Capítulo 1

1.2K 33 4
                                    

Paulo está com sua carreira encalacrada no sucesso há anos. Conhecido por todos os lugares, arrasta milhares de fãs por todo o país com suas peças.

E este domingo foi novamente assim. Ingressos de 220 Volts esgotados, casa cheia e alguns fãs na primeira fileira. Ao final da peça, Paulo tirava algumas fotos com seu público. Ao retornar encontra Marcus conversando com um grupo perto de seu camarim.

- Paulo, olha a Camila, da Cal! - Marcus diz todo animado. - Lembra dela?

- Claro que eu lembro! Como vou esquecer gente!? - Paulo abraça Camila e conhece seus três amigos. - Então você trouxe três pessoas pra ver a peça?

- Sim, estávamos doidos pra vir, mas os ingressos estavam sempre esgotados. Aí eu consegui comprar antes e a gente veio.

- Vou ter que retribuir com alguma renda nisso pra você Camila? - Todos riram.

- Uma foto com você vale? - Camila entregou o celular pra Marcus.

- E aquele dali? Falou porra nenhuma até agora, tá nervoso amor? - Paulo brincou com um rapaz forte e de sorriso largo. - Qualé seu nome?

- Thales. Eu sou tímido mesmo. - Todos riram.

- Timidez pra que gente! Eu vou pegar minhas coisas aqui no camarim pra gente ir embora.

Paulo entrou de volta ao camarim, pegou sua mala, seu celular que estava carregando e apagou as luzes. Camila continuava conversando com Marcus, enquanto seus amigos zoavam Thales e sua timidez.

- Vamos Marcus, temos que jantar ainda. Quero Bobs.

- Estamos indo pra lá também, vai todo mundo junto? - Camila perguntou abraçando a cintura de Paulo.

- Só deixo porque eu tava com saudade de você.

Paulo daria uma carona a Marcus naquela noite até o Bobs, onde iam se encontrar com Anderson. Enquanto iam em direção ao restaurante, Marcus e Paulo conversavam.

- Gente, a Camila tá tão simpática, nem parece aquela tímida da Cal. - Marcus dizia mexendo na estação de rádio.

- E os amigos estão indo no mesmo caminho que ela, simpáticos e gatos. - Eles riram e Marcus o encarou. - Que que foi?

- Se apaixonou pelo o fortinho? Tava até puxando papo com ele. - Marcus riu.

- Quem sabe. Chegamos.

Depois de já estarem sentados com seus pedidos, Anderson chega, pega o seu sanduíche e senta ao lado de Marquinhos.

- Gente, este é Anderson, meu namorado. - Marcus apresenta-o.

- Eu achav... - Thales se cala e volta a comer.

- Achava o que? Que eu e Paulo éramos namorados? - Marcus pergunta e todos riem. - Eu não aguentaria um cara como ele.

- Eu sou uma ótima pessoa tá? Sou um namorado fiel, nunca trai e cuido da pessoa. Camila sabe disso. - Camila ri.

- Nunca te dei chance! A gente saia pra noitada, todo mundo saia casalzinho e Paulo com a caipirinha!

- Mas contava todas as piadas tá? - A turma se divertia. - Conheço o Marcus há bastante tempo, a gente sai pra todos os lugares juntos.

- E vocês nunca brigaram? - Perguntou Thiago. - Tantas horas juntos chega um momento que acabam brigando, se desentendem.

- Já brigamos, mas não dá pra ficar brigado com o Paulo! A gente trabalha junto. Como seria gravar Vai Que Cola brigado? A gente briga, mas logo esquece o que rolou. - Marcus dizia comendo as batatas de Anderson.

- Gente, eu tenho que ir! - Paulo disse olhando a hora no relógio.  - Já são 2:45h da manhã, melhor ir logo porque tem Vai Que Cola cedo né Marcus? Ou vai ficar comendo todos os sanduíches do Bobs?

- Peraí, pode dar carona pro Fernando e Thales? Eles moram perto de você, seria menos dois pra levar em casa. - Camila pedia juntando as mãos.

- Claro! Tchau gente. Tchau Marquinhos, até amanhã, vê se decora o texto viado!

Paulo e Fernando vão conversando enquanto Thales mexia no celular. Fernando morava perto do Bobs, então Thales teve que passar pro banco da frente. E nesse caso teria que conversar com Paulo para o mesmo não cochilar.

- Então, a peça vai ficar muito tempo em cartaz ainda?

- Não sei, mas estou louco pra sair fazendo pelo Brasil. Levar ela pra todas as cidades. Você mora perto de onde mesmo?

- Pode ir direto, no segundo sinal eu pulo, meu prédio é na esquina.

Paulo parou na esquina, em frente a portaria de Thales e sorriu. Pegou o celular do colo de Thales, digitou seu telefone, salvando como "Paulo Gustavo 💕" e devolveu.

- Me manda uma mensagem que eu salvo o seu certo? - Thales assentiu e agradeceu a carona. Desceu do carro e esperou Paulo dobrar pra entrar no prédio.

everything for himOnde histórias criam vida. Descubra agora