Capítulo 17

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Paulo informou os fãs que estava bem, que fez inúmeros exames, mas logo estaria em casa descansando e se preparando para uma nova cidade. Thales viu a foto e ficou feliz em saber que ele recebeu e que estava usando o presente.

Paulo enviou uma única mensagem para Thales, com um "Obrigado pelo celular, depois te pago."

"Não precisa pagar! É um presente." Thales respondeu rapidamente.

"Marcelo sabe que você está mandando presentes pro seu ex? Hahaha, tadinho dele, daqui a pouco vai ser traído igual a mim. 😒"

Thales suspirou e respondeu: "Jantar quinta-feira na minha casa. Por favor, não fure comigo, Paulo."

"Se eu não arranjar nada melhor pra fazer, eu irei." E saiu do Whatsapp desligando o 3G.

Recebeu a visita de Pato, depois de Caruso e agora estava com Samantha.

- Por mim já estava fora daqui. - Paulo dizia a olhando. - Odeio cheiro de hospital.

- Mas você ainda tem que saber o resultado dos exames. - Samy o lembrou. - Quem sabe você recebe alta ainda hoje?

- Espero mesmo, hein? - Ele pegou o celular e olhou as horas. - Já são 5 da tarde.

- Ué, e esse celular novinho? Ele sobreviveu ao asfalto,? - Samy pergunto surpresa. - Nossa!

- Não, não. Eu ganhei de presente. - Ela arqueou as sobrancelhas. - Thales me mandou hoje de manhã.

- Ah, e você vai agradecer ele como? - E continuou. - Você sabe que ele tem culpa de nada do que aconteceu e do que fala.

- Como assim do que fala? - Paulo a olhou curioso. - Ele não tem culpa do acidente mesmo, isso eu sei. Mas o que ele falou?

- O que ele falou o que? - Samantha desconversou. - Eu me enganei, falei algo que não existe.

- Claro que existe. Você sabe de alguma coisa, eu sei quando você mente Samantha Schmutz! - Paulo disse a empurrando devagar com uma mão. - Você falou com o Thales?

- Aquele dia que ele estava aqui, na sexta de madrugada. - Ela deu de ombros. - Ele me contou umas coisas, mas você conversa com ele depois!

O médico entrou bem na hora que Paulo iria insistir, então Samantha teve que ir embora por causa do final da visita.

Paulo ainda ficou a noite no hospital, e na segunda antes do almoço foi liberado.

Na segunda do dia seguinte, antes do almoço, Paulo recebeu alta e foi pra casa em Niterói. Passou os dias descansando na cama e sofá, com sua mãe preparando tudo, parecia que ele tinha voltado a ter 3 anos de idade de tão mimado que estava sendo. Recebia visita dos amigos mais próximos e de alguns primos.

Na quinta, já sem dor nenhuma e liberado dos dois dias de remédio, Paulo disse a sua mãe que iria conversar e jantar com Thales, mas não sabia a hora que iria voltar.

Paulo chegou no apartamento de Thales e o porteiro liberou sua entrada. Tocou a campainha e Thales atendeu minutos depois.

- Que bom que você veio! - Thales disse sorrindo e deixando ele entrar. - Você está bem?

- Sim. Hum, o cheiro está bom. - Paulo disse sentando no sofá.

- Só um minuto que eu vou apagar o fogo. - Thales foi pra cozinha.

Paulo lembrou do término, naquela sala pequena, que ambos tinham feito amor minutos antes de tudo acabar. Thales voltou com uma travessa e colocou em cima da mesa de jantar.

- O prato que eu fiz é surpresa. - Thales jogou o pano de prato pro lado da cozinha. - Espero que goste.

- Você cozinha bem, tipo na base de não deixar nada salgado ou sem sal. - Paulo riu e sentou à mesa. - Vinho? Quer que eu fique bêbado?

- Se controle que não fica. - Eles se servem e provam. - Aprovado?

- Aprovado. - E voltou a comer.

- Ainda bem que você sempre aprovou as coisas que eu faço. - Thales disse querendo puxar assunto.

- Isso foi na época que eu era trouxa por você. - Paulo disse sem ao menos hesitar antes. - Acho que agora aprovando ou não, quero apenas que seja feliz.

Thales colocou os talheres no prato e o olhou. Respirou fundo antes de falar qualquer coisa.

- Paulo, eu não queria acabar com tudo! - Ele disse baixo e sereno. - Eu e Marcelo...

- Não precisa falar da sua relação com seu ex pra mim, ou seu atual nesse caso, né? - Bebeu um gole do vinho. - Você preferiu ele, eu entendo.

- Claro que não entende! Eu não estou com o Marcelo. - Thales disse por fim. Paulo o olhou surpreso. - Isso aí, não estou com ele.

- Não acredito que você terminou com o garoto por causa da minha vinda hoje a sua casa. - Paulo riu irônico. - Como você é hein?

- Claro que não! Marcelo e eu nunca voltamos! - Paulo o olhou sem entender. - Eu disse aquilo na festa pra te fazer ciúmes.

- Ciúmes? - Paulo deixou os talheres caírem no prato. - Você falou aquilo pra me fazer ciúmes?

- E foi um erro, eu sei. - Thales falou passando a mão pelo cabelo. - Eu sou um idiota.

- Você falou aquilo pra me fazer ciúmes? - Paulo repetiu a pergunta, e ele confirmou sem graça. Paulo levantou com raiva e passou a mão pela nuca. - Não acredito, eu não acredito. EU SOFRI UM ACIDENTE POR CAUSA DA SUA MENTIRA!

- Hã? A Samantha me disse que... - Paulo o olhou sério. - Eu falei com ela e ela me disse que você confirmou que a culpa não era minha, e sim do carro que veio na...

- Então Samantha está contribuindo com essa ceninha aqui? - PG estava ficando nervoso novamente.

Os dois estavam em pé, de frente pro outro porém com a mesa entre os dois.

- Não, ela só me falou isso. - Thales não queria brigar com ele. - Paulo, eu te amo!

- E isso vai adiantar alguma merda
agora? Você mentiu pra mim, eu sai daquela festa nervoso, com raiva de você! Já imaginou se tivesse acontecido algo pior? - Paulo falou o olhando.

- Não fale isso nem brincando. - Thales falou se aproximando dele e o puxando para um abraço. - Eu te amo, me desculpa!

- Eu vou pra casa.

Thales foi até a porta e a trancou pegando a chave. Paulo continuava nervoso e enquanto ele não se acalmasse, ele não iria abrir a porta.

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