Capítulo 30

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• Três meses depois •

- A Renata está indo pro hospital! - Tamara ligou para Thales. - Hospital onde ela fez ultrassom. Vai pra lá logo, estou indo pro RJ.

- Hospital? Vai nascer? - Thales abre um sorriso enorme. - Obrigado, irmãzinha.

Thales desliga e liga pra Paulo, que estava resolvendo as edições de Minha Mãe É Uma Peça 2.

- Paulo, vai nascer. - Ele diz com um sorriso no rosto. - Eles vão nascer!

- Ai Meu Deus! - Gritou levantando da cadeira na sala de reunião. - Tô indo pro hospital, me encontra lá.

Paulo desligou e pegou a chave do carro. Olhou para todos da mesa e disse com um sorriso enorme no rosto:

- Meus amores vão nascer.

Duas horas depois autorizam o procedimento de cesária. A mãe das crianças entra na sala para o parto, mas Paulo e Thales preferem ficar fora da sala. Cinquenta minutos depois, o médico sai da sala.

- O pai dos trigêmeos. - O médico disse, Thales e Paulo se aproximaram. - Quem é o pai?

- Nós dois seremos os pais. - O médico assente e olha uma prancheta. - Eles estão bem?

- A mãe está bem sim, e os bebês também. Uma menina de 2.5kg, outra menina de 2.6kg e um menino de 2.6kg.

- Certo. - Thales disse enquanto Paulo limpava as lágrimas. - Podemos ver?

- Claro, a mãe irá para o quarto com eles, assim vocês poderão entrar. - Eles assentem e esperam.

Uma hora depois, os dois são autorizados a entrar no quarto de Renata. Quando entram ela está dormindo e os bebês estão mexendo os bracinhos nos bercinhos.

- Olha Thales. - Paulo sussurra para o amado a seu lado. - Bianca, Bruna e Bernardo.

- Temos que saber quem é Bianca e Bruna já que não colocaram fitinha. - Thales falou olhando Bernardo chupar uma das mãos. - Meu Deus, vocês são tão pequenos, quero guardar no potinho.

- Acho que ela tem cara da Bianca. - Paulo disse apontando a garotinha que agitava os braços pra cima. - Tipo, vai ser bem danadinha.

- Então essa que já tá dormindo é a Bruna? - Thales perguntou se aproximando do bercinho. - Quero pegar ela no colo, amor.

- Eu também, como que a gente faz isso? - Eles riem baixo, mas mesmo assim Renata acorda. - Desculpa, não queríamos acordar você.

- Tudo bem. Não posso falar muito, mas o médico disse que amanhã recebemos alta. Eles são lindos, né?

- Sim. Obrigado. - Thales fala com Bianca no colo. - São tão pequenos e eu amo tanto.

- Eu também. - Paulo pega Bernardo. - E são bem danadinhos, nem 24 horas aqui no mundo e já mexem os braços pra caramba.

No dia seguinte, Paulo e Thales chegam no hospital à procura de Renata. Logo entram no quarto e ela estava se vestindo, pronta pra ir embora.

- Eu não vesti a roupinha deles, acho que como vocês serão os papais, a primeira vez tem que ser de vocês. - Ela sorri. - Eles estão acordados.

Thales pega as roupinhas na bolsa e entrega uma rosa para Paulo e pega uma lilás. Eles vestem Bianca de rosa, Bruna de lilás e Bernardo de azul, com aquelas roupas que Dudu tinha presenteado.

Pegaram os documentos de nascimento, com o nome de Paulo apenas, pois iriam entrar na justiça para adicionar o nome de Thales.

Colocaram os três em bebês-conforto e foram para o carro. Renata pegaria um táx, mesmo assim tendo três filhos não quis se despedir deles.

- Você não acha estranho uma mãe não querer nem ver o rosto dos filhos pela última vez? - Paulo perguntou a Thales que estava dirigindo.

- Acho que ela não queria se apegar aos filhos, já pensou ela se apegar em um dia e não querer mais nos dar? - Thales observava Paulo sentar de lado no banco do passageiro para ver os três dormindo. - Eles são lindos, né? Amo cada um deles.

- Eu também. - Paulo o olha quando ele pára no sinal. - Obrigado por tudo. Eu te amo.

- Eu também te amo. - Os dois dão um selinho e voltam para o que estavam fazendo: dirigindo e observando os filhos.

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