- Me desculpa! - Paulo o abraçava e o beijava, enquanto falava. - Desculpa. Eu te amo, me desculpa.
- Tá tudo bem, Paulo. - Thales disse o abraçando.
- Me desculpa por ter saído daquele jeito da sua cama, me desculpa por não te responder e nem te ligar. - Paulo disse se afastando para o olhar.
- Certo, Paulo! - Ele riu. - Eu também te amo, eu te desculpo.
- Ai que ótimo! - Paulo o abraçou e beijou seu rosto. - Que horas você entra no consultório?
- Daqui a meia hora. - Ele disse olhando a hora no celular. - Tenho que ir.
- Só me fala que tá tudo certo entre a gente. Que a gente voltou pra valer. - Paulo falou atropelando as palavras.
- Claro, a gente voltou pra valer. - Thales riu do jeito do Paulo e lhe deu um selinho. - Até a noite?
- Até a noite. - Lhe deu um selinho e sorriu.
Assim que Thales saiu, Paulo pegou o celular e ligou pra "Dudu". No segundo toque, Dudu atendeu sonolento.
- Alô? - Disse rouco. - Paulo?
- Dudu, vem aqui em casa agora. - Ele disse autoritário. - Preciso falar com você.
- Mas eu tô com sono, acabamos de chegar de viagem, deixa eu dormir! - Dudu sentou na cama e bocejou. - Me fala pelo menos do que se trata.
- Melhor vir até aqui, não quero falar sobre telefone. Porteiro tá avisado sobre sua chegada. Tô no Leblon. - E desligou.
Dudu sem entender nada, acabou saindo de casa meia hora depois, comprou um café do drive do McDonalds e chegou no apartamento quase dez e meia da manhã.
Paulo abriu a porta assim que escutou o elevador abrir. Dudu riu da bermuda vinho que PG raramente tirava por ser sua favorita, e notou que ele estava sem camisa, apenas com a bermuda e um cap preto que era antigo, sem ser de sua marca.
- Então, o que queria falar comigo? - Dudu entrou e fechou a porta. - Aconteceu algo com o último show?
- Claro que não. - PG sentou e pegou sua cerveja em cima da mesa. - Cerveja ruim meu Deus! Não tem caipirinha nessa casa.
- Você me chamou pra beber? - Dudu riu.
- Senta aí garoto! - Ele bateu com a mão no sofá e colocou a garrafa de volta à mesa de centro. - Eu quero te dizer que aquele beijo no avião tem que ser apagado.
- Como que apaga uma coisa já houve? - Dudu sorriu. - Voltou com Thales e tá com medo de ser descoberto?
- Claro que não! - Dudu bebeu um gole da cerveja e fez uma careta. - Que foi? Tá ruim?
- Não, é que eu acabei de tomar café. - Dudu levantou e PG também. - Se você me acordou só por isso, era só ter falado por telefone.
- Odeio resolver assuntos desse porte por ligação. - Paulo falou e Dudu olhou pro seu peitoral despido. - Perdeu alguma coisa aqui?
- Não. Tenho um melhor que esse.
Dudu sorriu e foi pra porta. PG rolou os olhos e o acompanhou. Antes de Dudu abrir a porta, Paulo disse:
- Salvador espera a gente. Vai no mesmo voo que eu? - Dudu o olhou e riu.
- Eu sempre vou no mesmo voo. Somos uma equipe, é meio óbvio. - Dudu sacudiu os ombros rindo.
- aaOU, pode mais nem tentar ser legal.
Quando Dudu foi o olhar pra rir novamente, Paulo o beijou. Não sabia o que estava acontecendo com ele, mas o beijou. Dudu tentou o empurrar, mas acabou puxando seu corpo para si, passando as mãos nas costas de Paulo.