Algum tempo depois, os dois estavam chegando ao clímax. Caíram na cama ao lado do outro, sem fôlego e olhando para o teto. Apagaram ali, nus, ao lado do outro com as mãos dadas sem nenhuma coberta.
De manhã, Thales acordou primeiro com calor, o ar condicionado estava desligado e a janela fechada. Ele levanta ainda sem roupa alguma, vai ao banheiro e depois abre a janela. Fica observando o mar, as pessoas passeando pela orla do Leblon, tomando água de côco ou banho de mar.
Paulo acordou algum tempo depois, notou que estava nu e lembrou do ocorrido durante a madrugada. Olhou pra cama, mas ele não estava lá. Sentiu a claridade da janela e lá estava ele. Ainda sem roupa alguma encostado na janela com o cabelo voando por conta do vento. Paulo sentou-se na cama e falou.
- Bom dia, dormiu bem? - Thales o olhou ainda de costas e fez que sim com a cabeça. - O que que você tá olhando aí?
Paulo foi até a janela, colocando um dos lençóis que não tinha sido usado na cintura. Ficou ao seu lado observando o imenso mar.
- Estou apenas olhando esse mar e lembrando da nossa noite. - Thales disse abrindo um pequeno sorriso. - Foi bom pra você?
- Foi maravilhoso. - Paulo virou-se pra ele, e ele fez o mesmo. - E pra você?
- Foi ótimo, muito bom mesmo. - Eles sorriem e se beijam. - Quer tomar café na padaria ou a gente faz algo?
- Você toma banho que eu ligo pra padaria que tem aqui do lado, eles mandam algumas coisinhas pra gente comer. - Paulo lhe deu um selinho e saiu do quarto em busca do celular.
A casa estava meio bagunçada. A mochila do Thales estava perto do sofá, suas roupas jogadas perto da porta, perto da varanda e no corredor. Seus celulares estavam no chão junto com carteiras e documentos.
Paulo pegou seu celular, o dele colocou em cima da mesa de centro e ligou para a padaria. Pediu uma cesta de café da manhã com tudo o que tinha direito. Ligou para a portaria autorizando a entrada da cesta e voltou ao quarto com a mochila de Thales.
- Trouxe a sua bolsa pra cá! - Paulo avisou alto por causa do barulho do chuveiro.
Paulo voltou a sala para abrir as duas portas de vidro que davam para a varanda da sala. Afastou as cortinas e depois abriu a outra que ficava na varanda, também de vidro, mas essa dava para a área da piscina. A piscina é exclusiva da cobertura, ou seja, apenas do Paulo. Ele costuma dar pequenas festas ali na piscina e na sala.
Thales apareceu na sala minutos depois, apenas de calção folgado que mostrava uma parte da cueca vermelha. Enxugava os cabelos com uma mão com toalha branca e olhava o celular com a outra.
- Eu vou tomar banho. Se o entregador da padaria chegar, pega o dinheiro que tá perto da minha carteira ali na mesa de centro. - Thales assente com a cabeça e Paulo vai pro quarto.
Enquanto Paulo toma banho, o entregador chega e Thales acaba pagando a cesta. Ali havia vários tipos de frutas, pães, queijos, patês, junto com suco e uma pequena garrafa térmica de café.
Thales levou pro quarto e encontrou Paulo terminando de se vestir, apenas de calção azul. Colocou na cama e sorriu.
- Você pegou o dinheiro na minha carteira? - Paulo perguntou sentando na cama e ajudando abrir.
- Não, eu paguei. Depois de uma noite dessas e ficar na sua casa, achei que seria um ótimo presente nesse momento. - Eles sorriem e dão um selinho.
Tomam café da manhã conversando sobre a infância deles enquanto passava algum desenho antigo na TV.
- Eu quis me vestir de Emília no carnaval sabia? - Thales ainda estava tendo crise de riso da história anterior. - Minha mãe fez uma fantasia de Visconde de Sabugosa, mas eu queria ser a Emília! Acabei nem indo pra festa com raiva.