- Tudo não. Janeiro férias, mas no final do mês começa a turnê. - Paulo disse.

- Serão quantas apresentações? - Anderson perguntou.

- São 8 cidades com 2 shows, então 16 apresentações. - Marcus responde. - Você deveria viajar com a gente.

- Se eu não tivesse trabalho eu iria pra todas as cidades, mas não posso. - Anderson colocou a mão em sua perna. - Thales vai no meu lugar.

- Eu!? - Thales perguntou surpreso.

- Mas se você quer que o Thales vá no seu lugar, Anderson, isso quer dizer que ele vai ter que pegar o Marquinhos nas 8 cidades, hein? - Ela ri junto com Pato e Marcus.

- Não foi isso que eu quis dizer! - Anderson se ajeitou na cadeira para se explicar. - Quis dizer que o Thales vai no meu lugar, não toca no Marcus e fica com o Paulo.

- aaaOU! Não tem outro assunto nessa mesa? Pato, como vai o São Paulo?

- Desde quando você gosta de futebol, PG? - Pato disse rindo.

Eles ficam conversando por uma, duas, três horas. O relógio marcava 3:07 da manhã quando Fiorella pediu para ir embora.

- Acho que pra mim chega. Tô com um sono e amanhã tenho evento a noite. - Ela diz bocejando e levantando. - Vou ao banheiro.

- Acho que pra mim também gente. Se eu ficar mais um tempo aqui eu durmo no volante, ainda bem que é perto. - Anderson falou chamando o garçom. - Traz a conta por favor.

- Vocês vão pra algum outro lugar depois daqui? - Marcua perguntou a Paulo e Thales.

- Acho melhor não, só se o Thales quiser ir.

- Não, acho que bebida por hoje já deu. - Thales respondeu pegando a carteira do bolso.

Eles dividem a conta pra seis pessoas e se despedem. Paulo entra no banco de passageiro do carro de Thales.

- Pode dirigir pro Leblon. - Ele diz pegando o cinto.

Eles vão em silêncio escutando música da rádio. Chegam em frente ao apartamento e coloca o carro em uma das garagens de PG. Eles sobem pra cobertura ainda em silêncio mexendo no celular.

- Porque você mudou de assunto quando o Anderson falou que eu poderia ir na viagem? - Thales perguntou e ficou vermelho, talvez arrependeu-se de ter perguntado.

- Mudei porque o Anderson fala demais, ué. - Paulo colocou o celular no bolso e o olhou. - Não tem nada a ver com você.

- Eu acho que depois do que aconteceu no consultório, as coisas iriam mudar entre a gente. - Thales guardou e também o olhou. - Acho que estava enganado. É melhor eu ir pra casa.

O elevador se abriu e Paulo colocou a mão na porta para Thales poder sair, mas ele continuou parado.

- Eu vou pra casa, a gente se fala amanhã, pode ser? - Paulo rolou os olhos.

- Você não vai pra casa bêbado e sozinho. Dorme aqui. - Thales continuou parado. - Por favor.

Thales acabou entrando na sua casa. Era na cobertura do prédio e enorme, seu apartamento era do tamanho da cozinha de Paulo.

- Eu não quis falar aquilo, eu quero viajar com você pra todos os lugares do mundo, mas eu vou à trabalho. - Paulo se aproximou dele que estava sério e de braços cruzados. - Sabia que quando você fica assim, de braços cruzados e sério fica mais lindo?

- Não ache que com esses elogios eu vou me ren... - Paulo o cala com um beijo.

Thales retribui pois não conseguiria resistir. O beijo começa lento e vai ficando mais rápido, molhado e selvagem. Thales coloca a mochila no chão sem parar o beijo e coloca suas mãos ao redor da cintura de Paulo.

PG pára o beijo, tira o tênis/meias e vai até a porta para trancá-la, Thales já descalço o prende contra a porta e o beija novamente. Os dois estavam bêbados, mas estavam cientes do que estavam fazendo naquele momento.

- Vamos... Pro... Quarto... - Paulo disse quando notou o volume de Thales contra o seu volume.

Thales tira a camisa de Paulo junto com o cap e joga no chão. Eles saem se beijando pela sala, param perto da entrada do corredor dos quartos e Thales tira a própria camisa jogando-a em algum lugar da sala.

Eles voltam a se beijar com direito a puxão de cabelo no Thales e mão mais que boba no bumbum de Paulo. Chegam em frente a um quarto no final do corredor e Paulo abre a porta.

Thales olha ao redor e vê que o quarto de Paulo era grande, com uma cama de casal, ela era tão grande que parecia ter sido feita exclusiva pra ele. Também tinha uma mesa de computador, outra mesa com vários papéis, duas malas jogadas no canto com algumas roupas nela. Havia duas portas, uma para o banheiro e outra para um closet.

Thales não teve tempo de raciocinar tudo novamente pois Paulo já estava o beijando de novo. Paulo desabotoou o cinto e a calça do parceiro, deixando a calça cair sozinha no chão. Thales fez o mesmo, mas a calça do PG é colada, então Paulo teve que parar o beijo para tirá-la, fazendo Thales rir.

Voltaram a se beijar. Estavam apenas de cueca, as mesmas estavam ficando apertadas com o tamanho desejo de ambos.

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