Capítulo 26

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- Te darei até hoje a noita depois da peça pra acabar tudo. - Dudu entrou no elevador. - Boa sorte.

Paulo esperou as portas se fecharem e voltou para o quarto. Thales continuava dormindo, então ele retirou seu roupão e voltou a dormir de conchinha com seu amado.

Thales o acordou com vários selinhos minutos depois. Paulo gemeu e continuou de olhos fechados.

- Acorda meu amorzinho. - Thales deu outro selinho nele seguido de um beijo no pescoço, deixando uma marquinha vermelha. - Vamos tomar café, almoçar, se amar...

- Deveria me deixar amar meu sono. - Paulo disse rindo de leve e abrindo os olhos, encarando aqueles olhos castanhos. - Bom dia meu amorzinho.

- Preparado para o último dia de 220 Volts?

- Sim e não. Não quero que acabe tudo sabe? - Thales assente. - Mas quando acabar volto a gravar o filme todos os dias, só gravei um dia.

- Verdade, tinha esquecido que as gravações pararam. - Thales levou uma das mãos até a bocecha do amado, fazendo carinho com os dedos. - Eu ainda vou ver você de Dona Hermínia certo?

- Claro que vai! - Eles riem e se beijam. - Vamos pedir café na cama? Depois descemos pra piscina e mais tarde vamos direto pro teatro, depois aeroporto.

- Fechado. Vou só escovar os dentes e ligo pra pedir café.

Thales levantou, ainda sem roupa alguma, e caminhou até o banheiro. Paulo ficou admirando aquele bumbum até lembrar da ameaça de Dudu.

Logo os dois estavam terminando o café da manhã na cama assistindo programa de esporte para ver Pato e Fiorella juntos. O domingo dos dois foi apenas no hotel, igual o resto da equipe.

Quando chegou a noite, Paulo agradeceu a todos que estavam ali, chamou toda a equipe no palco e agradeceu pelo apoio. Thales estava ali de lado admirando as palavras e sorrisos bobos do amado.

Quando as cortinas fecharam, a equipe inteira se abraçou e Thales se aproximou, tirou as fotos que Marcus tinha pedido e abraçou Paulo, que deixava algumas lágrimas caírem.

- Meu amor não chora. - Thales disse pegando seu rosto entre as mãos. - Ainda vai vir muita coisa boa por aí, e quem sabe 220 Volts volte pra TV, cinema ou teatro?

- Só você pra me animar. - Paulo sorriu e lhe deu um selinho. - Obrigado por existir.

Os dois ficaram abraçados por alguns minutos, até Paulo ver Dudu mostrar a tela do seu celular pra PG de longe, com o nome "Marcelo" e ligando, levando o celular a orelha. Paulo respirou fundo e disse a Dudu:

- Dudu, vem no meu camarim agora, rapidinho. - Paulo disse e deu um selinho em Thales. - Volto já sem a roupa pra irmos comemorar o sucesso de 220.

- Vem cá, o que você quer falar com ele? - Thales disse puxando o amado e sussurrando em seu ouvido. - Quero saber tudo no hotel.

- Claro. Também te amo.

Paulo foi em direção ao camarim com Dudu o seguindo. A equipe ficou apenas observando sem entender nada, mas logo voltaram a falar sobre a última apresentação, até Thales entrou na conversa com a equipe.

Já Paulo trancou a porta do camarim e apontou o sofá para que Dudu se sentasse. Ele sentou em sua cadeira enquanto Dudu olhava suas fotos ao redor do enorme espelho.

- Então, o que você quer comigo? - Dudu disse colocando o celular em sua da bancada de maquiagem. - Quer falar algo sobre a peça? Sobre a gente?

- Sobre a gente? - PG riu. - Não existe mais a gente.

Paulo colocou a aliança de volta no dedo, já que se apresentava sem anéis pessoais, e começou a remover a make e cabelo.

- Então, vai tirar a roupa inteira pra depois falar?

- Claro que não! - Paulo jogou o algodão no lixo e o olhou. - Eu não sei o que você quer de mim, mas eu não quero porra nenhuma sua. Por favor, deixa minha vida.

- Você me chamou pra falar isso? Tô entrando em contato com Marcelo esqueceu? - Dudu falou pegando o celular, mas Paulo pega primeiro.

- Ok. Isso tá chato. Tá infantil. - Os dois se encararam e Paulo levantou, pra ficar na sua frente. - Quanto você quer pra parar com isso?

- Quanto? Valor? - Paulo assentiu.

- Quanto quiser. Em cheque, dinheiro, tanto faz.

- Eu não quero dinheiro. Eu quero apenas que você fale uma coisa pra mim, do fundo do seu coração. - Paulo arqueou as sobrancelhas esperando o que seria. - Me diga que você ainda não sente amor e nem atração pra mim. Me fale que você me considera apenas amigo. Sem mentir. Eu sei quando você mente. Paulo.

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