Capítulo 21

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- Me desculpa! - Paulo o abraçava e o beijava, enquanto falava. - Desculpa. Eu te amo, me desculpa.

- Tá tudo bem, Paulo. - Thales disse o abraçando.

- Me desculpa por ter saído daquele jeito da sua cama, me desculpa por não te responder e nem te ligar. - Paulo disse se afastando para o olhar.

- Certo, Paulo! - Ele riu. - Eu também te amo, eu te desculpo.

- Ai que ótimo! - Paulo o abraçou e beijou seu rosto. - Que horas você entra no consultório?

- Daqui a meia hora. - Ele disse olhando a hora no celular. - Tenho que ir.

- Só me fala que tá tudo certo entre a gente. Que a gente voltou pra valer. - Paulo falou atropelando as palavras.

- Claro, a gente voltou pra valer. - Thales riu do jeito do Paulo e lhe deu um selinho. - Até a noite?

- Até a noite. - Lhe deu um selinho e sorriu.

Assim que Thales saiu, Paulo pegou o celular e ligou pra "Dudu". No segundo toque, Dudu atendeu sonolento.

- Alô? - Disse rouco. - Paulo?

- Dudu, vem aqui em casa agora. - Ele disse autoritário. - Preciso falar com você.

- Mas eu tô com sono, acabamos de chegar de viagem, deixa eu dormir! - Dudu sentou na cama e bocejou. - Me fala pelo menos do que se trata.

- Melhor vir até aqui, não quero falar sobre telefone. Porteiro tá avisado sobre sua chegada. Tô no Leblon. - E desligou.

Dudu sem entender nada, acabou saindo de casa meia hora depois, comprou um café do drive do McDonalds e chegou no apartamento quase dez e meia da manhã.

Paulo abriu a porta assim que escutou o elevador abrir. Dudu riu da bermuda vinho que PG raramente tirava por ser sua favorita, e notou que ele estava sem camisa, apenas com a bermuda e um cap preto que era antigo, sem ser de sua marca.

- Então, o que queria falar comigo? - Dudu entrou e fechou a porta. - Aconteceu algo com o último show?

- Claro que não. - PG sentou e pegou sua cerveja em cima da mesa. - Cerveja ruim meu Deus! Não tem caipirinha nessa casa.

- Você me chamou pra beber? - Dudu riu.

- Senta aí garoto! - Ele bateu com a mão no sofá e colocou a garrafa de volta à mesa de centro. - Eu quero te dizer que aquele beijo no avião tem que ser apagado.

- Como que apaga uma coisa já houve? - Dudu sorriu. - Voltou com Thales e tá com medo de ser descoberto?

- Claro que não! - Dudu bebeu um gole da cerveja e fez uma careta. - Que foi? Tá ruim?

- Não, é que eu acabei de tomar café. - Dudu levantou e PG também. - Se você me acordou só por isso, era só ter falado por telefone.

- Odeio resolver assuntos desse porte por ligação. - Paulo falou e Dudu olhou pro seu peitoral despido. - Perdeu alguma coisa aqui?

- Não. Tenho um melhor que esse.

Dudu sorriu e foi pra porta. PG rolou os olhos e o acompanhou. Antes de Dudu abrir a porta, Paulo disse:

- Salvador espera a gente. Vai no mesmo voo que eu? - Dudu o olhou e riu.

- Eu sempre vou no mesmo voo. Somos uma equipe, é meio óbvio. - Dudu sacudiu os ombros rindo.

- aaOU, pode mais nem tentar ser legal.

Quando Dudu foi o olhar pra rir novamente, Paulo o beijou. Não sabia o que estava acontecendo com ele, mas o beijou. Dudu tentou o empurrar, mas acabou puxando seu corpo para si, passando as mãos nas costas de Paulo.

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